TERAPIAS ALTERNATIVAS NO CONTROLE DE MICRORGANISMOS SUPERINFECTANTES E OPORTUNISTAS DO MEIO AMBIENTE BUCAL
Terapias alternativas; Microbiologia; Terapia fotodinâmica antimicrobiana; Azul de metileno; Lactobacillus rhamnosus; Spondias mombin L.
Os microrganismos oportunistas estabelecem processos infecciosos quando as condições imunológicas do hospedeiro permitem. Dentro desse grupo, existem os microrganismos superinfectantes, que proliferam rapidamente quando ocorre uma supressão de parte da microbiota residente, sendo conhecidos pela sua resistência à maioria dos antimicrobianos. Para reduzir esses microrganismos e controlar processos infecciosos, existe uma busca por terapias alternativas e/ou complementares. Diante disso, o presente estudo objetivou avaliar comparativamente a ação antimicrobiana, in vitro, entre a terapia fotodinâmica antimicrobiana (TFDA), utilizando o azul de metileno, a fitoterapia, utilizando o extrato hidroetanólico de Spondias mombin L. (ESM), na concentração de 500µm/ml e o probiótico Lactobacillus rhamnosus (PLR) no controle de microrganismos superinfectantes e oportunistas do meio ambiente bucal, sendo eles: Pseudomonas aeruginosa, Acinetobacter baumannii e Klebsiella pneumoniae. Para isso, foram investigadas a atividade inibidora de crescimento microbiano, o efeito antiaderente e a atividade antibiofilme em biofilmes mono e multiespécies dessas três terapias, utilizando como controle positivo o digluconato de clorexidina a 0,12% (CLO). Quanto à análise estatística, além da interpretação descritiva, foram aplicados no presente estudo o teste Two-Way ANOVA e o Teste de Tukey, com nível de significância fixado em p < 0,05. Os resultados revelaram que: para a atividade inibidora de crescimento microbiano, a TFDA, mesmo sem significância estatística (p > 0,05), inibiu o crescimento microbiano de A. baumannii e K. pneumoniae, atuando de forma semelhante sobre essas bactérias; enquanto que o PLR apresentou efeito inibitório sobre todos os microrganismos testados, sem exibir diferenças estatísticas (p > 0,05) entre A. baumannii e K. pneumoniae e sem apresentar diferenças estatisticamente significativas (p > 0,05), em relação à CLO, frente a essas duas bactérias; no tocante ao efeito antiaderente, a TFDA exibiu o melhor efeito sobre a bactéria K. pneumoniae e o PLR exibiu os melhores resultados frente à bactéria P. aeruginosa, resultados estes muito semelhantes aos da CLO; para a atividade antibiofilme, quanto ao biofilme monoespécie, verificou-se diferenças com significância estatística (p < 0,05) entre diferentes grupos experimentais frente às bactérias estudadas e, das três terapias testadas, a única que não exibiu diferenças estatisticamente significativas (p > 0,05) com relação à CLO para nenhum dos microrganismos investigados foi o PLR, apresentando resultados muito similares a essa última; já em relação ao biofilme multiespécie, foram observadas diferenças estatisticamente significativas (p < 0,05) entre os grupos, com o PLR apresentando os melhores resultados, sendo estes iguais aos da CLO. Dessa forma, percebe-se que das três terapias testadas, a TFDA e o PLR foram as mais efetivas no controle microbiano, especialmente o PLR, exibindo atividades inibidora de crescimento, antiaderente e antibiofilme semelhantes à CLO.