Alunos do ensino médio e fundamental têm uma visão distorcida da ciência, dos cientistas e dos professores de ciências. Eles veem a ciência como uma atividade neutra e elitista, realizada por "verdadeiros gênios" de forma linear e sem erros. Essa visão é reforçada pelo papel dos professores e dos materiais didáticos, que muitas vezes apresentam a ciência como um conjunto de fórmulas e dogmas. Como resultado, os alunos são desencorajados a seguir carreiras científicas e têm uma compreensão limitada do processo científico. É importante modificar a forma como a ciência é ensinada, a fim de promover uma visão mais precisa e inclusiva da disciplina. Isso pode ser feito concentrando-se na natureza colaborativa da pesquisa científica, no papel da criatividade e da solução de problemas na ciência e no fato de que os cientistas são influenciados por suas visões de mundo e experiências. Ao fazer essas mudanças, podemos ajudar os alunos a desenvolver uma visão mais precisa e inclusiva da ciência. Isso os incentivará a seguir carreiras científicas e a contribuir para a comunidade científica. Essas mudanças são necessárias porque as escolas públicas de ensino fundamental no Brasil têm um número muito pequeno de alunos que passam a frequentar instituições públicas de ensino superior. Isso provavelmente se deve a vários fatores, incluindo baixa motivação, falta de participação ativa e incapacidade de ver a relevância do trabalho escolar para a vida dos alunos fora da escola. Perceberemos que, ao fazer essas mudanças, os professores podem ajudar a aumentar o número de alunos que passam a frequentar instituições públicas de ensino superior. Isso terá um impacto positivo na economia brasileira e na sociedade como um todo. Este trabalho pretende apresentar os conceitos físicos relacionados à Sismologia e mostrar como eles se aplicam a esta ciência, inclusive propiciando a construção de um sismógrafo, aparelho utilizado para medição de amplitude e intensidade das atividades sísmicas da crosta terrestre. Afinal, podemos afirmar que o presente trabalho tem como proposta uma metodologia de ensino de conceitos físicos em que estes são apresentados e utilizados no contexto da Sismologia, buscando uma aprendizagem significativa. Uma sequência didática é construída e aplicada para organizar as fases de apresentação e utilização desses conceitos, especialmente a que se refere à construção de um sismógrafo. O contexto citado privilegia conceitos básicos de mecânica e de ondas, podendo contemplar aulas no primeiro ano do ensino médio.

Este estudo visa à construção de um aparato experimental portátil e uma sequência didática como produto educacional para os professores a fim de suprir a ausência de estrutura das escolas, especificamente as públicas, que não possuem laboratório para realização da prática experimental voltada para o tema vácuo. A sequência didática tem fundamento na teoria da aprendizagem ativa ISLE, que consiste na realização de experimentos pelos próprios cientistas por meio método investigativo. O professor da disciplina de Física, e autor desta pesquisa, aplicou a sequência didática. O estudo busca trazer contribuições para o ensino sobre o tema e sua relação com alguns fenômenos. A aplicação do estudo (o aparato experimental e a sequência didática) ocorreu com alunos da 2a série do Ensino Médio em Tempo Integral da Escola Estadual Augusto Xavier de Góis, localizada em Muriú, pertencente ao Município de Ceará-Mirim-RN, na disciplina de Física. A atividade teve uma duração de 6 aulas, considerando que cada aula possui 50 minutos. Os alunos receberam, tanto no pré quanto no pós-teste, explicações sobre os instrumentos a ser utilizados nas aulas, com base em experimentos qualitativos e quantitativos sobre vácuo, mostrando a sua aplicação tecnológica e, consequentemente, sua importância para nossas vidas. O produto didático alcançou a proposta em si da pesquisa, com eficiência, mostrando, assim, que houve uma aprendizagem significativa e participativa por parte dos discentes envolvidos.

