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Dissertações |
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MARIA MADALENA XAVIER FREITAS
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EFEITOS DA VENTOSATERAPIA DESLIZANTE NO RECOVERY APÓS CORRIDA DE 10KM: ENSAIO CLÍNICO CONTROLADO RANDOMIZADO
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Orientador : CAIO ALANO DE ALMEIDA LINS
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MEMBROS DA BANCA :
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CAIO ALANO DE ALMEIDA LINS
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GLAUKO ANDRE DE FIGUEIREDO DANTAS
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MARCELO CARDOSO DE SOUZA
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Data: 08/02/2023
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Introdução: Sabe-se que além dos inúmeros benefícios, a corrida induz respostas adaptativas, como, por exemplo, a fadiga muscular que altera a força e a potência. Como recurso auxiliar para a recuperação muscular pós atividade física, a ventosaterapia deslizante vem sendo aplicada na prática clínica, sob as teorias de que sua aplicação influencia a microcirculação e o sistema nervoso, porém, há uma escassez de estudos que investiguem seus efeitos em atletas. Objetivo: O objetivo do presente estudo é investigar quais os efeitos da ventosaterapia na dor, percepção de fadiga e desempenho muscular após corrida de 10km, com a hipótese de que a ventosa produzirá alterações significativas quando comparada ao outro grupo. Metodologia: Trata-se de um ensaio clínico randomizado cego, no qual 33 voluntários foram alocados aleatoriamente em dois grupos: 15 voluntários no grupo ventosa (ventosa deslizante com sucção suave no quadríceps durante 10 minutos) e 18 no grupo sham (ventosa deslizante sem vácuo no quadríceps durante 10 minutos). Os participantes foram avaliados antes da corrida, após a intervenção, 24h e 48h após a intervenção, através da dinamometria isocinética, algometria, e escalas de percepção de dor e fadiga e de percepção de recuperação. A normalidade dos dados será avaliada pelo teste de Shapiro Wilk e Levene. Para determinar as diferenças entre os dois grupos será utilizado o modelo misto ANOVA. O teste post-hoc de Bonferroni será aplicado para identificar as diferenças quando um valor F significativo for encontrado. A significância estatística será fixada em 5% e intervalo de confiança de 95% (IC95%). Resultados: Na análise entre os grupos, não foram observadas diferenças significativas para nenhuma das variáveis analisadas, em nenhum dos momentos. CONCLUSÃO: A aplicação da ventosaterapia deslizante não é capaz de melhorar a dor, fadiga e desempenho muscular após corrida de 10km.
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Introduction: It is known that in addition to the various benefits, running induces adaptive responses, such as, for example, muscle fatigue that alters strength and power. As an auxiliary resource for muscle recovery after physical activity, sliding cupping therapy has been applied in clinical practice, under the theories that its application influences the microcirculation and the nervous system, however, there is a lack of studies that investigate its effects on athletes. Objective: The aim of this study is to investigate the effects of cupping therapy on pain, perception of fatigue and muscle performance after a 10km run, with the hypothesis that cupping will produce expected changes when unexpected to the other group. Methodology: This is a blinded randomized clinical trial, in which 33 volunteers were randomly allocated into two groups: 15 volunteers in the cupping group (sliding cupping with gentle suction on the quadriceps for 10 minutes) and 18 in the sham group (sliding cupping without suction without quadriceps for 10 minutes). The participants were evaluated before the race, after the intervention, 24h and 48h after the intervention, through isokinetic dynamometry, algometry, and pain and fatigue perception scales and recovery perception scales. Data normality will be assessed using the Shapiro Wilk and Levene test. To determine the difference between the two groups, the mixed model ANOVA will be used. Bonferroni's post-hoc test will be applied to identify the difference when a significant F-value is found. Statistical significance will be set at 5% and a 95% confidence interval (95%CI). Results: In the analysis between groups, no significant differences were observed for any of the variables, at any time. CONCLUSION: The application of button cupping therapy is not able to improve pain, fatigue and muscle performance after running 10km.
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MARINA GOMES FAGUNDES
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EFEITOS DE PALMILHAS ADAPTADAS EM CHINELOS PARA DOR PERSISTENTE NO CALCANHAR: UM ENSAIO CONTROLADO E ALEATORIZADO
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Orientador : MARCELO CARDOSO DE SOUZA
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MEMBROS DA BANCA :
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AREOLINO MATOS
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PAULA SERRÃO
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MARCELO CARDOSO DE SOUZA
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Data: 16/02/2023
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Introdução: Dor persistente no calcanhar é uma condição comum na população adulta de meia idade, sendo muitas vezes incapacitante por afetar a funcionalidade e aspectos sociais do indivíduo. O tratamento com palmilhas é amplamente investigado, embora exista discordância entre as evidências. Por ser um recurso prático e confortável, palmilhas adaptadas em chinelos têm sido recentemente investigadas em estudos clínicos com fasciopatias. Porém, ainda não são conhecidos quais os efeitos em indivíduos com dor persistente no calcanhar. Objetivo: Avaliar os efeitos do uso de palmilhas adaptadas em chinelos no curto e médio prazo na intensidade da dor matinal, dor ao caminhar, função do pé e capacidade funcional da caminhada de indivíduos com dor persistente no calcanhar. Método: Estudo clínico aleatorizado, duplo-cego e controlado por sham, registrado prospectivamente no Clinical Trials (NCT04784598). Os participantes foram aleatorizados em dois grupos: grupo experimental (n=40) que utilizou palmilhas adaptadas em chinelos conforme a avaliação do tipo de pé e grupo controle (n=40) que utilizou chinelos com palmilhas sham, ou seja, chinelos planos. Todos os participantes foram orientados a utilizar os chinelos diariamente, durante pelo menos quatro horas por dia, no período de 12 semanas. As avaliações foram realizadas na linha de base (T0), seis (T6), 12 (T12) e 16 (T16) semanas após a intervenção. O desfecho primário foi intensidade da dor matinal conforme a Escala Numérica da Dor. Os desfechos secundários foram a função do pé pelo Índice de Função do Pé e a capacidade funcional da caminhada pelo Teste de Caminhada de seis minutos. A análise de variância com delineamento misto foi utilizada e a interação entre tempo e grupo foi considerada para todas as variáveis. Resultados: Não houve diferenças entre os grupos para intensidade da dor matinal e ao caminhar ao longo do dia em curto (matinal à diferença média [DM] = -0,7 [IC 95% -1,9 a 0,6]; ao caminhar à DM= -0,4 [IC 95% -0,6 a 0,8]) e em médio prazo (matinal àDM = 0,01 [IC 95% -1,4 a 1,4]; ao caminhar à DM = -0,5 [IC 95% -1,8 a 0,8]). Para os desfechos secundários também não houve diferença entre os grupos em curto e médio prazo. Nenhuma mudança clinicamente importante foi observada para qualquer um dos resultados primário ou secundários. Conclusão: Palmilhas adaptadas em chinelos não foi superior a chinelos com palmilhas sham para os desfechos de dor, função e capacidade funcional em indivíduos com dor persistente no calcanhar.
