ENTRE OS CAMINHOS E AS GENTES: O PODER SIMBÓLICO DA COROA PORTUGUESA NA FORMAÇÃO E OCUPAÇÃO DO ESPAÇO DA CIDADE DO NATAL (1700-1785).
Cidade do Natal, Requerentes de terra urbana, Poder simbólico, Coroa Portuguesa.
Esta dissertação tem por objetivo analisar a ocupação da cidade do Natal entre 1700-1785, e sua formação a partir do poder simbólico da Coroa portuguesa e por meio do sentido de pertencimento dos vassalos ao requererem terras na cidade do Natal. Para tanto, propôs-se a elaboração do perfil dos indivíduos que requereram terras urbanas neste período. O recorte temporal se explica pela necessidade do aparato de um equipamento urbano, que fosse capaz de consolidar a ocupação da cidade, traduziu-se isso, na construção da igreja Matriz de Nossa Senhora da Apresentação, finalizada em 1694, fator que favoreceu a fixação de gente na urbe no início do século XVIII. Por essa razão, os estudos iniciam-se em 1700, estendendo-se até 1785, quando foi possível constatar que nas últimas décadas que envolveram essa pesquisa houve um consistente avanço da povoação em direção a Ribeira da cidade. Portanto, ao analisar as trajetórias e relações familiares entre os requerentes de terra da cidade do Natal, bem como suas estratégias de onde ocupar determinada área, será possível compreender como ocorreu a ocupação do sítio urbano e como o espaço foi transformado em lugar por esses indivíduos.