Esta proposta didática foi pensada para professores de Física e áreas afins, em formação inicial ou continuada. Trata-se de uma sequência didática que busca promover o Ensino de Física, relacionando-o à temática da Radiação Ultravioleta (ou simplesmente UV, do inglês ultraviolet), abordando os aspectos conceituais, as aplicações tecnológicas, as implicações ambientais e socioculturais, bem como os efeitos para a saúde humana. Para isso, faz-se uso de tecnologias no campo da eletroeletrônica e da robótica educacional para a construção de protótipos capazes de medir e monitorar os índices locais de UV emitidos pelo Sol, como também por fontes artificiais. As Tecnologias Educacionais Digitais empregadas para fins educacionais se configuram em uma realidade cada vez mais possível na prática docente, incluindo o setor público por meio de dispositivos de relativo baixo custo, a exemplo dos empregados nesta proposta. Com atividades didáticas apoiadas em aspectos teóricos e metodológicos do Ensino de Ciências por Investigação (ENCI), espera-se promover discussões e práticas crítico-reflexivas, principalmente, com enfoque nas relações entre Ciências, Tecnologia, Sociedade e Ambiente (CTSA).

O estudo da Física para alguns pode ser algo tenebroso, difícil e desafiador demais ao ponto de o fazer desistir, ou até mesmo encarado como uma disciplina sem muita importância. Infelizmente, o ensino de Física em sala de aula, vem se restringindo em colocar para os alunos conteúdo sem que haja uma interligação com a realidade dos mesmos, usando a linguagem matemática de forma mecânica, sem explicar e motivar a função desta para resolver o problema apresentado. Enxergando essas dificuldades e sabendo da real importância em resolvê-las, cabe a cada professor buscar uma maneira prática e pedagogicamente aplicável em solucioná-las no intuito de otimizar e aguçar nos seus alunos o interesse pelo estudo da física. O presente trabalho oferece uma alternativa diferente com a finalidade de mudar esse cenário. Aqui é apresentado um modelo de ensino aplicado ao conteúdo de eletrodinâmica para o ensino médio baseando-se nos três momentos pedagógicos conforme Delizoicov e Angotti (1990): Problematização Inicial, Organização do Conhecimento e a Aplicação do Conhecimento. Estruturalmente, estes momentos pedagógicos são aplicados através da robótica educacional fazendo uso dos robôs do projeto URA (Um Robô por Aluno) da UFRN.

Esse trabalho teve como objetivo colaborar para a abordagem do Princípio de Arquimedes no contexto educacional básico, considerando as nuances do seu desenvolvimento histórico. Tomou como ponto de partida o episódio histórico envolvendo Arquimedes e a missão atribuída a ele de determinar se a coroa do Rei Hieron, de Siracusa, havia sido falsificada. Há uma versão muito difundida desse evento, segundo a qual Arquimedes resolveu o problema pela descoberta do empuxo ao se banhar. Essa versão foi narrada pelo arquiteto romano Marcus Vitruvius, que viveu cerca de dois séculos após Arquimedes, no século I a.C. Apesar de possuir uma série de inconsistências conceituais físicas e históricas, a narrativa continua sendo propagada em livros didáticos, inclusive em algumas coleções aprovadas no Programa Nacional do Livro Didático 2021. Em contrapartida, Galileu Galilei, grande admirador da obra de Arquimedes, sugeriu, em 1586, no seu trabalho denominado A pequena balança, que Arquimedes teria utilizado uma Balança Hidrostática para resolver o problema da coroa. A versão de Galileu para o episódio é fisicamente consistente, além de apoiada por evidências históricas descobertas por historiadores. Esta versão, contudo, é praticamente ausente do contexto escolar. Igualmente ausente é a existência de um limite de validade para o Princípio de Arquimedes, o chamado Paradoxo Hidrostático de Galileu. Nesse sentido, buscando contribuir para superar essas lacunas e distorções, o presente trabalho propõe um Produto Educacional que problematiza, sob os pontos de vista físico e histórico, a versão mais conhecida do episódio da coroa. Trata-se de uma sequência didática, voltada para o Ensino Médio, que introduz, de maneira investigativa, trechos de fontes primárias de Vitruvius e de Galileu, bem como contempla atividades experimentais demonstrativas, exploradas segundo um viés dialogado e investigativo, que incluem a própria Balança Hidrostática, além de um limite de validade para o Princípio de Arquimedes. Essa sequência foi aplicada a um grupo de 24 alunos do ensino técnico integrado ao médio do IFPI campus Corrente. Os participantes, posteriormente à intervenção didática, responderam a um questionário, o qual tinha como objetivo avaliar a compreensão das versões do episódio histórico no que diz respeito aos seus aspectos físicos e históricos, além de analisar o entendimento dos discentes sobre o Princípio de Arquimedes e seu limite de validade. As respostas dos alunos ao questionário, bem como suas interações durante as aulas, foram alvo de investigação e reflexão nesse trabalho.