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Introduction: Persistent heel pain is a common condition in the middle-aged adult population, and is often disabling because it affects the individual's functionality and social aspects. Treatment with insoles is widely investigated, although there is disagreement between the evidence. Because it is a practical and comfortable resource, insoles adapted for flip-flops have recently been investigated in clinical studies with fasciopathies. However, the effects on individuals with persistent heel pain are not yet known. Objective: To evaluate the effects of using insoles adapted for flip-flops in the short and medium term on the intensity of morning pain, pain when walking, foot function and functional walking capacity of individuals with persistent heel pain. Method: Randomized, double-blind, sham-controlled clinical trial registered prospectively in Clinical Trials (NCT04784598). The participants were randomized into two groups: the experimental group (n=40) who used insoles adapted to slippers according to the assessment of the type of foot, and the control group (n=40) who used slippers with sham insoles, that is, flat slippers. All participants were instructed to wear flip-flops daily, for at least four hours a day, for a period of 12 weeks. Assessments were performed at baseline (T0), six (T6), 12 (T12) and 16 (T16) weeks after the intervention. The primary outcome was morning pain intensity according to the Numerical Pain Scale. Secondary outcomes were foot function by the Foot Function Index and functional walking ability by the Six-Minute Walk Test. Analysis of variance with a mixed design was used and the interaction between time and group was considered for all variables. Results: There were no differences between groups for morning pain intensity and when walking throughout the day in short (morning to mean difference [DM] = -0.7 [CI 95% -1.9 to 0.6]; to walking to MD= -0.4 [CI 95% -0.6 to 0.8]) and in the medium term (morning to MD = 0.01 [CI 95% -1.4 to 1.4]; walking to DM = -0.5 [95% CI -1.8 to 0.8]). There was also no difference between groups in the short and medium term for secondary outcomes. No clinically important changes were seen for any of the primary or secondary outcomes. Conclusion: Fitted insoles in slippers were not superior to slippers with sham insoles for pain, function, and functional capacity outcomes in subjects with persistent heel pain.
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EMANNUEL ALCIDES BEZERRA ROCHA
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Fatores de Risco para Dor Patelofemoral em Militares: Uma Revisão Sistemática com Meta-Análise
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Orientador : RODRIGO SCATTONE DA SILVA
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MEMBROS DA BANCA :
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CAIO ALANO DE ALMEIDA LINS
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FABIO VIADANNA SERRÃO
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RODRIGO SCATTONE DA SILVA
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Data: 20/03/2023
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Introdução: A principal causa de abandono do treinamento militar são as lesões musculoesqueléticas de joelho, sendo a dor patelofemoral (DPF) uma das principais causas de abandono da carreira militar. A identificação dos fatores de risco é o primeiro passo para a prevenção de lesões. O objetivo desta revisão sistemática foi identificar quais fatores aumentam o risco de ocorrência de DPF em militares. Métodos: As buscas foram realizadas no Medline/PubMed, CINAHL, Embase, SPORTDiscus, Web of Science e Scopus, desde o início até janeiro de 2023. Incluímos estudos que eram coortes prospectivas incluindo militares e tinham pelo menos uma variável avaliando um fator de risco para DPF. Meta-análises foram realizadas usando diferenças médias padronizadas (SMD) e intervalos de confiança de 95% (IC95%) e os níveis de recomendação foram determinados. Resultados: A partir de 11 artigos, esta revisão agrupou 7.518 militares, dos quais 572 desenvolveram DPF, caracterizando uma prevalência de 7,61%. Observou-se nível de evidência moderado de que a fraqueza dos extensores do joelho prediz a DPF em militares, especialmente se normalizada pelo índice de massa corporal e avaliada de forma isocinética a 60º/s (SMD -0,69, IC95% -1,02, -0,35). Um maior ângulo de projeção do joelho no plano frontal (FPKPA) durante o agachamento unipodal também foi identificado como fator de risco para DPF nessa população (SMD 0,55, IC95% 0,14, 0,97) com nível moderado de evidência. Encontramos evidências moderadas de que sexo, índice de massa corporal, força isométrica dos extensores do joelho e força isocinética dos flexores do joelho não predizem DPF em militares. Por fim, há forte nível de evidência que a idade e a massa corporal não predizem a DPF nessa população. Conclusões: Déficits na força isocinética dos extensores do joelho e um maior FPKPA são fatores de risco para DPF em militares. Por serem fatores modificáveis, esses aspectos devem ser considerados nas intervenções de prevenção de lesões em militares.
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Background: The main cause for abandonment of military training is musculoskeletal injuries to the knee, with patellofemoral pain (PFP) being one of the leading causes for military career dropout. The identification of risk factors is the first step for injury prevention. The purpose of this systematic review was to identify which factors increase the risk of occurrence of PFP in military personnel. Methods: Searches were performed in Medline/PubMed, CINAHL, Embase, SPORTDiscus, Web of Science and Scopus, from inception to January 2023. We included studies that were prospective cohorts including military personnel and had at least one variable assessing a risk factor for PFP. Meta-analyses were performed using standardized mean differences (SMD) and 95% confidence intervals (95%CI) and the levels of recommendation were determined. Results: From 11 articles, this review grouped 7,518 military personnel, of which 572 developed PFP, characterizing a prevalence of 7.61%. There is moderate evidence that knee extensor weakness predicts PFP in the military, especially if normalized against body mass index and evaluated isokinetically at 60º/s (SMD -0.69, 95%CI -1.02, -0.35). A higher frontal plane knee projection angle (FPKPA) during single-leg squat was also identified as a risk factor for PFP in this population (SMD 0,55, 95%CI 0.14, 0.97) with moderate level of evidence. We found moderate evidence that sex, body mass index, isometric knee extensors strength and isokinetic knee flexors strength do not predict PFP in military personnel. Finally, there is strong evidence that age and body mass do not predict PFP in this population. Conclusions: Deficits in isokinetic knee extensors strength and a high FPKPA are risk factors for PFP in military personnel. Since these are modifiable factors, these aspects should be considered in injury prevention interventions in the military.
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JOSÉ ALEXANDRE BARBOSA DE ALMEIDA
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INSTRUMENTOS DE MEDIDA DE AUTOEFICÁCIA PARA INDIVÍDUOS COM DOENÇA CORONARIANA: validação da Cardiac Self-Efficacy Scale para população brasileira e uma revisão sistemática.
