ATIVIDADE IMUNOMODULATÓRIA DA β 1-3, GLUCANA EM CANDIDÍASE VULVOVAGINAL EXPERIMENTAL
glucana, Candida albicans, candidíase vulvovaginal
A candidíase vulvovaginal é atualmente um relevante problema na saúde da mulher, e para os profissionais atuantes nessa área. Existem diversos relatos que comprovam que a glucana tem efeito imunomodulatório em infecções de origem bacteriana, viral, fúngica e parasitária. Sabendo-se disso, acredita-se que a glucana possa desempenhar um papel importante na candidíase vulvovaginal, podendo levar a uma melhora na progressão da infecção. O objetivo desse trabalho é avaliar a atividade imunomodulatório da β→1,3-glucana, na candidíase vulvovaginal experimental. No primeiro momento do experimento, foi realizada a padronização do protocolo de candidíase vaginal, na qual foram utilizados três grupos (G1, G2 e G3) de três animais cada, os quais foram tratados, diariamente, durante os 17 dias de experimento com benzoato de estradiol, nas concentrações de 1, 2 e 5mg/ml, respectivamente. E esses mesmos animais foram inoculados com 5x106 de Candida albicans, no sexto dia de experimento. A verificação da infecção foi realizada nos dias 8, 11, 14 e 16 para observar se os animais desenvolveram e sustentaram a candidíase vulvovaginal. Para o estudo histopatológico foram sacrificados um animal de cada grupo, nos dias 12, 15 e 17 do experimento, com a remoção do tecido vaginal, o qual foi fixado em formol para posterior análise. Após a padronização, foi realizado o experimento com a β-glucana, no qual foram utilizados dois grupos (G1 e G2(controle)) de nove animais cada. Esses animais foram tratados com benzoato de estradiol na concentração de 1mg/ml, durante todos os 17 dias de experimento. Assim como na padronização, os animais também foram inoculados com Candida albicans, no sexto dia. A verificação da infecção foi realizada no oitavo dia de experimento e a lavagem vaginal para o método pour-plate foi realizada nos dia 11, 14 e 16, em três animais de cada grupo. O G1, grupo da glucana, recebeu 1mg/ml de glucana, enquanto que o G2, grupo controle, recebeu apenas o cloreto de sódio, nos dias 10 e 13 do experimento. Para a dosagem das citocinas e anticorpos, foi realizada a lavagem vaginal, nos dias 12, 15 e 17, sendo o material coletado armazenado em “freezer” para posterior análise. Nesses mesmos dias, os animais foram sacrificados para a remoção do tecido vaginal, o qual será utilizado no estudo histopatológico. Tanto na padronização como no experimento com a glucana, todos os animais sustentaram e desenvolveram a candidíase vulvovaginal, durante todo o experimento. Em relação ao material coletado para o estudo histopatológico, as peças ainda encontram-se sob análise e o lavado vaginal coletado para a dosagem de citocinas e anticorpos estão armazenados para posterior análise, em Araraquara.