Este produto trata-se de uma proposta de sequência didática como material potencialmente significativo para processos de propagação de calor e radiação térmica, aplicado ao segundo ano do ensino médio, utilizando um experimento técnico, conhecido como globo de Venon, globo negro, termômetro de globo ou globo-termômetro, que indica a Carga Térmica Radiante (CTR- Lei de Stefan-Boltzman) e a Temperatura Radiante Média (TRM). O processo de análise dos dados em conjunto com os alunos está fundamentado na teoria de aprendizagem Significativa de Ausubel e no Ensino de Ciências por Investigação por Ana Maria Pessoa Carvalho. Desta forma, espera-se que os resultados dessa atividade facilitem o entendimento dos alunos com relação aos conceitos de Temperatura e Corpo Negro, contribuindo para o aprendizado da Termologia, com a perspectiva de ser considerada uma inovação substancial no processo de ensino.

O presente trabalho refere-se a uma sequência didática, a partir da construção e aplicação de um produto educacional, sobre o conteúdo de ondas estacionárias. Este produto, promove a inserção de novas tecnologias de ensino, em especial a tecnologia da impressão 3D, nas salas de aula, tendo por objetivo a produção de material didático experimental para auxiliar os professores nas aulas de Física. Essa tecnologia de impressão 3D foi utilizada na elaboração e confecção de kits experimentais que reproduziam ondas estacionárias. A partir deles, os estudantes conseguiam explorar os conceitos vistos em sala de aula na prática, através da visualização dos fenômenos, da aplicação do conteúdo na identificação das características das ondas e na execução das equações, utilizando as informações conhecidas, para calcular a frequência da onda gerada. Para o desenvolvimento das aulas, foi utilizado a metodologia da aprendizagem investigativa, associada à prática experimental. Para esse fim, foi elaborado e disponibilizado um roteiro de aula investigativa, que continha a situação problema a ser trabalhada e atividades norteadoras que estimulassem a investigação por parte dos estudantes, além de um manual que os auxiliasse a montar o experimento. O produto foi aplicado em três turmas do segundo ano do ensino médio técnico integral, na cidade de Bananeiras - PB. Devido a situação pandêmica vivida no ano de 2021, as atividades foram desenvolvidas sob o formato híbrido de ensino, com aulas presenciais e remotas. Em razão disso, os dados colhidos após a aplicação do produto referem-se a estudantes que assistiram 100% das aulas, sob os dois formatos, e a estudantes que assistiram apenas as aulas remotas. Como resultado, foi observado uma melhora na absorção e aplicação de conteúdos teóricos, enquanto que nas atividades que envolviam a matemática essa melhora já não foi tão evidente. Por fim, conclui-se que este produto educacional proporciona uma melhora para o ensino-aprendizagem de Física, uma vez que as atividades investigativas tornam a sala de aula um ambiente mais participativo e estimulam o pensamento crítico.