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Orientador : LUCIEN PERONI GUALDI
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MEMBROS DA BANCA :
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ILLIA NADINNE DANTAS FLORENTINO LIMA
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LUCIEN PERONI GUALDI
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THAYLA AMORIM SANTINO
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Data: 29/03/2023
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ESTUDO 1: Objetivo: Realizar a tradução, adaptação transcultural e análise psicométrica da Cardiac Self-Efficacy Scale (CSES) para a população brasileira. Métodos: Trata-se de um estudo metodológico exploratório, com aprovação pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal do Rio Grande do Norte – Faculdade de Ciências da Saúde do Trairi (UFRN/FACISA) sob parecer 4.765.082. A tradução e adaptação transcultural se deu através das etapas de tradução para língua portuguesa brasileira, síntese das traduções, tradução reversa, síntese das traduções, revisão por comitê multiprofissional de especialistas e aplicação num grupo pré-teste, formado por participantes que representaram a população alvo. Foram investigadas as propriedades psicométricas através de testes para confiabilidade, validade de construto, estrutural, discriminante, concorrente e convergente. Resultados: Considerando o desdobramento cognitivo apresentou bom índice de compreensão (IVC > 0,90), o alfa de cronbach foi de 0,83; o teste de Kaiser-Meyer-Olkin (KMO=0,72) e o teste de esfericidade de Barlett (X2=426,82; p=<0,001) indicam adequado ajuste dos dados, permitindo a realização da análise fatorial exploratória; os resultados da análise fatorial confirmatória da versão brasileira da CSES (X2=33,85; Graus de Liberdade (df)=62, X2/df = 0,54; p-value = 0,99; Comparative Fit Index (CFI)=1,00; Tucker-Lewis Index (TLI)= 1,09; Root mean square error of approximation (RMSEA)=0,00) indicam que o modelo foi saturado e o ajuste foi perfeito; a validade convergente apresentou correlações fracas e moderadas com os domínios da escala de qualidade de vida (SF-36): Capacidade funcional (65, IQ 35-80; ρ=0,358; p=0,003), Aspectos físicos (100, IQ 25-100; ρ=0,378; p=0,002), Dor (62, IQ 41-74; ρ=0,303; p=0,014), Estado geral de saúde (47, IQ 37-62; ρ=0,412; p=0,001), Vitalidade (85, IQ 75-105; ρ=0,415; p=0,001), Aspectos sociais (75, IQ 50-100; ρ=0,358; p=0,003), Aspectos emocionais (100, IQ 33-100; ρ=0,320; p=0,009) e Saúde mental (36, IQ 28-48; ρ=0,493; p=<0,001). Para validade discriminante, correlação fraca com nível de ansiedade e depressão (HAM-D) (10, IQ 5-18; ρ=-0,277; p=0,026) e moderada para número de sintomas (3, IQ 1-4; ρ=-0,449; p=<0,001) e nível sintomático (2, IQ 1-3; ρ=-0,590; p=<0,001). A validade concorrente foi considerada fraca na correlação com autoeficácia geral percebida (31,38±7,01; ρ=0,260; p=0,036). Conclusão: A versão brasileira da CSES apresentou-se adequadamente traduzida e adaptada transculturalmente e validade psicometricamente, devido a validade construto, conteúdo e consistência interna apresentarem valores que validam o instrumento.
ESTUDO 2: Objetivos: Esta revisão sistemática tem como objetivo avaliar as propriedades de medida, qualidade metodológica e vincular o conteúdo extraído dos itens dos instrumentos de autoeficácia cardíaca para indivíduos com DAC com a Classificação Internacional de Funcionalidade, Incapacidade e Saúde (CIF). Métodos: O estudo foi desenvolvido de acordo com o Preferred Reporting Items for Systematic Reviews and Meta-Analyses (PRISMA) e Consensus Norms for Selection of Health Measuring Instruments (COSMIN). O protocolo foi registrado no International Prospective Register os Systematic Reviews (PROSPERO), sob o número de registro CRD42021262613. Foram utilizadas as seguintes bases de dados: MEDLINE (Ovid), Web of Science, EMBASE e PsycINFO. Foram incluídos estudos que avaliaram as propriedades de medida de instrumentos de autoeficácia para indivíduos com DAC. Nenhuma restrição de data ou idioma foi aplicada à pesquisa. Dois autores independentes foram responsáveis por avaliar a elegibilidade dos estudos. A qualidade metodológica dos estudos foi avaliada usando a Lista de Verificação COSMIN RoB Checklist, e a Classificação de Recomendações, Avaliação, Desenvolvimento foi usada para avaliar a qualidade de cada estudo. Além disso, foi utilizada a Modified Grading of Recommendations, Assessment, Development and Evaluation (GRADE) recomendada pelo COSMIN para determinar a qualidade da evidência. Outros dois autores realizaram a vinculação do conteúdo dos itens extraídos com os componentes da CIF. Resultados: Um total de 21 estudos foram incluídos, representando e sendo agrupados em 12 instrumentos de medida de autoeficácia para indivíduos com DAC. Nenhum estudo apresentou nível de evidência A, pois ambos apresentaram deficiência de informação na avaliação das propriedades psicométricas. Os instrumentos mais bem avaliados com qualidade de evidência nível B, foram Barnason Efficacy Expectation Scale (BEES), que apresentou nível baixo de validade de conteúdo, e nível alto para validades estrutural, de construto e consistência interna; Cardiac Self-Efficacy Scale (CSES), que apresentou nível moderado para validade de construto, e nível alto para validades de construto, estrutural e consistência interna; Cardiovascular Management Self-efficacy Scale, apresentou nível baixo para validade de conteúdo e consistência interna, e alta para validades estrutural e de construto; Exercise self-efficacy Scale (ESE), apresentou nível baixo para validade de conteúdo, moderado para validades estrutural e de construto, e alto para consistência interna; Self-efficacy for Appropriate Medication Use (SEAMS), apresentando nível baixo para validades de conteúdo e construto, e alto para validade estrutural e consistência interna. O instrumento CSES, foi o que apresentou maior número de vinculações com os componentes da CIF. Conclusão: Os instrumentos classificados como nível B tem potencial para uso, porém necessitam de mais estudos psicométricos para fortalecer informações acerca das propriedades de medição. Com relação a CIF, recomendamos o uso da CSES, já que a mesma apresenta maior número de vinculações.
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STUDY 1: Objective: Perform the translation, cross-cultural adaptation and psychometric analysis of the Cardiac Self-Efficacy Scale (CSES) for the Brazilian population. Methods: This is an exploratory methodological study, approved by the Research Ethics Committee of the Federal University of Rio Grande do Norte - Faculty of Health Sciences of Trairi (UFRN/FACISA) under opinion 4,765,082. The translation and cross-cultural adaptation took place through the stages of translation into Brazilian Portuguese, synthesis of translations, reverse translation, synthesis of translations, review by a multidisciplinary committee of specialists and application in a pre-test group, formed by participants who represented the target population . Psychometric properties were investigated through tests for reliability, construct, structural, discriminant, concurrent and convergent validity. Results: Considering the cognitive breakdown showed a good comprehension index (CVI > 0.90), Cronbach's alpha was 0.83; the Kaiser-Meyer-Olkin test (KMO=0.72) and the Barlett test of sphericity (X2=426.82; p=<0.001) indicate adequate data adjustment, allowing the performance of exploratory factor analysis; the results of the confirmatory factor analysis of the Brazilian version of the CSES (X2=33.85; Degrees of Freedom (df)=62, X2/df = 0.54; p-value = 0.99; Comparative Fit Index (CFI)= 1.00; Tucker-Lewis Index (TLI)= 1.09; Root mean square error of approximation (RMSEA)=0.00) indicate that the model was saturated and the fit was perfect; the convergent validity showed weak and moderate correlations with the domains of the quality of life scale (SF-36): Functional capacity (65, IQ 35-80; ρ=0.358; p=0.003), Physical aspects (100, IQ 25- 100; ρ=0.378; p=0.002), Pain (62, IQ 41-74; ρ=0.303; p=0.014), General health status (47, IQ 37-62; ρ=0.412; p=0.001), Vitality (85, IQ 75-105; ρ=0.415; p=0.001), Social aspects (75, IQ 50-100; ρ=0.358; p=0.003), Emotional aspects (100, IQ 33-100; ρ=0.320 ; p=0.009) and Mental health (36, IQ 28-48; ρ=0.493; p=<0.001). For discriminant validity, weak correlation with level of anxiety and depression (HAM-D) (10, IQ 5-18; ρ=-0.277; p=0.026) and moderate for number of symptoms (3, IQ 1-4; ρ= -0.449; p=<0.001) and symptomatic level (2, IQ 1-3; ρ=-0.590; p=<0.001). The concurrent validity was considered weak in the correlation with general perceived self-efficacy (31.38±7.01; ρ=0.260; p=0.036). Conclusion: The Brazilian version of the CSES was adequately translated and cross-culturally adapted and psychometrically valid, due to the construct validity, content and internal consistency presenting values that validate the instrument.
