“OS BANIDOS DO EDEN TEM SEU LUGAR NA CIDADE?”: o acervo visual do EPUCS e os corpos negros no contexto do pos-abolicao (Salvador - 1940/1950)
EPUCS, corpo negro, pós-abolição, cultura visual, Salvador
Esta pesquisa busca analisar o processo de racialização dos corpos negros e pobres pela criminalização dos seus modos de viver e sobreviver realizadas pelo EPUCS na cidade do Salvador de 1940 a 1950. O intuito aqui será pensar o EPCUS como parte de um conjunto de instituições que cristalizaram a imagem do corpo negro no lugar de subalternidade para impossibilitar a construção de sua cidadania no contexto do pós-abolição. De maneira que, as gestões dos prefeitos engenheiros neste período, possibilitaram a construção de um plano conjunto de caráter municipal promovendo a sistematização de toda a vida urbana. Assim, através das produções de arquitetos e urbanistas, o EPUCS seria a solução perfeita para a “modernidade tardia” da cidade para consagrar as gestões dos prefeitos engenheiros diante dos projetos autoritários do Estado Novo de Vargas. De modo que, a escolha do acervo visual do EPCUS como fonte principal se deu por acreditar que as práticas fotográficas se colocam como práticas sociais. E este corpo fotográfico procurará demonstrar que este conjunto de intervenções extrapolou o campo das ideias e da imaginação e foi uma prática de racialização.