A sala de aula invertida (flipped classroom) baseia-se na recolocação do professor fora do ambiente escolar, tornando os estudantes mais ativos no processo ensinoaprendizagem. Nessa metodologia, os alunos desenvolvem funções psicológicas superiores, como a linguagem, formação dos conceitos, atenção voluntária, percepção, a partir do que seria uma Zona de Desenvolvimento Potencial (ZDP), destacada pela Teoria de aprendizagem de Vygotsky. A proposta deste trabalho é uma sequência didática sobre Movimento Circular Uniforme, a luz da metodologia flipped classroom. Nesta forma de organização, o professor terá uma melhor otimização do tempo em sala de aula, maior engajamento dos discentes e uma melhor interação aluno-aluno e professor-aluno. A prática experimental também é explorada, com recursos educacionais simples, de fácil aplicação e acessíveis, como: um smartphone e uma bicicleta. Na aplicação do experimento, é possível explorar os conceitos intrínsecos do movimento angular, tais como: velocidade angular, velocidade linear, a relação de dependência radial, assim como outras análises gráficas do MCU, de uma forma lúdica, proporcionando o desenvolvimento de conteúdos conceitos, atitudes e procedimentais nos discentes.

O produto educacional abordado nessa dissertação, refere-se especificamente a dois tipos de movimentos unidimensionais, Movimento Retilíneo Uniforme e Movimento Retilíneo Uniformemente Variado, inseridos no campo da Cinemática. Em conformidade com as matrizes curriculares vigentes, faz-se necessário e adequado a implementação das atividades do produto educacional em turmas da 1a série do ensino médio, mais especificamente no primeiro terço do ano letivo, nos quais são, com raras exceções, discutidos os principais tipos de movimentos e que, obviamente, vão compor o cenário satisfatório para a aplicação do produto educacional, entretanto, pode ser aplicado nas séries seguintes. Em virtude da boa quantidade de informações que podem ser aferidas na aplicação do objeto educacional, a proposta é que a realização da atividade seja feita por grupos de alunos, fomentando a discussão e análise dos resultados em conjunto, permitindo o confronto de ideias e pontos de vista, o que, pedagogicamente se apresenta como elemento positivo para a construção do conhecimento. Considerando o conjunto experimental como sendo uma peça de baixo custo, por se apropriar principalmente de uma plataforma (hardware e software) aberta, torna-se economicamente viável a construção de uma quantidade de conjuntos experimentais suficientes para atender grandes grupos.

A utilização de novas tecnologias no processo ensino-aprendizagem vem mostrando inovações e desafios à escola. No entanto, o ensino de Física no nosso país continua sendo de maneira tradicional, onde os professores transmitem seus conhecimentos apenas nos conteúdos voltados para os vestibulares, também planejam suas aulas para exposições de fórmulas e apenas resoluções de exercícios.
Neste trabalho apresentamos um produto educacional que tem como objetivo a utilização de uma metodologia de ensino-aprendizagem que busca motivar os alunos, levando-os a prática de uma nova tecnologia em sala de aula, tal que a escola entre nessa nova era da informação. O produto é uma sequência didática para lecionar no ensino médio o assunto de quantidade de movimento e colisões de um sistema isolado de duas partículas. Na aplicação do produto educacional são empregados o simulador de fenômeno PhET e o game Kahoot como plataforma para exercícios digitais.