STUDY 2: Objectives: This systematic review aims to evaluate the measurement properties, methodological quality and link the content extracted from the items of the cardiac self-efficacy instruments for individuals with CAD with the International Classification of Functioning, Disability and Health (ICF). Methods: The study was developed in accordance with the Preferred Reporting Items for Systematic Reviews and Meta-Analyses (PRISMA) and Consensus Norms for Selection of Health Measuring Instruments (COSMIN). The protocol was registered in the International Prospective Register of Systematic Reviews (PROSPERO), under registration number CRD42021262613. The following databases were used: MEDLINE (Ovid), Web of Science, EMBASE and PsycINFO. Studies that evaluated the measurement properties of self-efficacy instruments for individuals with CAD were included. No date or language restrictions were applied to the search. Two independent authors were responsible for assessing the eligibility of the studies. The methodological quality of the studies was assessed using the COSMIN RoB Checklist, and the Recommendations Rating, Evaluation, Development was used to assess the quality of each study. In addition, the Modified Grading of Recommendations, Assessment, Development and Evaluation (GRADE) recommended by COSMIN was used to determine the quality of the evidence. Two other authors linked the content of the extracted items with the components of the ICF. Results: A total of 21 studies were included, representing and being grouped into 12 instruments to measure self-efficacy for individuals with CAD. None of the studies presented level of evidence A, since both presented deficiency of information in the evaluation of psychometric properties. The best evaluated instruments with quality of evidence level B were the Barnason Efficacy Expectation Scale (BEES), which presented a low level of content validity, and a high level for structural validity, construct validity and internal consistency; Cardiac Self-Efficacy Scale (CSES), which presented a moderate level for construct validity, and a high level for construct validity, structural validity and internal consistency; Cardiovascular Management Self-efficacy Scale, presented a low level for content validity and internal consistency, and a high level for structural and construct validity; Exercise self-efficacy Scale (ESE), presented a low level for content validity, moderate for structural and construct validities, and high for internal consistency; Self-efficacy for Appropriate Medication Use (SEAMS), with a low level for content and construct validities, and a high level for structural validity and internal consistency. The CSES instrument was the one with the highest number of connections with the ICF components. Conclusion: Instruments classified as level B have potential for use, but require further psychometric studies to strengthen information about measurement properties. With regard to the CIF, we recommend the use of the CSES, as it has a greater number of links.
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ERICA DE FREITAS MARTINS
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IMPACTO DA PRÁTICA DO CICLISMO E DO CROSSFIT NA FUNÇÃO SEXUAL DE MULHERES
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Orientador : GRASIELA NASCIMENTO CORREIA
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MEMBROS DA BANCA :
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ADRIANA GOMES MAGALHAES
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GRASIELA NASCIMENTO CORREIA
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LEONILDO SANTOS DO NASCIMENTO JUNIOR
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Data: 30/03/2023
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Introdução: Os músculos do assoalho pélvico têm como função sustentar os órgãos pélvicos, manter a continência de esfíncteres para o trato urinário inferior e anorretal, e como um efetor na resposta de excitação sexual. Os efeitos da atividade física vem sendo associado às disfunções do assoalho pélvico. Objetivo: avaliar o impacto do ciclismo e do Crossfit na função sexual de mulheres. Metodologia: É estudo transversal, descritivo e quantitativo, realizado em território nacional, iniciado após a aprovação do Comitê de Ética e Pesquisa (CEP), com recrutamento por meiode um link de acesso ao formulário da pesquisa via Google Forms. A amostra foi não probabilística, por conveniência. Sendo incluídas: Mulheres fisicamente ativas, que praticam Crossfit ou ciclismo por mais de três meses com frequência mínima de 2 vezes por semana; idade acima de 18 anos; acesso a computador ou smartphone com conexão à internet; saber ler e interpretar o texto. Sendo excluídas: que estivessem no período gestacional, puerperal, que possuíam histórico de gestação gemelar e/ou doenças pélvicas/ginecológicas; cirurgia ginecológica prévia; realizando terapia de reposição hormonal; possuíssem tosse crônica referida; realizaram tratamento para incontinência urinária; negaram a completar todo o protocolo de avaliação; recusaram assinar o TCLE. Foi aplicado os questionários para avaliação do nível de atividade física, função sexual, e intensidade do desconforto da DMAP por meio do Questionário Internacional de Atividade física (IPAQ), o Female Sexual Function Index (FSFI) e Pelvic Floor Disability Index (PFDI 20). Resultados:Participaram da pesquisa 143 mulheres, sendo 32 praticantes de Crossfit, 32 ciclistas e 32 fisicamente ativas, com poder desta amostra de 79%.Todos os grupos apresentaram pior função sexual, 81,2% do grupo Crossfit e Ciclismo e 65,6% no grupo controle, sendo o domínio da satisfação o mais afetado em todos os grupos (G1 = 2,52±0,78; G2 = 2,53±0,92; GC = 2,78±1,26). Houve diferença entre os grupos no domínio FSFI - Desejo (p = 0,048), com o grupo Crossfit apresentando pior função que o grupo controle (p=0,014). E diferença no domínio FSFI–Dor (p=0,017), em que o Grupo controle apresentou um maior comprometimento neste domínio quando comparado Grupo Crossfit (p=0,033) e Ciclistas (p=0,007).Conclusão: Todos os grupos as mulheres apresentaram pior função sexual. O Crossfit tem impacto no desejo sexual e mulheres fisicamente ativas apresentam mais dor quando comparadas às praticantes de ciclismo e crossfit.
