SOLICITAÇÕES MULTIAXIAIS A POLIETILENO DE ALTA DENSIDADE - PEAD, USADO COMO REVESTIMENTO INTERNO EM OLEODUTO APLICADO NA INDÚSTRIA DO PETRÓLEO E GÁS
PEAD, revestimento interno, oleoduto, petróleo e gás.
A indústria do petróleo e gás no Rio Grande do Norte possui uma forte participação no Valor Bruto da Produção Industrial - VBPI estadual chegando a responder por cerca de 40% de toda a produção. Em Guamaré, encontra-se a refinaria Clara Camarão, que processa aproximadamente 60% dos 58.000 barris diários extraídos, juntamente com o gás produzido no estado. A necessidade de transportar a produção de petróleo e gás, de todos os 16 municípios produtores até Guamaré, levou a estatal Petrobras a construir cerca de 556 km de óledutos e 542 km de gasodutos. O desgaste interno dessas tubulações é uma realidade corriqueira devido a natureza do fluido bombeado que consiste, no caso de oleodutos, de água residual, que chega a até 90% do total, distintos gases associados, petróleo de base nafitênica e/ou parafínica. O PEAD, em forma de tubos que são inseridos nos dutos de aço carbono, foi a solução para atenuar-se o problema. Buscou-se embasar, cientificamente, fatos ocorridos em trabalhos no campo, onde o cordão de solda, entre os tubos, mostrou-se ser muito mais resistente que o material da área contínua. Para tanto, foi utilizado um dispositivo de Arcan, adaptado para o PEAD, e feitas simulações das condições dos esforços multiaxiais sofridos pelo material. Também foram realizados ensaios de molhabilidade, difratometria de raio X - DRX, microscopia eletrônica de varredura - MEV e espectroscopia de energia dispersiva - EDS para mapeamento e melhor conhecimento sobre o PEAD. A análise dos gráficos resultantes dos ensaios de tração comprovam a prática em campo.