Buscamos usar a Astronomia como tema motivador para o ensino de Física no ensino médio, sendo assim um facilitador no processo de ensino- aprendizagem. Para alcançar tal objetivo, utilizamos práticas lúdicas para o despertar do interesse dos estudantes a partir da criação de jogos, sendo estes: “Desvendando os segredos do Universo” e “Caixa dos Eclipses”. O primeiro é um jogo de tabuleiro clássico, que desperta o interesse e que pode ser usado por pessoas de todas as idades, já que se trata de um tema que envolve o fascínio da curiosidade, do êxtase e contemplação do desconhecido, do indizível. No entanto, apesar de despertar o interesse e aguçamento em todas as idades, é provável que se encontre um pouco de dificuldade para crianças até oito anos, já que envolve o conhecimento da funcionalidade do Universo e em razão da própria complexidade do tema. O nível de perguntas pode ser um pouco elevado e difícil de entendimento para essa faixa etária. As regras do jogo são simples, funcionando como outro qualquer jogo de tabuleiro que é necessário chegar ao fim da jornada para vencê-lo. É possível reunir várias pessoas e dividi-las em dois grupos para, juntos, percorrerem o caminho do jogo, desvendando as curiosidades sobre o universo e realizando uma verdadeira viagem espacial pelo nosso Sistema Solar. O segundo é uma caixa com modelos em grande escala do Sol, Lua e Terra, mostrando o alinhamento e as condições para a ocorrência dos eclipses, fases da Lua e estações do ano. O trabalho foi aplicado com estudantes da segunda série do ensino médio, com o objetivo de avaliar e analisar o conhecimento adquirido nas primeiras séries do ensino básico. Observou-se, a partir das análises, que a proposta apresentada por esta dissertação obteve resultados satisfatórios quanto ao aprendizado de Astronomia. Descobrir mais um pouco do seu planeta Terra e os planetas que orbitam o Sol, fará você descobrir um amor pela astronomia e contemplar que o céu é uma incógnita e tem a nos oferecer muito mais do que pensamos.

Apresenta-se neste trabalho um apanhado do impacto alcançado pela
contribuição dada através do uso da Robótica Educacional (RE) no ensino ensino de
física, com foco nos conteúdos relacionados aos princípios do Movimento Circular e as
suas principais características, como a definição dos conceitos de velocidade angular,
sua relação com velocidade linear, frequência, período e afins, utilizando um roteiro
elaborado no intuito de servir como material a ser utilizado por professores do
componente curricular física no ensino médio, com uma abordagem com menos
abstrações, tornando o ato de aprender mais lúdico com observações e interações com
os experimentos realizados através de um pequeno robô elaborado com apoio do projeto
URA – desenvolvido por integrantes do Laboratório de Automação e Robótica da
UFRN – no intuito de que ao fim da aplicação deste trabalho os alunos participantes
tenham a capacidade de resolver a problematização dada no início da aplicação e
generalizar esse conhecimento adquirido nas demais situações que sejam semelhantes
no seu dia a dia. Tentando também, junto a esse trabalho, realizar a inserção do uso das
novas tecnologias no cotidiano de nossas salas de aula, dando a elas um sentido mais
construtivo.

