ODONTOLOGIA DOMICILIAR: PERSPECTIVAS PRÁTICAS E A REALIDADE DAS CONDIÇÕES DE SAÚDE BUCAL DE USUÁRIOS IDOSOS
Assistência Domiciliar, Odontologia, Idoso.
O serviço de atendimento odontológico domiciliar (AOD) está cada vez mais crescente no Brasil e no mundo, principalmente para aqueles pacientes que não podem se deslocar ao consultório convencional. Nesse sentido, o objetivo desse trabalho é compreender os vários aspectos que permeiam a Odontologia Domiciliar, no que se refere ao conhecimento, preferência e necessidade de AOD, principalmente para população idosa, além de identificar a condição de saúde bucal dos idosos domiciliados e seus fatores associados. O estudo será do tipo individuado, observacional e transversal. Foram aplicados questionários online através do Google forms para população idosa, população não idosa e profissionais da saúde com questões relacionadas ao conhecimento, preferência e necessidade do AOD, além de questões socioeconômicas e demográficas. Também foram feitas avaliações da condição de saúde bucal de idosos domiciliados e fatores associados a ela. Para esse grupo, a amostra será pela técnica de amostragem por conveniência dentre aqueles que integram a lista de acamados/domiciliados de serviços de atendimento domiciliar, unidades básicas de saúde e instituições de longa permanência. O cálculo da amostra considerou um nível de significância de 95%, margem de erro de 5% e ocorrência dos desfechos de 50%, totalizando 385 indivíduos. Como resultados parciais foram observados que a população em geral (n=318), cuja maioria estava na faixa de idade 31 a 40 anos (39,6%), eram mulheres (67,9%) e residentes da zona urbana de Natal (94,7%), não conhecem o que é atendimento odontológico domiciliar (66,7%). Já na população idosa pesquisada (n=89), maioria entre 60 a 69 anos (62,9%), mulheres (58,4%), que ao serem questionados sobre a preferência de atendimento odontológico, 74,2% preferiam ser atendidos em consultório, ao passo que 74,2% não conheciam a AOD e 77,5% nunca ouviram falar desse serviço em sua cidade. Houve associação significativa entre o conhecimento sobre a Odontologia Domiciliar e ser profissional da saúde (p<0,001). Os profissionais de saúde afirmaram conhecer 184% vezes mais o que é a AOD que aqueles que não são profissionais da saúde. Dos idosos domiciliados (n=46), 60,9% são mulheres, com média de idade de aproximadamente 84 anos e CPOD médio 21,7. Cerca de um terço são residentes de ILPI. Quando questionados sobre a necessidade de AOD, mais de 80% necessitam desse tipo de atendimento. Após a descritiva e finalização da coleta também serão investigadas associações entre as variáveis independentes e os desfechos de todo o estudo pelo teste do qui-quadrado ou exato de Fisher com 95% de confiança. As variáveis significativas nessa análise, seguirão para a análise múltipla, a qual se dará a partir da Regressão Robusta de Poisson.