PGE/CB PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ECOLOGIA CENTRO DE BIOCIÊNCIAS Teléfono/Ramal: (33) 4222-34/401 https://posgraduacao.ufrn.br/pge

Banca de QUALIFICAÇÃO: JESSICA BLEUEL

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : JESSICA BLEUEL
DATA : 06/09/2023
HORA: 14:00
LOCAL: SALA 1- DOL com transmissão via Google Meet
TÍTULO:

DIVERSIDADE TAXONÔMICA, FUNCIONAL E TRÓFICA DE CORAIS E RESPOSTAS AO ESTRESSE TÉRMICO


PALAVRAS-CHAVES:

diversidade; atributos funcionais; espaço funcional; ecologia trófica; crescimento; estresse térmico; branqueamento;


PÁGINAS: 72
RESUMO:

Corais desempenham funções únicas e são criticamente importantes nos recifes, porém estão ameaçados pelo aumento da temperatura do oceano causando eventos de branqueamento que podem resultar em perda de cobertura, diversidade, e complexidade recifal. Considerando que abordagens baseadas em atributos funcionais podem informar sobre suas respostas a distúrbios ambientais, entender padrões de diversidade dos corais e seus atributos, e suas respostas às mudanças climáticas é fundamental. No capítulo 1 descrevemos a diversidade taxonômica e funcional dos corais no Brasil, avaliando a composição de espécies e do espaço funcional ocupado entre regiões. Observamos um agrupamento de oito regiões, onde a Bahia concentra a maior riqueza de espécies e proporção de espaço funcional ocupado, ambos diminuindo com a distância dessa região. A composição de espécies e regiões foram influenciados por barreiras e filtros ambientais e estão relacionados aos atributos dos corais. No capítulo 2 investigamos o perfil de ácidos graxos, plasticidade trófica e o modo trófico predominante dos corais ao longo de 21° de latitude na costa brasileira. Observamos que em latitudes maiores (16°S até 24°S) aumentam a concentração total de ácidos graxos e a concentração do ácido graxo marcador para heterotrofia (CGA). Espécies de corais que apresentaram diferenças na composição de ácidos graxos entre as regiões possuem plasticidade trófica enquanto as que não apresentaram diferenças não possuem. Além disso, de acordo com concentrações de CGA, Porites astreoides é o coral menos heterotrófico enquanto Mussismilia hispida é o mais heterotrófico. A forma de crescimento dos corais também é um atributo importante pela adição do carbonato de cálcio no ambiente recifal. Dessa forma, no capítulo 3 experimentalmente avaliamos a contribuição relativa de modos alimentares baseados em autotrofia e heterotrofia no crescimento dos corais Millepora alcicornis e Montastraea cavernosa e como estes respondem ao estresse térmico. Observamos uma maior taxa de crescimento para M. alcicornis do que M. cavernosa. O tratamento alimentar de matéria orgânica dissolvida (DOM) teve uma influência positiva no crescimento dos corais inicialmente para M. cavernosa, o qual não se sustentou com o tempo, e mais tardio para M. alcicornis. O estresse térmico teve pouco impacto no crescimento e no modo trófico predominante das duas espécies. Entretanto, teve um impacto negativo na eficiência fotoquímica (Fv/Fm) e coloração de M. alcicornis (sensível à temperatura), porém corais submetidos ao tratamento DOM foram menos suscetíveis e obtiveram maior recuperação após o estresse térmico. Por outro lado, a saúde do coral M. cavernosa (resistente à temperatura) não foi afetada pelo estresse térmico. Assim, a partir da integração desses capítulos esperamos entender melhor o potencial de expansão geográfica dos corais a partir de seus atributos, e o papel da heterotrofia no crescimento dos corais, resistência e resiliência ao estresse térmico.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 2319234 - GUILHERME ORTIGARA LONGO
Interna - 2412921 - JULIANA DEO DIAS
Externa à Instituição - AMANA GUEDES GARRIDO
Notícia cadastrada em: 28/08/2023 15:32
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