EFEITO CRÔNICO DO LED DE ALTA POTÊNCIA EM RETINA DE RATO WISTAR
Luzes de cura dentária; Altas potências; Retina; Ratos
Introdução: A busca contínua por melhorias dos equipamentos odontológicos e otimização de tempo clínico do cirurgião dentista estimulou a evolução dos fotopolimerizadores, principalmente em relação ao aumento de sua potência, reduzindo cerca de 70% do tempo de fotopolimerização durante a colagem completa de bráquetes ortodônticos. Contudo, não há na literatura os possíveis efeitos que esses aparelhos de diodos emissores de luz (LED) de alta potência podem exercer sobre a retina de quem faz uso contínuo desses aparelhos sem o uso dos filtros de proteção. Objetivo: Avaliar os possíveis efeitos do uso crônico de um aparelho fotopolimerizador LED de alta potência nas retinas de ratos Wistar. Material e métodos: Neste estudo experimental in vivo, seis ratos machos saudáveis foram utilizados, sendo suas estruturas oculares os objetos de estudo. Os olhos esquerdos dos animais foram expostos à luz do LED de alta potência, 3200mW/cm2(Valo Ortho - Ultradent), por 144 segundos à distância de 30cm, três vezes ao dia, durante 7 dias. Os olhos direitos foram cobertos com tampão removível em PVC, compondo a amostra controle. No oitavo dia, os animais foram anestesiados, procedido à eutanásia, dissecados os olhos e processados histologicamente. As lâminas foram digitalizadas utilizando uma câmera acoplada a um microscópico óptico e suas imagens analisadas estereologicamente e histomorfometricamente. Resultados preliminares: O volume total da retina (controle = 0,664 ±0,088, experimental = 0,702 ±0,161) não apresentou diferença estatisticamente significativa (p = 0,655). Em relação as camadas, nenhuma delas apresentaram diferenças estatística: ganglionar (controleG = 0,107±0,019, experimentalG = 0,097±0,014) p = 0,375, plexiforme interna (controlePI = 0,195±0,017, experimentalPI = 0,217±0,044) p = 0,327, nuclear interna (controleNI = 0,090±0,010, experimentalPI = 0,087±0,015) p=0,693, plexiforme externa (controlePE = 0,029±0,004, experimentalPE = 0,036±0,009) p = 0,177, nuclear externa (controleNE = 0,152±0,022, experimentalNE = 0,178±0,054) p = 0,355 e, prolongamento de cones e bastonetes (controlePCB = 0,091±0,031, experimentalPI = 0,088±0,030) p=0,871. Conclusão: O risco de danos retinianos frente à exposição do olho à luz LED de alta potência é possível, mas os resultados apresentaram grande variabilidade e devem serem analisados com bastante cautela.