RELAÇÃO ENTRE A TAXOCENOSE DE ARANHAS E AS VARIÁVEIS AMBIENTAIS EM UMA ÁREA DE CAATINGA DO NORDESTE BRASILEIRO
Caatinga, Aranhas, Heterogeneidade, Complexidade, Habitat, Riqueza, Comunidade, Guildas, NMDS, Regressão Múltipla.
A complexidade inerente as comunidades naturais desafia nosso entendimento sobre como o habitat influencia a abundância, a distribuição local e diversidade das espécies. O habitat pode influenciar a estrutura das comunidades de múltiplas maneiras, e elucidar essas relações tem sido um desafio na ecologia. Nesse sentido, a hipótese de heterogeneidade de habitat afirma que um aumento na heterogeneidade do habitat (número de habitas) leva a um aumento na diversidade de espécies na paisagem devido a uma expansão no número de partições das dimensões do nicho. O presente trabalho visa identificar se essa hipótese é válida para as aranhas que habitam uma localidade na Caatinga do nordeste brasileiro. Para isso aranhas cursoriais e arborícolas foram amostradas em 30 parcelas dentro de uma área de Caatinga, paralelamente a tomada de medidas de complexidade ambiental, heterogeneidade de habitat e parâmetros do ambiente, relacionadas com múltiplos aspectos da arquitetura da vegetação e composição das espécies de plantas lenhosas. Regressões múltiplas do tipo Stepwise foram utilizadas para medir que parâmetros ambientais locais melhor explicam a variação na riqueza de aranhas arborícolas e cursoriais. Em seguida, um NMDS (Nonmetric multidimensional scaling) foi utilizado para reduzir o número de variáveis preditoras àquelas mais importantes e que melhor representavam a variação na riqueza de aranhas associada ao ambiente que foram amostradas. Os resultados apontam para uma segregação evidente entre as guildas de aranhas arborícolas e cursoriais, tanto relacionado a que tipo de variáveis ambientais melhor explicam sua variação assim como em relação ao extrato da vegetação que ocupam.