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Hierarquias espaciais; Olinda; câmara municipal; vila; cidade.
Busca-se, neste trabalho, analisar as hierarquias espaciais no contexto de retomada dos portugueses do domínio sobre a capitania de Pernambuco, assim como da presença propriamente dita de autoridades régias detentores de ofícios e do status que Olinda possuía, em paralelo com a posição social de seus moradores mais ilustres, e sua relação com as disputas pelo controle político e administrativo da capitania de Pernambuco, na segunda metade do século XVII. Um ponto importante para a elite de Olinda, principalmente para as pessoas que estavam na câmara, foi a reestruturação da economia e do espaço físico da capitania Apesar das dificuldades enfrentadas, esse grupo permaneceu politicamente dominante durante boa parte do período compreendido entre 1654 e 1711. As divergências entre autoridades coloniais e locais representaram entraves para a reestruturação e reocupação da vila após 1654. A Coroa portuguesa, representada pelo Conselho Ultramarino e pelos governadores da capitania tinham interesses que divergiam da câmara de Olinda, provocando tensões no equilíbrio desta vila como centro de poder. Nesse sentido, o local de assistência dos governadores é um tema de debate durante o período estudado, assim como a condição de “capital” de Olinda, tendo em vista a sua estrutura física. A câmara buscou, então, trazer melhoramentos que eram considerados condizentes com sua posição, com argumentos que ressaltavam sua “qualidade” e “capacidade”.