A expansão da fronteira colonial: atuação de particulares nas fortalezas dos sertões do Baixo Amazonas (1684-1750)
particulares; Baixo Amazonas; negócios no sertão; mercês.
Este trabalho tem como objetivo compreender a expansão da fronteira colonial para a região do Baixo Amazonas durante o final do século XVII e a primeira metade do século XVIII. O período escolhido refere-se às primeiras iniciativas de avanço militar português verificadas na criação de núcleos de administração colonial nos sertões – fortalezas- no Tapajós, Pauxis e Paru. O foco da análise está nas políticas de expansão que envolviam indivíduos comprometidos com a conquista ultramarina, sendo recompensados com títulos, postos e propriedades por meio do que é denominado "prática das mercês". Além disso, destaca-se como esses particulares se inseriram nos negócios lucrativos do sertão, mediante o envio de canoas para a coleta de drogas do sertão e para o descimento de indígenas, ações possibilitadas na navegação pelos rios. Essas práticas, viabilizadas pela dinâmica do espaço, poderiam estar alinhadas ou não aos objetivos de expansão da Coroa portuguesa. As fontes utilizadas incluem crônicas e documentos do Arquivo Histórico Ultramarino (AHU), Arquivo Público do Estado do Pará (APEP) e Arquivo Nacional da Torre do Tombo (ANTT).