PPGFST PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM FISIOTERAPIA CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE Téléphone/Extension: (84) 3342-2002 https://posgraduacao.ufrn.br/ppgfst

Banca de DEFESA: LUANA CAROLINE DE ASSUNCAO CORTEZ CORREA

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : LUANA CAROLINE DE ASSUNCAO CORTEZ CORREA
DATA : 03/10/2024
HORA: 08:30
LOCAL: Remoto
TÍTULO:

Capacidade Intrínseca e Incapacidade Funcional em Populações Idosas: Diferenças entre os Gêneros e Influência dos Fatores Socioeconômicos e Biomarcadores



PALAVRAS-CHAVES:

Diferenças de Gênero, Diferenças Sexuais, Envelhecimento, Incapacidade, Fatores Socioeconômicos, Envelhecimento, Capacidade Intrínseca


PÁGINAS: 120
RESUMO:

INTRODUÇÃO: A Incapacidade é um processo dinâmico que representa o declínio da funcionalidade nos domínios físico e mental dos indivíduos. Por sua vez, a Capacidade Intrínseca (CI), conforme a Organização Mundial da Saúde, é um composto das habilidades físicas e mentais de um indivíduo que pode estimar o envelhecimento saudável em populações idosas. Ambos conceitos podem ser influenciados pelo ambiente sociocultural, pelas diferenças entre homens e mulheres, e pelos processos inflamatórios presentes no processo de envelhecimento. Esta tese visa avaliar as associações entre os níveis de incapacidade funcional e capacidade intrínseca em populações idosas de diferentes perfis socioeconômicos de envelhecimento.

OBJETIVOS: #Artigo 01: Estimar os níveis de CI em uma amostra de idosos residentes na comunidade, e identificar os fatores associados à diminuição da CI em ambos os gêneros. #Artigo 02: Investigar se as associações transversais e longitudinais entre biomarcadores sanguíneos relacionados à inflamação e à neuro-degeneração e CI diferem de acordo com o sexo. #Artigo 03: Avaliar se as associações entre o status socioeconômico (SES) e a incapacidade tardia diferem por gênero em populações de diferentes perfis de envelehcimento.

 

MÉTODOS: A presente tese é composta por três artigos. O #Artigo 01 e #Artigo 03 utilizaram dados transversais da terceira onda de avaliação do International Mobility and Aging Study (IMIAS), coletados em 2016.Especificamente, o #Artigo 01 analisou dados de 1.484 idosos. Com base em uma metodologia reflexiva, quatro funções foram selecionadas na base de dados do IMIAS para avaliar os domínios da CI: i. locomoção (Short Physical Performance Battery), ii. Cognição (Leganes Cognitive Test), iii. Vitalidade (Força de Prensão Manual) e iv. bem-estar psicológico (Center for Epidemiologic Studies Depression). Um escore composto de CI foi calculado (variando de 0 a 100; quanto maior, melhor). Fatores socioeconômicos e relacionados à saúde incluíram: idade, estado civil (solteiro, casado, divorciado/viúvo), nível educacional (baixo, médio e alto), suficiência de renda (não/não muito bem, razoavelmente, muito bem), ocupação (manual e não-manual), número de doenças crônicas (≤1, 2-3 e ≥4), índice de massa corpórea (abaixo do peso/peso normal, sobrepeso, obesidade), e histórico de quedas no último ano (sim e não). Análises de regressão linear múltipla foram utilizadas para investigar os fatores associados a redução da CI em ambos os gêneros. O #Artigo 03 avaliou a incapacidade tardia de 1.362 idosos por meio do componente de incapacidade (frequência e limitação) do Late-Life Function Disability Instrument (LLFDI).  O SES foi coletado por meio de autorrelato através das variáveis: i. nível de educação (ensino fundamental, ensino médio, ensino superior), ii. suficiência de renda (não/não muito bem, razoavelmente, muito bem) e iii. ocupação (manual e não-manual). Modelos de regressão linear múltipla foram utilizados para examinar as associações específicas de gênero entre incapacidade tardia (subescalas de frequência e limitação) e SES. Por fim, o #Artigo 02 utilizou dados longitudinais de 1.117 idosos (<70 anos, 63,8% mulheres) provenientes do Multidomain Alzheimer Preventive Tiral (MAPT). Os domínios da CI foram operacionalizados utilizando as seguintes funções: i. cognição (Mini-Mental State Examination), ii. locomoção (Short Physical Performance Battery), iii. vitalidade (Força de Prensão Manual) e iv. bem-estar psicológico (Geriatric Depression Scale), cada um escalonado de 0 (pior CI possível) a 100 (melhor CI possível). Os biomarcadores relacionados a inflamação e a neurodegeneração incluíram: i. Interleucina 6 (IL-6, pg/mL), ii. Fator de Diferenciação de Crescimento 15 (GDF15, pg/mL), iii. Receptor 1 do Fator de Necrose Tumoral (TNFR1, pg/mL), iv. Cadeia Leve de Neurofilamento (NfL, pg/mL), v. Progranulina (PGRN, ng/mL) e vi. proteína Beta-Amiloide (Aβ42/40). Modelos lineares mistos foram realizados para examinar se o sexo modificou a associação transversal e longitudinal entre os biomarcadores e a CI.

