COMPARAÇÃO DA PERCEPÇÃO ESTÉTICA FACIAL ENTRE DOIS MÉTODOS DE POSICIONAMENTO SAGITAL MAXILO-MANDIBULAR NA CIRURGIA ORTOGNÁTICA
Face, Estetica, Cirurgia Ortognatica
A percepção individual do que é agradável esteticamente é moldada por uma variedade de fatores, incluindo influências culturais e experiências pessoais.(HERNÁNDEZ-ALFARO et al., 2023) A qualidade de vida é diretamente influenciada pela forma como o indivíduo se percebe em relação à estética corporal e facial, sofrendo interferência da opinião e reação das outras pessoas em relação a si mesmo ao comparar ou ser comparado a padrões de beleza.(RIZZI et al., 2022) As preferências faciais são uma resposta à busca da beleza do rosto humano, que é comum entre os observadores, podendo ser influenciada pelo gênero, idade ou aspectos culturais, mas são atribuídas principalmente à características visuais específicas que contribuem para o atrativo facial, que incluem aspectos como proporções, simetria e o tamanho do rosto.(YANIN; MENDOZA, 2023)
As deformidades dentofaciais são definidas por alterações esqueléticas nos malixares impactando diretamente na relação maxilo-mandibular e na oclusão do paciente, sendo a cirurgia ortognática o tratamento de escolha para esses casos, envolvendo a ortodontia e cirurgia bucomaxilofacial para devolver função e estética aos pacientes.(MEGER et al., 2021)(BRUCOLI et al., 2019) (FARHAD B. NAINI; DALJIT S. GILL, 2017) Nesse contexto, a percepção estética do paciente assume uma importância crucial, pois a cirurgia ortognática além de corrigir as alterações dento-esqueléticas por meio da movimentação dos maxilares, também impacta na estética facial, afetando seu bem-estar social e psicológico.(RUPPERTI et al., 2022) Ainda que os resultados da cirurgia tragam muitos benefícios, sabe-se que em alguns casos a estética final do tratamento não satisfaz o paciente.(RUPPERTI et al., 2022) (GRIBEL et al., 2011)A previsão final do perfil dos tecidos moles é de grande importância tanto no planejamento do tratamento como na motivação do paciente, porém determinar a posição sagital ideal da relação maxilo-mandibular ainda é um dos desafios no planejamento do tratamento para pacientes com alterações anteroposteriores.(RUPPERTI et al., 2022) No diagnóstico das alterações maxilares, há diferentes análises cefalométricas, que podem gerar resultados discrepantes para o mesmo paciente, fazendo com que a determinação de um resultado preciso seja ainda mais complexa.(HERNÁNDEZ-ALFARO et al., 2023)(RESNICK et al., 2018)
Não há um consenso na literatura sobre a melhor análise do posicionamento sagital maxilo-mandibular para resolver esteticamente e funcionalmente as deformidades dentofaciais, tornando-se uma combinação de correção oclusal e preferências estéticas subjetivas do cirurgião. Diante disso, o presente estudo tem como objetivo comparar dois diferentes métodos de posicionamento sagital maxila-mandibular, de acordo com a percepção estética de grupos de ortodontistas, de cirurgiões bucomaxilofaciais e de leigos.