PLACAS ESTABILIZADORAS CONFECCIONADAS PELO MÉTODO DIGITAL: ENSAIO MICROBIOLÓGICO E RESISTÊNCIA A FRATURAS IN VITRO
Placas estabilizadoras; CAD/CAM; Resistência à fratura; Adesão microbiológica.
O aprimoramento de tecnologias que diminuem o tempo de trabalho clínico e preservam a obtenção quase imediata de placas estabilizadorasfoi possível a partir do CAD/CAM e muitas lacunas acerca do comportamento desses dispositivos frente a variáveis mecânicas e biológicas são desconhecidos. Dessa forma, o objetivo desse trabalho foi verificar se as resinas utilizadas na tecnologia digital das placas fresadas e impressas são capazes de influenciar na resistência à fratura e na adesão de microrganismos em relação às resinas empregadas na confecção das placas termopolimerizáveis convencionais. Para tanto, foi realizado um estudo in vitro que contou com as fases mecânica e microbiológica, sendo cada uma composta pelos grupos Convencional (GC) (n=30), Fresado (GF) (n=30) e Impresso (GI) (n=30), de acordo com o método de confecção, possuindo cada um três subgrupos (n=10) que variaram a espessura dos espécimes de 1 a 3 mm. Na fase mecânica, as amostras, com formato de barras de 65 mm, foram testadas quanto à resistência à fratura na máquina de ensaios universal, com célula de carga de 500 kgf e velocidade de 1mm/min; na microbiológica, a forma foi de discos com 15 mm de diâmetro, submetidos à adesão de micro-organismos à superfície com a exposição a S. mutans e mantidos por 24h a 35 °C em estufa para sucessiva contagem de UFC. Os dados foram armazenados no SPSS 22.0 e a análise estatística contou com o ANOVA e o pós-teste de Tukey. Os resultados da fase microbiológica não demonstraram diferenças estatísticas entre os grupos (p>0,005), entretanto GI apresentou um perfil de menor adesão superficial. Para a fase mecânica, o ANOVA identificou diferenças entre os grupos (p≤0,005), mostrando que GC e GF apresentaram melhores resultados. O pós-teste de Tukey considerou diferença entre GF e GI (p=0,031), elencando GF como superior. Observou-se que a técnica digital é confiável, principalmente ao individualizar o modo fresado.