Nessa dissertação nós desenvolvemos um produto educacional que foi elaborado para ser aplicado no Ensino Médio, servindo como uma alternativa de material acadêmico sobre o ensino do tema de gravitação universal ao professor, em sala de aula. Tendo como objetivo facilitar a aquisição de conceitos sobre esse tema bastante corriqueiro entre os alunos, para alcançarmos esse objetivo, elaboramos uma Unidade de Ensino Potencialmente Significativa (UEPS), Marcos A. Moreira e Neusa T. Massoni, 2016, constando de uma sequência didática (S.D), Zabala 1998, sobre o tema gravitação universal. A presente UEPS adota como marco teórico a teoria da aprendizagem significativa de David Ausubel (1968,2000) em visões clássicas e contemporâneas (Moreira, 2000,2005,2006), a teoria dos campos conceituais de Gérard Vergnaud (1990; Moreira,2004), as teorias de educação de Joseph D, Novak (1977) e de D.B Gowin (1981).  Adotando assim a filosofia da construção de uma UEPS, em que o ensino só ocorre quando há aprendizagem e esta deve ser significativa; ensino é meio, aprendizagem significativa é o fim; materiais de ensino devem ser potencialmente significativos. Portanto, não existem Sequências do Ensino e Aprendizagem Significativas, nem Unidades de Ensino Significativas, são sempre Potencialmente Significativas, no sentido que podem facilitar a captação e internalização (mental) de significados compartilhados externamente, Marcos A. Moreira e Neusa T. Massoni, 2016. A estrutura dessa UEPS sobre gravitação universal encontra-se detalhada no capítulo 1 dessa dissertação, com seus princípios e suas etapas. Etapas associadas a S.D que utilizamos e desenvolvemos coma nossa experiência em sala de aula ao longo dos anos como educador. Quanto a S.D, está detalhada no capítulo 3, composta de 08 encontros, cada encontro com duração de 50 minutos, sendo iniciada por um questionário inicial; seguido de uma discussão em grupo; depois uma encenação teatral com utilização da sala de aula invertida; aulas expositivas do tema pelo professor; leitura e interpretação de alguns textos; e no último encontro, uma reaplicação do questionário inicial , adaptado com duas novas questões de avaliação da UEPS. Finalmente, verificamos que a UESP, apresentou resultados positivos, melhorando a qualidade do ensino-aprendizagem, como pode ser observado com os resultados obtidos e analisados, com os dados, inseridos no capítulo 4 desta dissertação. No capítulo 5, temos a nossa conclusão e perspectivas, produzimos ainda um produto educacional para o professor de Física utilizar no ensino médio, se desejar, em suas aulas sobre esse tema de bastante curiosidade e interesse dos alunos. Além de produzir um livro paradidático sobre o tema e assuntos correlacionados, que pode ser útil como uma fonte de pesquisa e também como forma de divulgação deste produto educacional, inclusive os capítulos relacionados ao tema desta UEPS estão nos anexos.

O presente trabalho trata do uso de jogos no Ensino de Física, cujo produto é o Dominó Didático de Física. Nossa expectativa era desenvolver um produto educacional que favorecesse o aprendizado dos conceitos das grandezas e princípios no Ensino de Física. O Ensino Médio, atualmente, passa por reformas que são preconizadas pelo Sistema educacional brasileiro. A escola de tempo integral, o incentivo as diferentes metodologias, a alteração do currículo escolar é hoje um fato que alunos e professores precisam lidar. As metodologias ativas e participativas precisam ser de domínio das equipes pedagógicas e fazer parte do planejamento do professor, para que as aulas sejam mais dinâmicas e haja maior envolvimento dos alunos. O Jogo Dominó Didático de Física, pode ser estendido a todos os conteúdos e temas do Ensino Médio, mas por conveniência da escola e do momento da sequencia dos conteúdos ministrados, foi contemplado o tema Hidrostática. O jogo desenvolveu sete conceitos: Densidade, Pressão, Empuxo, Tensão Superficial, Lei de Stevin, Principio de Pascal e Principio de Arquimedes. Realizamos um questionário inicial com os alunos, que nos indicou alguns conhecimentos prévios sobre a temática e a percepção dos alunos sobre o ensino de Física, mostrando que apesar de deter noção de alguns conceitos, a maioria dos alunos consideram os conteúdos de Física importantes, mas muito complexos e de difícil aprendizagem.  Após a concepção, modelagem e aplicação do jogo com os alunos, constatamos que os objetivos foram atingidos, superando as nossas expectativas quanto à capacidade de mobilizar saberes anteriores, desenvolver o trabalho colaborativo e em equipe, além de fomentar a pesquisa espontânea dos alunos, sobre o tema.  Em nossa conclusão, afirmamos que o Jogo Dominó Didático de Física é, portanto, um material de apoio ao planejamento docente, que tem um caráter lúdico e de fácil manuseio, com regras simples, mas que leva o aluno à memorização de conceitos, ressignificação do entendimento a partir da verbalização dos próprios conceitos e respostas das questões reais que relacionam teoria e prática, favorecendo uma aprendizagem significativa, apropriada inclusive para alfabetização cientifica.
 

