CORRELAÇÃO ENTRE OS ENSAIOS DE ESCLEROMETRIA PENDULAR E MÉTODO CHARPY PARA AÇOS SAE 1080
esclerometria pendular, Charpy, tenacidade ao impacto
Busca-se cada vez mais praticidade e rapidez nos processos de análises
de materiais. Uma das técnicas para se quantificar a tenacidade ao impacto de
amostras metálicas é o método Charpy. Entretanto, a aplicação de análises
esclerométricas pendulares para se obter propriedades como tenacidade ao
impacto e dureza dinâmica pode ser promissora, pela rapidez e baixo custo, além
disso, espera-se tratar de uma alternativa mais adequada para se medir, de
forma indireta, a tenacidade ao impacto de chapas metálicas finas que são de
difícil medição pelo método Charpy. Além de fatores que dificultam o uso do
método Charpy como o comportamento plástico do material, as espessuras
padronizadas necessárias e o tempo gasto relacionado à fabricação das
amostras. Assim, busca-se a correlação entre as duas técnicas na caracterização
de amostras de aço carbono SAE 1080. Este material foi escolhido devido à
facilidade de se obter amostras com microestruturas homogêneas, através de
tratamentos isotérmicos. Foi feita a comparação entre o método Charpy e o
método do esclerômetro pendular, incluindo a preparação dos corpos de prova
para ambos os equipamentos e tratamentos isotérmicos, além da análise das
energias obtidas nos ensaios. Com a comparação dos resultados, foi investigada
uma correlação entre ambos os ensaios. O esclerômetro pendular forneceu
resultados que apresentaram uma forte correlação com os resultados dos testes
Charpy realizados nas amostras, com coeficientes de correlação e de
determinação de Pearson de aproximadamente 0,98 e 0,97, respectivamente. Tal
correlação entre propriedades significativamente diferentes incentiva a realização
de estudos mais aprofundados que possam vir não apenas a explicar os
mecanismos envolvidos, mas também ampliar os conhecimentos sobre as
propriedades mecânicas dos materiais.