ANÁLISE COMPARATIVA DO TRATAMENTO DA SÍNDROME DO ARDOR BUCAL E ARDOR BUCAL SECUNDÁRIO COM TERAPIA A LASER DE BAIXA INTENSIDADE E ESTIMULAÇÃO ELÉTRICA NERVOSA TRASNCUTÂNEA: UM ENSAIO CLÍNICO RANDOMIZADO
Síndrome da Ardência Bucal. Xerostomia. Disgeusia. Terapia com Luz de Baixa Intensidade. Estimulação Elétrica Nervosa Transcutânea.
Introdução: A Síndrome do Ardor Bucal (SAB) é uma condição que se manifesta como um ardor na mucosa oral de pacientes que não apresentam fatores locais ou sistêmicos subjacentes. A SAB faz diagnóstico diferencial com o Ardor Bucal secundário (ABS), que se caracteriza pela mesma sensação de ardência na boca, entretanto, com ocorrência de alterações locais ou sistêmicas que desencadeiam tal sintomatologia. Objetivo: comparar o efeito do laser de baixa intensidade e da estimulação elétrica nervosa transcutânea no tratamento da SAB e do ABS. Metodologia: Ensaio clínico randomizado na qual a amostra será constituída por 20 participantes com SAB e 20 participantes com ABS, os quais serão subdivididos em dois grupos de acordo com a terapia empregada. Caso a amostra apresente distribuição normal, será realizado o teste Análise de Variância (ANOVA) para medidas repetidas, caso contrário, será realizado o teste não-paramétrico de Friedman para verificar se existe diferença estatisticamente significativa no grupo SAB e ABS com relação ao tipo de terapia empregada. Resultados Parciais: A amostra parcial do estudo foi constituída por 23 participantes, sendo a maioria do sexo feminino (20 casos) no pós-menopausa (85%). A média de idade dos participantes foi de 58 anos para o grupo SAB e 63,44 anos para o grupo ABS. No total, 7 participantes foram diagnosticados com SAB e 16 participantes com ABS. A maioria dos participantes com SAB e ABS apresentaram sintomatologia intensa antes do início do tratamento (T0). Apenas um participante do grupo SAB e cinco do grupo ABS relataram xerostomia em T0. Com relação ao fluxo salivar não estimulado coletado nesse mesmo intervalo de tempo, verificou-se que apenas um participante de cada condição apresentou hipossalivação. Adicionalmente, a média do pH salivar em T0 para o grupo SAB foi 7,0 e para o grupo ABS foi 6,9 e apenas um caso de disgeusia foi observado no grupo ABS antes do início do tratamento.