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Introduction: The pelvic floor muscles have the function of supporting the pelvic organs, maintaining the continence of sphincters for the lower urinary and anorectal tract, and as an effector in the sexual arousal response. The effects of physical activity have been associated with pelvic floor dysfunction. Objective: to evaluate the impact of cycling and Crossfit on women's sexual function. Methodology: It is a cross-sectional, descriptive and quantitative study, carried out in the national territory, initiated after approval by the Research Ethics Committee (CEP), with recruitment through a link to access the research form via Google Forms. The sample was non-probabilistic, for convenience. Being included: Physically active women, who practice Crossfit or cycling for more than three months with a minimum frequency of 2 times a week; age above 18 years; access to a computer or smartphone with an internet connection; know how to read and interpret the text. Being excluded: who were in the gestational period, puerperal, who had a history of twin pregnancy and/or pelvic/gynecological diseases; previous gynecological surgery; performing hormone replacement therapy; had referred chronic cough; underwent treatment for urinary incontinence; refused to complete the entire evaluation protocol; refused to sign the TCLE. Questionnaires were applied to assess the level of physical activity, sexual function, and intensity of the discomfort of the DMAP through the International Physical Activity Questionnaire (IPAQ), the Female Sexual Function Index (FSFI) and Pelvic Floor Disability Index (PFDI 20) . Results: 143 women participated in the survey, 32 Crossfit practitioners, 32 cyclists and 32 physically active, with a sample power of 79%. All groups had worse sexual function, 81.2% of the Crossfit and Cycling group and 65.6 % in the control group, with the satisfaction domain being the most affected in all groups (G1 = 2.52±0.78; G2 = 2.53±0.92; GC = 2.78±1.26). There was a difference between the groups in the FSFI - Desire domain (p = 0.048), with the Crossfit group presenting worse function than the control group (p=0.014). And a difference in the FSFI–Pain domain (p=0.017), in which the Control Group showed greater impairment in this domain when compared to the Crossfit Group (p=0.033) and Cyclists (p=0.007). Conclusion: All groups of women had worse sexual function. Crossfit has an impact on sexual desire and physically active women have more pain when compared to cycling and crossfit practitioners.
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JAINE MARIA DE PONTES OLIVEIRA
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IMPACTO DA PRÁTICA DO CICLISMO E DO CROSSFIT® NA INCONTINÊNCIA URINÁRIA
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Orientador : GRASIELA NASCIMENTO CORREIA
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MEMBROS DA BANCA :
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ADRIANA GOMES MAGALHAES
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GRASIELA NASCIMENTO CORREIA
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LEONILDO SANTOS DO NASCIMENTO JUNIOR
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Data: 30/03/2023
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Introdução: O assoalho pélvico é composto por um conjunto de músculos responsáveis pela continência; sustentação de órgãos pélvicos e também atuam durante a relação sexual. Algumas atividades físicas, como o CrossFit® e ciclismo podem causar uma sobrecarga nos músculos do assoalho pélvico, por requererem muito esforço físico, sendo realizado por um período prolongado de tempo gerando compensações musculares, podendo ser fator de risco para a IU. Objetivos: Avaliar o impacto do ciclismo e CrossFit® nos sintomas de perda urinária em mulheres praticantes dessas modalidades. Métodos: Estudo transversal e descritivo com abordagem quantitativa. Incluindo 96 mulheres, maiores de 18 até 60 anos, que foram randomizadas em três grupos: GC (Grupo Controle) composto por mulheres não praticantes de exercício físico; G1 = praticantes de CrossFit® há mais de três meses; G2 = praticantes de ciclismo há mais de três meses, sendo excluídas aquelas que: estivesse no período gestacional, puerperal ou histórico de gestação gemelar; doenças pélvicas/ginecológicas; cirurgia ginecológica; terapia de reposição hormonal; com tosse crônica referida; tratamento para IU; se negaram a completar todo o protocolo de avaliação e/ou recusaram a assinar o TCLE. Foi disponibilizado através do Google Forms uma ficha de avaliação contendo o histórico uroginecológico, alguns questionários como: O questionário Internacional sobre Incontinência Urinária (ICIQ-SF), Questionário Internacional de Atividade física (IPAQ) e o Pelvic Floor Disability Index (PFDI-20). Os dados foram tabulados e analisados pelo programa SPSS 22.0. Foram utilizados o teste de Kolmogorov-Smirnov (KS). Análise intergrupo foram utilizados o Kruskal Wallis e o teste Mann-Whitney. Resultados: Ao investigar os resultados verificou-se que 37,5% das participantes ciclistas, e 31,3% das não praticantes de exercício físico relataram perda urinária. Na análise intergrupo não identificamos diferença significativa nos domínios dos PFDI-20 e do questionário ICIQ-SF. Conclusão: Conclui-se que todos os grupos apresentam queixa de IU, sendo mais prevalente no G2 e GC, entretanto não houve diferença significativa entre os grupos em relação a prevalência de sintomas urinários e no impacto dos sintomas de perda urinária entre as mulheres desta amostra.
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Introduction: The pelvic floor is composed of a set of muscles responsible for continence; support pelvic organs and also act during sexual intercourse. Some physical activities, such as CrossFit® and cycling, can cause an overload on the pelvic floor muscles, as they require a lot of physical effort, being performed for a prolonged period of time, generating muscle compensation, which may be a risk factor for UI. Objectives: To evaluate the impact of cycling and CrossFit® on symptoms of urinary loss in women who practice these modalities. Methods: Cross-sectional and descriptive study with a quantitative approach. Including 96 women, aged between 18 and 60 years, who were randomized into three groups: GC (Control Group) composed of women who do not practice physical exercise; G1 = CrossFit® practitioners for more than three months; G2 = cycling practitioners for more than three months, excluding those who: were in the gestational period, puerperal period or history of twin pregnancy; pelvic/gynecological diseases; gynecological surgery; hormone replacement therapy; with referred chronic cough; treatment for UI; refused to complete the entire evaluation protocol and/or refused to sign the TCLE. An evaluation form was made available through Google Forms containing the urogynecological history, some questionnaires such as: The International Questionnaire on Urinary Incontinence (ICIQ-SF), International Physical Activity Questionnaire (IPAQ) and the Pelvic Floor Disability Index (PFDI-20). Data were tabulated and analyzed using the SPSS 22.0 program. The Kolmogorov-Smirnov (KS) test was used. Intergroup analysis used Kruskal Wallis and Mann-Whitney test. Resultados: Ao investigar os resultados verificou-se que 37,5% das participantes ciclistas, e 31,3% das não praticantes de exercício físico relataram perda urinária. Na análise intergrupo não identificamos diferença significativa nos domínios dos PFDI-20 e do questionário ICIQ-SF. Conclusion: It is concluded that all groups complain of UI, being more prevalent in G2 and CG, however there was no significant difference between groups in relation to the prevalence of urinary symptoms and the impact of urinary loss symptoms among women in this sample.
Keywords: Pelvic Floor Disorders. Urinary Incontinence. Exercise. Bicycling. Sedentary Behavior.
