Banca de DEFESA: MARIA DO CARMO PESSOA NOGUEIRA SERRÃO

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : MARIA DO CARMO PESSOA NOGUEIRA SERRÃO
DATA : 15/09/2021
HORA: 08:00
LOCAL: PLATAFORMA VIRTUAL
TÍTULO:

ANÁLISE DOS FATORES PREDITORES NO DESENVOLVIMENTO DE ALTERAÇÕES BUCAIS EM PACIENTES COM COVID-19


PALAVRAS-CHAVES:

Infecções por Coronavírus. Manifestações Bucais. Assistência hospitalar.


PÁGINAS: 82
RESUMO:

O surto de um novo coronavírus SARS-CoV-2 (Severe acute respiratory syndrome coronavirus 2), foi identificado na província de Wuhan, na China no final de 2019. O SARS-CoV-2, se propaga através de gotículas respiratórias de uma pessoa infectada e causa uma doença respiratória denominada Covid-19 (Coronavirus Disease, 2019). O seu comportamento clínico que em alguns pacientes, manifesta-se com sintomas leves ou moderado, e em outros com desenvolvimento de uma infecção respiratória importante, têm instigado muitos estudos.  Embora fatores de risco como idade, sexo e comorbidades tenham sido destacados como um dos fatores de risco que aumentam a morbidade e mortalidade pela Covid-19, ainda há pacientes sem esses fatores que evoluem para quadros graves. A cavidade oral foi identificada como uma das portas de entrada para o SARS-CoV-2, e seu possível papel como agravante na infectividade e progressão da infecção viral têm sido controversos. Foi realizado um estudo de Coorte retrospectivo com dados obtidos de 274 prontuários de pacientes com COVID-19 na admissão, com sete dias e com 14 dias para analisar a ocorrência de alterações bucais e relacioná-las com a severidade da infecção. Foram encontrados 154 pacientes com alteração bucal e 120 sem alteração. Dos 154 pacientes que apresentaram alteração bucal na admissão, 39 obtiveram remissão em 7 dias, 54 pacientes obtiveram remissão em 14 dias e 61 mantiveram alteração bucal até o fim do estudo. Dos 120 pacientes que não apresentavam alteração bucal na admissão, apenas 2 desenvolveram alteração bucal em 7 dias e estes foram a óbito. A alteração bucal mais frequente foi a úlcera nos três tempos de coleta ( T0: 43,8%, T1: 33,6% e T2: 21,2%). As análises bioquímicas alteradas mais prevalentes entre os pacientes foram as hemácias, plaquetas, leucócitos, tempo de sangramento, TGP, TGO, albumina, creatinina, PCR, ureia, d-dímero e razão leucócito-linfócito. A significância do qui-quadrado encontrada para a ocorrência de lesão bucal na admissão foi não ser diabético e não tomar medicamento para o aparelho digestivo. Para o período de 7 e 14 dias foi observado o paciente não ser diabético, não tomar medicamentos para o aparelho digestivo, não ir a óbito e não ser transferido para UTI. Já para o tempo de 14 dias foi detectado que o paciente que não desenvolveu lesão bucal apresentou IMC normal, não era cardíaco e não tomava medicamento para o aparelho cardiovascular. A análise multivariada de Cox revelou que não fazer uso de medicação para o aparelho digestivo e metabolismo (HR: 2,18; IC95%: 1,13-4,22) e não apresentar hipertensão arterial sistêmica (HR: 1,78; IC95%: 1,13-2,79) são fatores prognósticos para remissão de alteração bucal em pacientes com COVID-19.

 


MEMBROS DA BANCA:
Externo à Instituição - ANTONIO ADILSON SOARES DE LIMA - UFPR
Externa à Instituição - EMELINE DAS NEVES DE ARAUJO LIMA - UFS
Interna - 2492713 - ERICKA JANINE DANTAS DA SILVEIRA
Presidente - 2644142 - PATRICIA TEIXEIRA DE OLIVEIRA
Externo à Instituição - YAN NOGUEIRA LEITE DE FREITAS - UFAM
Notícia cadastrada em: 08/09/2021 09:24
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