A POÉTICA MATRICIAL DOS ORIXÁS E ENCANTADOS: O ARA RITUAL MULHER PRETA NO TEATRO DE ENFRENTAMENTO
Ara, Ancestralidade, Poéticas, Teatro, Mulher Negra, Candomblé
O trabalho reflete sobre as potencialidades do ara (corpo) de mulher preta em representação para criação de um caminho de protagonismo e autonomia artística. Partindo da necessidade em encontrar referências de representatividade de mulher negra na academia e nos palcos, a ancestralidade, o candomblé e o teatro, surgem como fonte e meio para criação de uma dramaturgia corporal centrada na energia dos Orixás e Encantados. Estas ações de poder refletem na construção de novas narrativas, evidenciadas através dos espetáculos teatrais: Ombela, Histórias Bordadas em Mim e de uma vivência formativa centrada na Poética Matricial dos Orixás. O objetivo da escrita é criar possibilidades de diálogos entre a valorização da ancestralidade, de matriz africana e suas influências no teatro contemporâneo, interligando o teatro físico e o ritualístico na construção cênica. A escrita leva em consideração os caminhos de aprendizado através do acolhimento e respeito à matriz originária africana e indígena. Os escritos contribuem para apontar caminhos de decolonização do ara de mulher preta no teatro