Estudo do desempenho de nanolubrificantes no torneamento do aço-ferramenta AISI D6 temperado e revenido
Torneamento duro, Aço-ferramenta AISI D6, Nanolubrificantes, MQL.
Os fluidos de corte convencionais (à base de óleo mineral) são largamente utilizados nos processos de usinagem devido às suas propriedades lubrirrefrigerantes. A utilização desses fluidos, embora bastante vantajosa ao processo, vem sendo questionada devido à presença de substâncias tóxicas em sua composição que causam danos ao meio ambiente e à saúde ocupacional. A preocupação acerca desse tema vem motivando o surgimento de leis com o intuito de restringir o uso de certos produtos ou componentes considerados prejudiciais. Nesse contexto, este trabalho tem como principal objetivo avaliar e comparar o desempenho em usinagem de três nanolubrificantes de base vegetal (óleo de soja epoxidado) com adição diferentes nanopartículas (CuO, aC:H e CuO + aC:H), aplicados por MQL, no torneamento do aço-ferramenta AISI D6 temperado e revenido. Para isso, foram realizados testes de faceamento com parâmetros de corte constantes (vc = 100 m/min, ap = 0,3 mm e f = 0,1 mm/rot.) com insertos de PCBN. Para fins de comparação, foram realizados testes com uma emulsão de óleo mineral aplicada por jorro e com o óleo vegetal puro (sem adição de nanopartículas) aplicado por MQL. Investigou-se a rugosidade média (Ra) da superfície usinada, o desgaste e os mecanismos de desgaste das ferramentas de corte e a forma e aparência dos cavacos. O nanofluido de aC:H e o híbrido (CuO + aC:H), proporcionaram uma vida útil superior quando comparado a condição a seco, bem como cavacos de maior grau de recalque, o que pode indicar, de forma rudimentar, menores esforços para a formação do cavaco. Do ponto de vista da rugosidade, a condição jorro foi a que apresentou os menores valores, as condições MQL apresentaram valores menores do que os obtidos com a usinagem a seco mas sem diferença significativa entre elas.