ESTADO AMBIENTAL E GRAUS DE SUSTENTABILIDADE DA BACIA HIDROGRÁFICA DO RIO DO CARMO-RN, BRASIL
Antropogenização da paisagem; bacia hidrográfica; semiárido potiguar.
O processo de antropogenização da paisagem tem como principal fator de gênese a fixação de novos usos e atividades nas paisagens, resultando, assim, no estabelecimento de novas lógicas no funcionamento das estruturas paisagísticas. Como efeito, tem-se, em muitos casos, paisagens completamente alteradas, com indicações de graves prejuízos no cumprimento das funções do sistema. A paisagem sertaneja é uma das tantas outras paisagens do território brasileiro a sofrer com a antropogenização, como é o caso da Bacia Hidrográfica do Rio do Carmo (BHRC), que, localizada no semiárido potiguar, também foi palco de ações antrópicas de diferentes naturezas. Diante desse cenário, a Geoecologia das Paisagens, observando os diferentes estágios de ocupação e intensa transformação dos sistemas, em muito vem contribuindo para processos de otimização, recuperação e preservação de diferentes sistemas. A partir disso, utilizando a Geoecologia como norte teórico-metodológico, esta pesquisa tem como objetivo analisar o estado ambiental e os graus de sustentabilidade da BHRC. Para isso, visando obter melhores resultados, a BHRC será compartimentada, com base nos táxons do relevo, em 6 unidades geoecológicas, a saber: Depressão Interplanáltica do Apodi-Mossoró, Serras e Inselbergs, Planalto da Serra do Mel, Tabuleiros Interiores, Planície Costeira, e Planície Fluvial. Feito isso, para a interpretação das diferentes unidades paisagísticas da bacia, serão construídas, com base em Conesa (2010), matrizes de importância entre as relações de ações versus impacto. Como resultado, até o presente momento, esta pesquisa realizou análises regionais da estruturação da paisagem, que englobam a estrutura vertical e horizontal da BHRC. Essa etapa é o alicerce para as análises locais, as quais devem ser realizadas, posteriormente, a partir dos trabalhos de campo.