Essa proposta de trabalho apresenta um produto educacional que enfatiza o
conceito de ondas eletromagnéticas, fundamentando e medindo a velocidade da
luz através de um aparelho utilizado na vida cotidiana dos alunos. Foram
exploradas também as concepções espontâneas para que fosse obtida uma
aprendizagem significativa. Para isso, foi criado um novo cotidiano dentro da
própria sala de aula. Um conteúdo normalmente não explorado nas escolas
públicas brasileiras, pode ser depreendido por alunos do primeiro ano do Ensino
Médio. Esse trabalho que foi realizado por uma turma de 40 alunos na Escola
Estadual Professor Francisco Ivo Cavalcante no primeiro semestre do ano de
2018, é apoiado numa sequência didática, bem como em um texto conceitual
sobre a natureza da luz. A sequência didática como produto educacional se
encontra no escopo dessa proposta.

Esta dissertação propõe-se a relatar a aplicação do produto destinado à orientação de docentes em física no que diz respeito a concepções alternativas de avaliação ou até ensino dos conceitos gerais relacionados à ondulatória, acústica ou mesmo Movimento Harmônico Simples (M.H.S.) através da problematização musical e o auxílio e da lúdica metodologia como o uso de jogo de tabuleiro, de acordo com as necessidades das turmas de estudantes respeitando as realidades de cada turma. A proposta é de que o professor possa ter o auxílio de uma metodologia simples, barata, direta e facilmente aplicável para a dinâmica de ensino-aprendizagem em uma metodologia diferenciada de avaliação continuada no contexto geral de ensino de física, mas podendo também auxiliá-lo no processo de problematização dos assuntos. Neste trabalho, que apresento, inicia-se com um levantamento sobre o que é proposto em alguns artigos científicos acerca da problemática e a relevância dessas metodologias em uso de jogos na capacidade de melhor assimilar um determinado assunto quando ativado o senso de participação e coletividade dos participantes, continuando com uma contextualização sobre a relevância eficácia do uso de jogos para o ensino de ciências, além de uma breve fundamentação teórica sobre ondulatória e acústica, recortes por mim escolhidos, passando pela aplicação do produto e finalizando com os gráficos dos resultados e as considerações finais sobre os resultados atingidos.

As Unidades de Ensino são, em linhas gerais, ferramentas didáticas que se propõem a melhorar o processo de ensino e de aprendizagem de um conteúdo. O trabalho aqui desenvolvido foi a elaboração de uma Unidade de Ensino Potencialmente Significativa (UEPS), embasada na teoria da aprendizagem de David Ausubel. Esta aborda os conceitos iniciais que são ensinados aos estudantes do ensino médio acerca da Relatividade especial ou restrita de Albert Einstein. A UEPS intitulada: O ESTUDO DA RELATIVIDADE ESPECIAL ATRAVÉS DA TEORIA DA APRENDIZAGEM SIGNIFICATIVA, foi aplicada em duas turmas, compostas por estudantes, em sua maioria, pertencentes a segunda série do ensino médio e alguns dos cursos de licenciatura em Física e Matemática do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Rio Grande do Norte – Campus Santa Cruz, todavia nenhum deles tivera contato anterior com tal temática. A UEPS desenvolvida com o objetivo de abordar a teoria da relatividade, mostrou-se exitosa, como pode ser comprovado pela análise dos resultados quantitativos e qualitativos que foram obtidos e que podem ser consultados no capítulo 4 desse trabalho. O diferencial da UEPS o estudo da relatividade especial através da teoria da aprendizagem significativa é o uso do Aplicativo TRE Einstein, desenvolvido com a finalidade de ser aplicado em todo o ensino da relatividade restrita, sem que haja qualquer perda de eficácia, pois possui caráter de produto educacional, podendo, também, ser utilizado concomitantemente as aulas. Entretanto, foi apresentado aos estudantes na etapa final da Unidade de ensino.