EFEITOS AGUDOS E CRÔNICOS DO ALONGAMENTO ESTÁTICO E DINÂMICO NA FLEXIBILIDADE E DESEMPENHO NEUROMUSCULAR E FUNCIONAL EM INDIVÍDUOS SAUDÁVEIS: ENSAIO CLÍNICO RANDOMIZADO E CEGO
exercício de alongamento muscular; amplitude de movimento; dinamômetro de força muscular; eletromiografia
Objetivo: Verificar os efeitos agudo e crônico do alongamento estático e dinâmico na flexibilidade e desempenho neuromuscular e funcional em indivíduos ativos e saudáveis. Materiais e métodos: Trata-se de um ensaio clínico randomizado e cego. Trinta e oito sujeitos do sexo masculino (idade média:22,07±3,16; IMC:23,67±8,65) ativos e saudáveis foram aleatoriamente divididos em três grupos: Grupo Amarelo (gAM; n=12), Grupo Azul (gAZ; n=15) e Grupo Alongamento Vermelho (gV; n=11). Todos os sujeitos foram submetidos as medidas de avaliação (flexibilidade e desempenho neuromuscular (eletromiografia e dinamometria isocinética) e funcional (testes funcionais) do membro inferior não dominante (MND), realizadas nos seguintes momentos: 48 horas antes ao início dos protocolos de alongamento (AV1), imediatamente após a 1ª (AV2) e 10ª (AV3) intervenções e 48 hs após (AV4) esta última. Os protocolos experimentais foram compostos por 10 sessões de alongamento estático (gAE: 3x30 segundos) ou dinâmico (gAD: 3x30 repetições), dos músculos isquiotibiais em ambos os membros. Durante todas as intervenções os sujeitos foram avaliados quanto a sensação dolorosa e ao final dos protocolos quanto a valência afetiva. A análise estatística foi realizada no Statistical Package for the Social Science (SPSS) versão 20.0 por meio da análise de variância com medidas repetidas (ANOVA Two Way 3X4), considerando um nível de significância de 5%. Resultados: Houve aumento significativo na amplitude de movimento (ADM) para o gV, porém, não houve diferença intergrupos. Não foram observadas alterações significativas no pico de torque (PT) passivo normalizado pelo peso corporal, no entanto, no PT excêntrico à 60°/s houve diferença intragrupos, com redução para os gAM e gAZ, sem diferença intergrupos. Na velocidade de 240°/s houve diferença intergrupos (gAM x gAZ) no trabalho total (TT) dos músculos extensores e aumento significativo da potência nestes músculos no gAZ. Para os músculos flexores houve aumento da potência nos três grupos, sem diferença intergrupos. Nos testes funcionais, apenas o teste de salto vertical com contramovimento (SVCM) apresentou diferença significativa para o gV, sem diferença intergrupos.