AVALIAÇÃO LONGITUDINAL DE PARÂMETROS PERI-IMPLANTARES EM COROAS UNITÁRIAS COM PILARES PRÉ-FABRICADOS E PERSONALIZADOS
Prótese Dentária Fixada por Implante; Implantes Dentários; Periodontia
A estabilidade e a estética dos tecidos peri-implantares são determinantes para o sucesso dos implantes dentários em região anterior. A escolha do pilar protético pode influenciar diretamente essas características ao longo do tempo. Nesse contexto, este estudo compara o comportamento tecidual por meio da avaliação de parâmetros clínicos entre pilares pré-fabricados e personalizados. OBJETIVO: Avaliar o comportamento dos tecidos peri-implantares em reabilitações estéticas com coroas implantossuportadas cimentadas, utilizando pilares protéticos pré-fabricados em titânio (GT) e pilares personalizados em zircônia (GZ), após um periodo de 3 meses, 6 meses, 1 ano e 2 anos. METODOLOGIA: Neste estudo longitudinal, do tipo ensaio clínico controlado, cego e não randomizado, foram avaliadas 30 coroas cimentadas sobre implantes unitários em região anterior. Os casos foram distribuídos sequencialmente: 15 reabilitações realizadas com pilares protéticos pré-fabricados em titânio (GT) e 15 com pilares personalizados em zircônia (GZ). O comportamento dos tecidos peri-implantares foi monitorado em cinco momentos: T0 (momento da instalação da coroa definitiva), T1 (três meses após cimentação da coroa definitiva), T2 (seis meses após cimentação da coroa definitiva), T3 (1 ano após cimentação da coroa definitiva) e T4 (2 anos após cimentação da coroa definitiva). Foram analisados os seguintes parâmetros clínicos: Índice de Placa Visível (IPV), Índice de Sangramento Gengival (ISG), Profundidade de Sondagem (PS), Sangramento à Sondagem (SS). A análise estatística foi realizada pelo teste de SPANOVA – Split-plot ANOVA design, com pós-testes de Sidak, adotando nível significância inferior a 5% (p<0,05). RESULTADOS: O teste SPANOVA mostrou efeito do tempo para as variáveis IPV e PS (p<0,05). Na análise intergrupo diferenças estatisticamente significativas foram observadas para PS na instalação da coroa e três mes após a cimentação (T1). Na análise intragrupos não foram observadas diferenças consideravéis.CONLUSÃO: Foi observado que os pilares protéticos utilizados não impactaram em diferenças nas variáveis clínicas relacionadas ao comportamento dos tecidos peri- implantares ao longo do tempo. Na PS foi observado valores superiores no periodo da instalação da coroa (T0) e após 3 meses(T1) o que pode está associado ao componente protético provísorio utilizado. Diante disso, a decisão pela seleção dos componentes para a reabilitação em região estética poderia se basear nos critérios de cada profissional.