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AMANDA CRISTINA LIMA DO NASCIMENTO
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BARREIRAS PERCEBIDAS E CONTRAINDICAÇÕES PARA MOBILIZAÇÃO PRECOCE: ATITUDE E CONHECIMENTO DO PROFISSIONAL FISIOTERAPEUTA NA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA
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Orientador : ILLIA NADINNE DANTAS FLORENTINO LIMA
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MEMBROS DA BANCA :
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DÉBORA STRIPARI SCHUJMANN NOGUEIRA
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ILLIA NADINNE DANTAS FLORENTINO LIMA
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SAINT CLAIR GOMES BERNARDES NETO
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Data: 30/03/2023
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Introdução: Com o avanço tecnológico e científico do suporte avançado de vida e a consequente melhora na assistência à saúde, o paciente crítico é mantido por um período prolongado na unidade de terapia intensiva (UTI) e a mobilização deste precisa estar inserida no processo de cuidado. Apesar dos potenciais benefícios da mobilização precoce, sua efetiva realização não é amplamente realizada na UTI. Sua implementação perpassa por várias dificuldades e limitações que podem estar associadas à presença de algumas barreiras. Objetivos: Avaliar a atitude e o conhecimento do profissional fisioterapeuta acerca das barreiras e contraindicações da mobilização precoce (MP) na unidade de terapia intensiva. Material e Métodos: Foi realizado um estudo transversal descritivo envolvendo fisioterapeutas que atuam em UTI no Brasil. Eles responderam a um questionário contendo questões relacionadas ao perfil profissional, ao processo e estrutura de trabalho e ao conhecimento sobre mobilização precoce. Os testes de Mann-Whitney e de Kruskal-Wallis com pós-hoc de Dunn foram realizados para comparar as variáveis dependentes categóricas com as variáveis independentes quantitativas. A análise de qui-quadrado de independência avaliou a existência de associação das variáveis dependentes com as variáveis independentes categóricas. Modelos de regressões logísticas binária e multinomial foram obtidos para predição das variáveis dependentes. As análises foram executadas no software Statistical Package for Social Sciences (IBM, versão 24) e os resultados que apresentaram p<0,05 foram admitidos como estatisticamente significantes. Resultados: Participaram do estudo 227 fisioterapeutas, a maioria foi do gênero feminino (n=154, 67,8%), com média de idade de 33,5 ±6,8 anos e com tempo médio de atuação em UTI de 7,1 ±6 anos. Em relação à titulação acadêmica 77% tinham especialização na área de terapia intensiva (n=175) e 65,2% da amostra tiveram sua formação em instituição privada (n= 148). Quanto ao conhecimento sobre barreiras e contraindicações, 88,6% acertaram alguma ou mais barreiras e 78,4% acertaram todas as contraindicações. Em relação às atitudes dos profissionais sobre a estratégia de mobilização precoce, 92,1% dos fisioterapeutas acharam a MP uma estratégia muito importante, 77,9% responderam que a MP é realizada pela equipe de fisioterapia, 52,9% realizam a MP 2 vezes ao dia , 84,5% relataram que há uma boa comunicação entre a equipe de fisioterapia e 71,3% afirmaram boa comunicação entre a equipe multiprofissional e, por fim, 48,7% confirmaram a existência de reuniões e capacitações entre a equipe de fisioterapia e 49,6% relataram também reuniões e capacitações entre a equipe multiprofissional. Conclusão: O conhecimento sobre uma intervenção é influenciado por fatores como formação profissional, região de atuação, características culturais e estrutura do local de trabalho. Fisioterapeutas brasileiros formados em instituições privadas, sem mestrado, com boa comunicação entre a equipe, realizando mobilização precoce duas vezes ao dia, no mínimo, conseguem reconhecer melhor as barreiras e contraindicações para a realização da mobilização precoce. A compreensão desses fatores é fundamental para que estratégias sejam adotadas tanto por profissionais quanto por gestores hospitalares para que os pacientes sejam assistidos por profissionais cada vez mais qualificados.
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Introduction: With the technological and scientific advancement of advanced life support and the consequent improvement in health care, the seriously ill patient is maintained for a prolonged period in an intensive care unit (ICU) and the mobilization of this patient needs to be inserted in the care process. Despite its potential benefits of early mobilization, its effective performance is not widely performed in an ICU. Its implementation involves several difficulties and limitations that may be associated with the presence of some barriers. Objective: Assess the physical therapist's attitude and knowledge about the barriers and contraindications of early mobilization in the intensive care unit. Methodology: This is a cross-sectional study of a qualitative character, involving physiotherapists who work in the ICU, where they will answer a questionnaire containing questions related to the professional profile, the work process and structure and the knowledge about PM. For statistical analysis, the Software GraphPad Prism 7.0 will be used. The variables will be analyzed in a descriptive way. For quantitative variables, the analysis will be made by observing minimum and maximum values, calculating the mean, standard deviation and median. Chi-square test and Fisher's exact test will be used for categorical variables. To establish significance between the analyzed parameters, a value of p <0.05 will be observed. The data will be expressed in the form of tables and graphs.
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DARLLANE AZEVEDO LEMOS
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CARACTERIZAÇÃO E ANÁLISE TEMPORAL DAS INTERNAÇÕES HOSPITALARES E MORTALIDADE POR DOENÇAS RESPIRATÓRIAS NO BRASIL
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Orientador : LUCIEN PERONI GUALDI
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MEMBROS DA BANCA :
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ILLIA NADINNE DANTAS FLORENTINO LIMA
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LUCIEN PERONI GUALDI
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RENCIO BENTO FLORENCIO
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Data: 31/03/2023
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Introdução: As doenças respiratórias causam milhões de internações e mortes em todo o mundo, resultando em impactos econômicos e sociais. Estratégias de promoção da saúde e prevenção de doenças baseadas no perfil epidemiológico da população podem reduzir os custos hospitalares. Objetivo: Caracterizar as internações e óbitos por doenças respiratórias em adultos brasileiros maiores de 20 anos entre 2008 e 2021. Métodos: Este estudo longitudinal utilizou dados secundários de internações e óbitos por doenças respiratórias do Sistema de Informações Hospitalares do Sistema Único de Saúde no Brasil entre 2008 e 2021. Os dados foram agrupados por região, faixa etária, sexo e período. O período foi dividido em primeiro (2008 a 2011), segundo (2012 a 2015) e terceiro (2016 a 2019) quadriênio e um biênio (2020 a 2021), e todos os dados foram analisados usando o GraphPad Prism; a significância estatística foi estabelecida em p < 0,05. Resultados: Foram registradas 9.502.378 internações por doenças respiratórias entre 2008 e 2021. As regiões Sul e Sudeste apresentaram as maiores taxas de internação e mortalidade (respectivamente) na faixa etária ≥ 80 anos e em ambos os sexos. Além disso, as doenças respiratórias causaram 1.170.504 óbitos, com taxa de mortalidade de 12,32%. Conclusão: As doenças respiratórias afetaram a população brasileira e prejudicaram o sistema de saúde, principalmente o ambiente hospitalar. A região sul foi a mais afetada, e o processo de envelhecimento contribuiu para o aumento da incidência de doenças respiratórias.
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Background: respiratory diseases cause millions of hospitalizations and deaths worldwide, resulting in economic and social impacts. Strategies for health promotion and disease prevention based on the epidemiological profile of the population may reduce hospital costs. To characterize hospitalizations and deaths due to respiratory diseases in Brazilian adults above 20 years old between 2008 and 2021. Methods: this longitudinal study used secondary data of hospitalizations and deaths due to respiratory diseases from the Hospital Information System of the Brazilian Unified Health System between 2008 and 2021. Data were grouped according to region, age group, sex, and period. The period was divided into first (2008 to 2011), second (2012 to 2015), and third (2016 to 2019) quadrennium and one biennium (2020 to 2021), and all data were analyzed using the GraphPad Prism; statistical significance was set at p < 0.05. Results: a total of 9,502,378 hospitalizations due to respiratory diseases were registered between 2008 and 2021. The south and southeast region presented the highest hospitalization and mortality rate (respectively) in the age group ≥ 80 years and both sexes. Also, respiratory diseases caused 1,170,504 deaths, with a mortality rate of 12.32%. Conclusion: respiratory diseases affected the Brazilian population and impaired the health system, especially the hospital environment. The south region was the most affected, and the aging process contributed to the increased incidence of respiratory diseases.
