Território, violência e saúde: uma análise geográfica sobre o fenômeno. O caso do Rio Grande do Norte
Território, Violência estrutural, crise social e transição epidemiológica.
Vivemos numa crise marcada por ondas de violências de forma generalizada por todos os territórios do globo. No Brasil, em especial a partir dos fins da década de 1980 a violência vem se destacando de forma bastante expressiva, tornando-se uma preocupação crescente em todas as esferas políticas e sociais. Reproduzindo assim um dos mais graves problemas sociais e de saúde pública. Remete-se a problemas sociais, uma vez que interfere na distribuição da oferta de bens e serviços aos cidadãos; mas também é problema de saúde, pois a violência é um dos fenômenos determinantes na transição epidemiológica que o país vem vivenciando. Trata-se de uma crise social, que é fruto de um mundo capitalista globalizado, que impõe a todos os territórios a chamada violência estrutural (do dinheiro, competitividade e potência em estado puro), base na qual as violências funcionais derivadas se materializam, entre elas os homicídios. O Rio Grande do Norte vem acompanhando essa realidade que é nacional. Tendo isto em mente, o recorte empírico que fundamenta esta pesquisa terá como escala temporal e espacial a disseminação do fenômeno da violência homicida no território potiguar durante o período entre 2001 a 2010. Nossa busca é entender o como e o porquê o estado vem apresentando esse crescimento nas ondas de violências.