INTRODUÇÃO: A Incapacidade é um processo dinâmico que representa o declínio da funcionalidade nos domínios físico e mental dos indivíduos. Por sua vez, a Capacidade Intrínseca (CI), conforme a Organização Mundial da Saúde, é um composto das habilidades físicas e mentais de um indivíduo que pode estimar o envelhecimento saudável em populações idosas. Ambos conceitos podem ser influenciados pelo ambiente sociocultural, pelas diferenças entre homens e mulheres, e pelos processos inflamatórios presentes no processo de envelhecimento. Esta tese visa avaliar as associações entre os níveis de incapacidade funcional e capacidade intrínseca em populações idosas de diferentes perfis socioeconômicos de envelhecimento.

OBJETIVOS: #Artigo 01: Estimar os níveis de CI em uma amostra de idosos residentes na comunidade, e identificar os fatores associados à diminuição da CI em ambos os gêneros. #Artigo 02: Investigar se as associações transversais e longitudinais entre biomarcadores sanguíneos relacionados à inflamação e à neuro-degeneração e CI diferem de acordo com o sexo. #Artigo 03: Avaliar se as associações entre o status socioeconômico (SES) e a incapacidade tardia diferem por gênero em populações de diferentes perfis de envelehcimento.

 

MÉTODOS: A presente tese é composta por três artigos. O #Artigo 01 e #Artigo 03 utilizaram dados transversais da terceira onda de avaliação do International Mobility and Aging Study (IMIAS), coletados em 2016.Especificamente, o #Atigo 01 analisou dados de 1.484 idosos. Com base em uma metodologia reflexiva, quatro funções foram selecionadas na base de dados do IMIAS para avaliar os domínios da CI: i. locomoção (Short Physical Performance Battery), ii. Cognição (Leganes Cognitive Test), iii. Vitalidade (Força de Prensão Manual) e iv. bem-estar psicológico (Center for Epidemiologic Studies Depression). Um escore composto de CI foi calculado (variando de 0 a 100; quanto maior, melhor). Fatores socioeconômicos e relacionados à saúde incluíram: idade, estado civil (solteiro, casado, divorciado/viúvo), nível educacional (baixo, médio e alto), suficiência de renda (não/não muito bem, razoavelmente, muito bem), ocupação (manual e não-manual), número de doenças crônicas (≤1, 2-3 e ≥4), índice de massa corpórea (abaixo do peso/peso normal, sobrepeso, obesidade), e histórico de quedas no último ano (sim e não). Análises de regressão linear múltipla foram utilizadas para investigar os fatores associados a redução da CI em ambos os gêneros. O #Artigo 03 avaliou a incapacidade tardia de 1.362 idosos por meio do componente de incapacidade (frequência e limitação) do Late-Life Function Disability Instrument (LLFDI).  O SES foi coletado por meio de autorrelato através das variáveis: i. nível de educação (ensino fundamental, ensino médio, ensino superior), ii. suficiência de renda (não/não muito bem, razoavelmente, muito bem) e iii. ocupação (manual e não-manual). Modelos de regressão linear múltipla foram utilizados para examinar as associações específicas de gênero entre incapacidade tardia (subescalas de frequência e limitação) e SES. Por fim, o #Artigo 02 utilizou dados longitudinais de 1.117 idosos (<70 anos, 63,8% mulheres) provenientes do Multidomain Alzheimer Preventive Tiral (MAPT). Os domínios da CI foram operacionalizados utilizando as seguintes funções: i. cognição (Mini-Mental State Examination), ii. locomoção (Short Physical Performance Battery), iii. vitalidade (Força de Prensão Manual) e iv. bem-estar psicológico (Geriatric Depression Scale), cada um escalonado de 0 (pior CI possível) a 100 (melhor CI possível). Os biomarcadores relacionados a inflamação e a neurodegeneração incluíram: i. Interleucina 6 (IL-6, pg/mL), ii. Fator de Diferenciação de Crescimento 15 (GDF15, pg/mL), iii. Receptor 1 do Fator de Necrose Tumoral (TNFR1, pg/mL), iv. Cadeia Leve de Neurofilamento (NfL, pg/mL), v. Progranulina (PGRN, ng/mL) e vi. proteína Beta-Amiloide (Aβ42/40). Modelos lineares mistos foram realizados para examinar se o sexo modificou a associação transversal e longitudinal entre os biomarcadores e a CI.

