PROCESSOS MORFOPEDOGENÉTICOS E RECUO DE GELEIRAS NA ANTÁRTICA MARÍTIMA
Formação de solos, permafrost, geleiras, solos ornitogênicos, feições de crioturbação.
A Antártica Marítima enquanto um ambiente de alta sensitividade climática, representa um cenário laboratorial para o vislumbre da formação de solos, exprimindo processos intempéricos e uma dinâmica biogeoquímica em condições únicas no planeta. Tendo como motor primário os processos de congelamento/descongelamento, e em segunda instância a formação de solos permanentemente congelados, designados como permafrost. Os solos Antárticos estão diretamente ligados à fenômenos térmicos, que provocam ablação das geleiras, ocasionando processos modeladores do relevo e conseguinte estruturação pedológica. A análise estatístico descritiva e os resultados da análise dos componentes principais demonstraram que no geral, os solos da Antártica são rasos e incipientes e as áreas ornitôgênicas são excessão à regra, onde se encontram os solos mais profundos, tendo maior atuação do inteperismo químico. Entretanto, a Península Byers, como uma das maiores áreas livres de gelo, inserida num contexto climático com precipitações líquidas atípicas para o ambiente da Antártica Marítima é dominada por feições de crioturbação, mesmo em solos sem detecção do permafrost, demonstrando que a água atua como o sine qua non para os processos crioturbacionais em solos Antárticos.