ANÁLISE DA VIA PI3K/AKT/MTOR NA PATOGÊNESE DE LESÕES DE CÉLULAS GIGANTES: UM ESTUDO IMUNOHISTOQUÍMICO
Células Gigantes; Tumores de células gigantes; Granuloma de células gigantes; Imuno-Histoquímica; Proteína Fosfatase PTEN; Proteína Regulatória Associada a mTOR
A região maxilofacial pode ser acometida por lesões de células gigantes (LCG) que exibem comportamento clínico e naturezas distintas. Dentre elas, cita-se a lesão central de células gigantes (LCCGs) que constitui uma lesão benigna, por vezes osteolítica destrutiva, composta por células gigantes tipo osteoclastos, algumas das quais canibais e células mononucleares. Os mecanismos associados aos seus diferentes comportamentos biológicos ainda não estão completamente esclarecidos. Diante disso, esta tese objetivou estudar o perfil clinico, radiográfico, genômico e proteômico das lesões de células gigantes dos ossos maxilofaciais, bem como verificar se a via PI3K/mTOR participa-se da patogênese dessas lesões. Para isso, foi realizado um estudo de ocorrência referente a todos as que apresentam células gigantes em sua morfologia diagnosticadas no Serviço de Patologia Oral do Departamento de Odontologia da Universidade Federal do Rio Grande do Norte no período de 1970 à 2023. Neste período, foram identificados 441 casos de lesões com células gigantes e a lesão periférica de células gigantes (LPCG) foi a mais prevalente (n = 169), seguido pela LCCG (n = 104). A fim de identificar as alterações moleculares presentes nas LCCG realizou-se uma revisão de escopo, dentre outros achados evidenciou que a via de sinalização PI3K/AKT/mTOR pode desempenhar papel na patogênese das LCCG. Nesse sentido, realizou-se através de um estudo imunohistoquímico a análise da influência da via PI3k/AKT/mTOR no comportamento biológico das LPCG, LCCG (agressivas e não agressivas) e Tumor de Células Gigantes (TCG) dos ossos longos. Foi possível identificar que o mTOR e o PTEN parece não exercerem influência sobre as diferenças de comportamentos biológicos apresentadas pelas lesões de interesse, mas, foi identificado que a expressão de p-S6 influência o comportamento biológico das LCG independente de mTOR.