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CINTIA ALICE DO NASCIMENTO LIMA
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Estimulação transcraniana por corrente continua (ETCC) em pacientes com polineuropatia diabética dolorosa: protocolo para um ensaio clínico randomizado.
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Orientador : RODRIGO PEGADO DE ABREU FREITAS
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MEMBROS DA BANCA :
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FABIANNA RESENDE DE JESUS MORALEIDA
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CLECIO GABRIEL DE SOUZA
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RODRIGO PEGADO DE ABREU FREITAS
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Data: 13/04/2023
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Introdução: A Diabetes mellitus é uma doença que apresenta altas taxas de prevalência em todo o mundo, em especial o Brasil, onde 16% dos pacientes são acometidos pela Polineuropatia diabética dolorosa, sendo que os tratamentos atuais baseiam-se principalmente em intervenções farmacológicas. A estimulação transcraniana por corrente contínua (ETCC), é uma técnica que promove neuromodulação cerebral, induzindo alterações na excitabilidade do córtex humano promovendo efeitos fisiológicos que se estendem a aspectos físicos e comportamentais. Desta forma, podendo ser um tratamento potencial para o tratamento da dor crônica nesta população. Objetivo: O objetivo primário deste estudo é analisar os efeitos da aplicação da ETCC sobre a dor em pacientes com polineuropatia diabética dolorosa. Metodologia: Trata-se de um protocolo de um ensaio clínico randomizado controlado, duplo cego, de 2 braços, com participação de indivíduos de ambos os sexos, na faixa etária de 30 a 69 anos, com um total de 36 participantes divididos em um grupo ativo e um grupo sham. Serão administradas um total de cinco sessões consecutivas, sendo uma sessão por dia, com duração de 20 minutos através de uma corrente com intensidade de 2 mA, mediante o uso da ETCC aplicada ao córtex motor primário (montagem C3/Fp2). Todos os participantes serão avaliados quanto à dor, funcionalidade, qualidade de vida, força muscular e sono no início do estudo, imediatamente após a 5a sessão e 30 dias após a intervenção. Resultados esperados: A aplicação da ETCC na montagem sugerida no protocolo já é preconizada para síndromes dolorosas, desta forma, espera-se a melhora das variáveis estudadas no grupo ativo, fortalecendo o uso do recurso como forma de tratamento para essa população. Portanto, a ETCC poderia ser utilizada como método alternativo não farmacológico ao tratamento da polineuropatia diabética dolorosa.
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Introduction: Diabetes mellitus is a disease that has high prevalence rates worldwide, especially in Brazil, where 16% of patients are affected by painful diabetic polyneuropathy, and current treatments are mainly based on pharmacological interventions. Transcranial direct current stimulation (tDCS) is a technique that promotes brain neuromodulation, inducing changes in the excitability of the human cortex, promoting physiological effects that extend to physical and behavioral aspects. Thus, it may be a potential treatment for the treatment of chronic pain in this population. Objective: The primary objective of this study is to analyze the effects of tDCS application on pain in patients with painful diabetic polyneuropathy. Methodology: This is a protocol of a randomized controlled, double-blind, 2-arm clinical trial, with the participation of individuals of both sexes, aged 30 to 69 years, with a total of 36 participants divided into a group active and a sham group. A total of five consecutive sessions will be administered, one session per day, lasting 20 minutes through a current with an intensity of 2 mA, using tDCS applied to the primary motor cortex (C3/Fp2 assembly). All participants will be evaluated for pain, functionality, quality of life, muscle strength and sleep at baseline, immediately after the 5th session and 30 days after the intervention. Expected results: The application of tDCS in the setup suggested in the protocol is already recommended for painful syndromes, thus, it is expected the improvement of the variables studied in the active group, strengthening the use of the resource as a form of treatment for this population. Therefore, tDCS could be used as a non-pharmacological alternative method for the treatment of painful diabetic polyneuropathy.
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POLIANNE ANGELLA OLIVEIRA FIGUEIREDO
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COMPARAÇÃO DA FUNCIONALIDADE ENTRE MULHERES BRASILEIRAS COM E SEM DISFUNÇÃO SEXUAL: Um estudo transversal
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Orientador : Vanessa Patrícia Soares de Sousa
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MEMBROS DA BANCA :
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ISABELLE EUNICE DE ALBUQUERQUE PONTES MELO LEITE
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ADRIANA GOMES MAGALHAES
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ALINE BRAGA GALVAO SILVEIRA FERNANDES
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Data: 28/04/2023
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Introdução: A sexualidade humana é multifatorial e depende da integração de determinantes psicológicos, biológicos, relacionais e socioculturais. Assim, a disfunções sexuais e os fatores relacionados a ela podem impactar a funcionalidade de mulheres em idade reprodutiva. Objetivo: Comparar a funcionalidade entre mulheres adultas brasileiras, em idade reprodutiva, cisgênero e heterossexuais com e sem disfunção sexual. Para fins de apresentação da dissertação, foram construídos 3 artigos com os seguintes objetivos: ARTIGO 1 - analisar a associação entre presença autopercebida de disfunções sexuais e os resultados do FSFI, bem como entre a idade cronológica e as a função sexual de mulheres brasileiras, cisgêneros e heterossexuais em idade reprodutiva. ARTIGO 2 - identificar a prevalência de disfunções sexuais, comparar a funcionalidade entre mulheres brasileiras com e sem disfunção sexual e analisar a associação entre alterações da funcionalidade e presença de disfunção sexual (DS). ARTIGO 3 - Estimar a chance de ocorrência de alterações da funcionalidade, considerando a presença de disfunção sexual, autopercepção sobre a qualidade da vida sexual, conhecimento sobre a resposta sexual feminina, informação sobre disfunções sexuais e idade. Metodologia: Estudo analítico transversal. O protocolo de pesquisa foi autoaplicável e online (Google Forms), constando de Ficha de caracterização, do Índice de Função Sexual Feminino (FSFI) e do WHO Disability Assessment Schedule (WHODAS 2.0). Participaram do estudo as mulheres que atenderam aos seguintes critérios de inclusão: ter entre 18 e 49 anos; ser sexualmente ativas há, pelo menos, 4 semanas; se identificassem como mulheres cisgênero e de orientação heterossexual e ter acesso à internet. O armazenamento e tratamento estatísticos dos dados foi realizado usando-se o SPSS (versão 20.0, IBM). A técnica de bootstrapping foi utilizada para adequar as variáveis quantitativas ao pressuposto de distribuição paramétrica e o nível de significância adotado foi de p<0,05. ARTIGO 1 – Participaram 285 mulheres. Para análise dos dados foram utilizados os seguintes testes: teste de Qui-quadrado de independência (χ2) para analisar a associação entre presença autopercebida de disfunção sexual (DS) e presença de DS, segundo o FSFI. O teste de correlação de Pearson foi usado para investigar a relação entre idade e a função sexual (FSFI). ARTIGO 2 - A amostra final foi