POTENCIALIDADES E LIMITAÇÕES DO PRONTUÁRIO ELETRÔNICO DO CIDADÃO (PEC) ENQUANTO FERRAMENTA DE GESTÃO DE CUIDADO E PLANEJAMENTO: AVALIAÇÃO EM NÍVEL NACIONAL E LOCAL
Atenção primária à saúde. Serviços de saúde bucal. Sistemas de Informação em Saúde. Registros Eletrônicos de Saúde
O objetivo desse estudo foi analisar os indicadores de saúde bucal a nível nacional e de um município no interior da Paraíba, bem como a aceitação, facilidade e percepção de uso do Prontuário Eletrônico do Cidadão pelos cirurgiões dentistas da Atenção Básica no município de Cajazeiras –PB. A coleta de dados foi dividida em dois momentos: primeiro foram coletadas informações dos relatórios do e-SUS PEC presentes no site eletrônico e-Gestor do Departamento da Atenção Básica do Ministério da Saúde, referentes às equipes de saúde bucal das USF e em seguida a aplicação de um questionário específico e objetivo para avaliar a aceitação, a facilidade e o uso do Prontuário Eletrônico do Cidadão (PEC) pelos cirurgiões dentistas cadastrados no município. Nos resultados, as regiões do Norte e Nordeste apresentaram os menores coeficientes de resolutividade (46,6 e 50,6) e com maior cobertura de primeira consulta odontológica (9,5 e 9,3), entretanto com maiores valores para exodontias (14,2 e 13,1); quanto à proporção de procedimentos preventivos observados, nota-se que o grau de priorização de cuidados de prevenção é alto em todas as regiões. Em nível local foram observadas variações significativas entre as USF; quanto ao uso do PEC 76,9% não receberam qualificação ou capacitação, 23,1% sempre sentem dificuldades ao manuseá-lo e 46,2% às vezes conseguem operar todas as funções do sistema. Portanto, em nível local os dados dos indicadores se enquadram na média nacional, porém existe a possibilidade de falhas de registro e/ou de controle de qualidade, bem como existem limitações para o uso do PEC pela falta de treinamento para os profissionais.