 

RESULTADOS: Os resultados do #Artigo 01 indicaram que as mulheres apresentaram escores de IC significativamente mais baixos em comparação aos homens (M = 77,43, DP = 9,06 vs. M = 72,26, DP = 9,31, p < 0,001). Idade, locais de estudo, estado civil, múltiplas condições crônicas e histórico de quedas foram negativamente associados aos escores de IC em ambos os gêneros. Além disso, renda insuficiente (B = -2,130, p = 0,043) e obesidade (B = -1,645, p = 0,039) foram negativamente associadas aos escores de IC em mulheres, enquanto o baixo nível educacional (B = -2,124, p = 0,012) foi negativamente associado aos escores de IC nos homens. Para o #Artigo 02, nenhum efeito significativo de interação foi observado na linha de base. As análises longitudinais revelaram uma interação significativa entre sexo e IL-6 (p = 0,005), de modo que níveis mais elevados de IL-6 tendiam a estar associados a um declínio mais rápido no escore de IC para os homens (B = -0,385; p = 0,055; IC 95% = -0,778; 0,008), mas não para as mulheres (B = 0,287; p = 0,041; IC 95% = 0,011; 0,563). No #Artigo 03, o baixo nível educacional (B = −3,11 [IC 95% −4,70; −1,53]) e a ocupação manual (B = −1,79 [IC 95% −3,40; −0,18]) foram associados a uma diminuição na frequência de participação para homens, enquanto a renda insuficiente (B = −3,55 [IC 95% −5,57; −1,52]) e a ocupação manual (B = −2,25 [IC 95% −3,89; −0,61]) desempenharam um papel negativo na frequência de participação para mulheres. Tanto para homens (B = −2,39 [IC 95% −4,68; −0,10]) quanto para mulheres (B = −3,39 [IC 95% −5,77; −1,02]), a renda insuficiente foi o único fator associado a uma maior limitação percebida durante as tarefas diárias.

 

CONCLUSÕES: Conclui-se que: #Artigo 01: As mulheres apresentaram escores de IC mais baixos em comparação aos homens. Idade, locais de estudo, múltiplas condições crônicas e histórico de quedas foram fatores associados à redução da CI em ambos os gêneros. O nível educacional parece influenciar particularmente a CI nos homens, enquanto a insuficiência de renda e a obesidade são fatores mais significativos para as mulheres. Esses achados ressaltam a necessidade de estratégias específicas de gênero para abordar os determinantes distintos da CI, visando promover um envelhecimento mais saudável entre os adultos mais velhos. #Artigo 02: Entre todos os biomarcadores, apenas a IL-6 apresentou associações dependentes do sexo; ao longo de 4 anos, ela tendeu a estar associada a uma rápida diminuição na CI em homens, mas não em mulheres. Um possível efeito dependente do sexo do estado inflamatório sobre a CI deve ser mais detalhadamente investigado. #Artigo 03: Homens e mulheres apresentaram experiências diferentes de incapacidade na velhice. Para homens, ocupação e educação foram associadas a uma diminuição na frequência de participação, enquanto para mulheres essa redução foi associada à renda e ocupação. A renda foi associada à limitação percebida durante as tarefas diárias para ambos os gêneros.

 



MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 350637 - RICARDO OLIVEIRA GUERRA
Interna - 3885543 - SAIONARA MARIA AIRES DA CAMARA
Externa à Instituição - CRISTINA MARQUES DE ALMEIDA HOLANDA DINIZ - UFPB
Externo à Instituição - ETIENE OLIVEIRA DA SILVA FITTIPALDI - UFPE
Externa à Instituição - JULIANA MARTINS PINTO
Notícia cadastrada em: 17/09/2024 10:57
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