DESEMPENHO DE ESPÉCIES NATIVAS E DA COMPOSIÇÃO DE COMUNIDADES PLANTADAS AO LONGO DE 5 ANOS DE RESTAURAÇÃO DA CAATINGA.
Restauração; Sobrevivência; Crescimento; Semiárido; Comunidades
Estamos na década da restauração dos ecossistemas e, como objetivo, precisamos reverter o avanço da degradação dos ambientes naturais, visando o desenvolvimento sustentável e garantir o bem-estar humano. Para alcançar esse objetivo, devemos pensar na restauração dos ambientes semiáridos, como a Caatinga que apresenta grande diversidade e endemismo florístico. Para isso, devemos compreender quais espécies e composições de comunidades possam garantir um maior sucesso em projetos de restauração. O objetivo deste trabalho foi identificar espécies e comunidades que apresentem um bom potencial de restauração na Caatinga. Analisamos um período de cinco anos do experimento BrazilDry localizado na Floresta Nacional de Açú (Rio Grande do Norte, Brasil) implementado em 2016. Isolamos a primeira coorte das 16 espécies plantadas para fazer a porcentagem de sobrevivência real e média, a média da altura e crescimento, a média do acúmulo de biomassa fotossintetizante e a média do diâmetro na altura do solo (DAS) de cada espécie e das 45 composições montadas no experimento. Encontramos que pelo menos 10 espécies apresentaram uma sobrevivência média entre 80-50% após cinco anos do plantio. A maior parte das espécies não passaram de 1.5m de altura e tiveram o seu crescimento entre 0.00-0.25m. M. tenuiflora foi o grande destaque na produção de biomassa fotossintetizante e DAS, com valores respectivos de 200g e por volta dos 30mm. Das composições, 20 apresentaram sobrevivência acima dos 50%, 11 apresentam altura entre 1.5-2.0m, 7 apresentam crescimento médio entre 0.25-0.50m, a maioria das composições apresentaram produção de biomassa inferior a 100g. Apesar do sucesso de algumas espécies na sobrevivência, não podemos afirmar que as coortes atingiram uma estabilidade na sua mortalidade.