OBTENÇÃO DE COMPÓSITOS DE ESPUMAS RÍGIDAS POLIURETANO DE MAMONA COM PÓ DE VIDRO E ANÁLISE DE SUAS PROPRIEDADES TÉRMICAS PARA ISOLANTES
PURM, pó de vidro, compósitos, isolantes térmicos, meio ambiente.
O isolamento térmico é empregado na proteção de superfícies aquecidas ou resfriadas através de materiais de baixa condutividade térmica. As espumas rígidas de poliuretano de mamona (PURM) são utilizadas para o isolamento térmico e dependem do tipo e da concentração do agente de expansão. A obtenção da PURM se dá pelo uso de poliol, silicone, catalisadores e agente de expansão, que são pré-misturados, reagindo com o isocianato. O vidro é material isolante térmico reutilizável, retornável e reciclável, cujo tempo de dissipação do calor determina o grau de relaxação da sua estrutura e a viscosidade determina as condições de fusão, temperaturas de trabalho, recozimento, etc. A produção de compósitos de PURM com rejeito de pó de vidro (PV) representa ações econômicas e renováveis de fabricação de materiais isolantes térmicos. Baseado nestes aspectos, o trabalho objetivou a produção e caracterização de compósitos de PURM com PV 5, 10, 20, 30, 40 e 50 % em massa. A PURM foi obtida comercialmente, enquanto que o PV foi reaproveitado do rejeito do processo de lapidação de uma indústria vidreira, passando por processo de refino após adquirido obtendo-se partícula de Ø 33 μm. Os compósitos de PURM + PV foram estudados levando-se em consideração o padrão de referência PURM pura e a influência do percentual de PV desta matriz. Os resultados dos ensaios das caracterizações químicas, físicas e morfológicas foram apresentadas e discutidas levando-se em consideração a diferença na morfologia estrutural dos compósitos do PURM e da PURM pura e os valores obtidos de massa específica, dureza, resistência à compressão, condutividade térmica, calor específico e difusividade térmica. Em geral, a estrutura da PURM pura apresentou poros regulares alongados e grandes, enquanto que os compósitos de PURM + PV apresentaram poros irregulares, pequenos e arredondados com presença células disformes, o pôde ter contribuído na redução de sua resistência mecânica, principalmente para a PURM-PV50. A dureza e a massa específica revelaram ter uma relação proporcional com o teor de PV na matriz de PURM. As propriedades de calor específico, difusividade térmica e condutividade térmica dos compósitos demonstraram estar diretamente interligadas. Assim, com exceção do PURM-PV50, os demais compósitos estudados apresentaram características de isolação térmicas semelhantes à PURM pura, e portanto, garantindo sua atuação em tal finalidade.