constituída por 285 participantes, divididas em Grupo Controle (GC, sem disfunção sexual, n= 168) e Grupo de Estudo (GE, com disfunção sexual, n= 117). Foram utilizados teste T de Student para amostras independentes com correção de Welch e teste do Qui-quadrado (χ2). ARTIGO 3 – A amostra contou com 307 mulheres divididas em Grupo Controle (GC, sem disfunção sexual, n= 186) e Grupo de Estudo (GE, com disfunção sexual, n= 121) Para análise dos dados foi utilizado o Teste T de Student para amostras independentes com correção de Welch para a comparação da funcionalidade entre mulheres com e sem disfunção sexual em seguida foi realizada uma regressão logística binária, com método Enter, para analisar quais variáveis, relacionadas à função sexual poderiam prever alterações na funcionalidade. Resultados: ARTIGO 1 (n=285) - Participaram desta pesquisa mulheres com idade média de idade foi de 29,57±7,11 anos. Obteve-se associação moderada (V de Cramer = 0,59) entre a presença autopercebida de disfunção sexual e o diagnóstico gerado pela aplicação do FSFI (χ2(2) = 91,50; p<0,001). Observou-se correlação fraca, negativa e estatisticamente significativa entre idade e o domínio desejo do FSFI (r= -0.12; p=0.03; r2=1.44). ARTIGO 2 (n=285) - Em relação à prevalência e tipos de disfunções, as mais recorrentes foram: desejo hipoativo (27%), alterações na excitação (22,8%), disorgasmia (21,1%) e dispareunia (18,6%). Observou-se que, mulheres com disfunção sexual apresentam maior impacto da funcionalidade quando comparadas àquelas sem disfunção (p=0,001; IC95% [7,50 a 14,77]). Há diferenças significativas em todos os domínios do WHODAS 2.0, destacando-se, as “relações interpessoais”, a “cognição” e a “participação”. ARTIGO 3 (n=307) – Mulheres sem e com disfunção sexual apresentam impacto de grau leve na funcionalidade. Entretanto, aquelas com disfunção apresentam maiores escores (geral e por domínio) do WHODAS, quando comparadas às sem disfunção sexual (p=0,001; [CI95%: 7,02 a 14,04]). O modelo de predição para alteração da funcionalidade nas participantes foi estatisticamente significativo (X2(4)=28,25; p<0,001), sendo capaz de prever adequadamente 62,2% dos casos. Mulheres com boa autoavaliação da QVS têm 27% menos chances de apresentar alterações da funcionalidade, em relação àquelas com uma autoavaliação ruim da vida sexual (Exp(B)=0,27 [IC95%= 0,15 a 0,48]). Conclusão: ARTIGO 1 - Mulheres que autopercebem a presença de disfunção sexual (DS) têm 68% mais chances de, de fato, apresentarem DS quando avaliadas pelo FSFI. Observou-se que, com o avançar da idade há uma diminuição da função sexual, no que diz respeito à fase do desejo. ARTIGO 2 - Quando comparadas às mulheres sem DS, aquelas que apresentam disfunção têm maior impacto da funcionalidade geral, com destaque para as relações interpessoais, cognição e participação. Obteve-se associação fraca entre alteração da funcionalidade geral (e por domínio) e a presença de disfunção sexual. Porém, observou-se que, mulheres com disfunção sexual, têm de 43% a 78% mais chances de apresentarem alterações na funcionalidade, em relação àquelas sem disfunção. ARTIGO 3 - Mulheres com boa autoavaliação da Qualidade de Vida Sexual têm 27% menos chances de apresentar alterações da funcionalidade, em relação àquelas com uma autoavaliação ruim da vida sexual, independente da situação conjugal, do conhecimento sobre disfunção sexual e sobre a resposta sexual feminina.
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Introduction: Human sexuality is multifactorial and depends on the integration of psychological, biological, relational and sociocultural determinants. Thus, sexual dysfunction and factors related to it can impact the functionality of women of reproductive age. Objective: To compare functionality among adult Brazilian women of reproductive age, cisgender and heterosexual with and without sexual dysfunction. For the purpose of presenting the dissertation, 3 articles were constructed with the following objectives: ARTICLE 1 - to analyze the association between the self-perceived presence of sexual dysfunctions and the results of the FSFI, as well as between chronological age and sexual function in Brazilian cisgender women and heterosexuals of reproductive age. ARTICLE 2 - Identify the prevalence of sexual dysfunctions, compare functionality among Brazilian women with and without sexual dysfunction and analyze the association between changes in functionality and the presence of sexual dysfunction (SD) ARTICLE 3 - Estimate the chance of occurrence of changes in functionality, considering the presence of sexual dysfunction, self-perception about the quality of sexual life, knowledge about female sexual response, information about sexual dysfunction and age. Methodology: Cross-sectional analytical study. The research protocol was self-administered and online (Google Forms), consisting of a characterization form, the Female Sexual Function Index (FSFI) and the WHO Disability Assessment Schedule (WHODAS 2.0). The women who met the following inclusion criteria participated in the study: being between 18 and 49 years old; being sexually active for at least 4 weeks; identify themselves as cisgender and heterosexual women and have access to the internet. Statistical data storage and treatment was performed using SPSS (version 20.0, IBM). The bootstrapping technique was used to adjust the quantitative variables to the assumption of parametric distribution and the significance level adopted was p<0.05. ARTICLE 1 – 285 women participated. For data analysis, the following tests were used: Chi-square test of independence (χ2) to analyze the association between self-perceived presence of sexual dysfunction (SD) and presence of SD, according to the FSFI. Pearson's correlation test was used to investigate the relationship between age and sexual function (FSFI). ARTICLE 2 - The final sample consisted of 285 participants, divided into Control Group (CG, without sexual dysfunction, n=168) and Study Group (SG, with sexual dysfunction, n=117). Student's t test for independent samples with Welch correction and Chi-square test (χ2) were used. ARTICLE 3 – The sample consisted of 307 women divided into a Control Group (CG, without sexual dysfunction, n= 186 ) and a Study Group (SG, with sexual dysfunction, n= 121). For data analysis, Student 's T Test was used for independent samples with Welch correction to compare functioning between women with and without sexual dysfunction, then a binary logistic regression was performed, with the Enter method, to analyze which variables, related to sexual function could predict changes in functionality. Results: ARTICLE 1 (n=285) - Women with an average age of 29.57±7.11 years participated in this research. A moderate association (Cramer 's V = 0.59) was obtained between the self-perceived presence of sexual dysfunction and the diagnosis generated by the application of the FSFI (χ2(2)=91.50; p<0.001). There was a weak, negative and statistically significant correlation between age and the desire domain of the FSFI (r= -0.12; p=0.03; r 2 =1.44). ARTICLE 2 (n=285) - Regarding the prevalence and types of disorders, the most recurrent were: hypoactive desire (27%), changes in arousal (22.8%), dysorgasmia (21.1%) and dyspareunia (18.6%). It was observed that women with sexual dysfunction have a greater impact on functioning when compared to those without dysfunction (p=0.001; 95%CI [7.50 to 14.77]). There are significant differences in all domains of WHODAS 2.0, with emphasis on “interpersonal relationships”, “cognition” and “participation”. ARTICLE 3 (n= 307 ) – Women with and without sexual dysfunction have a mild impact on functionality. However, those with sexual dysfunction had higher WHODAS scores (overall and by domain) when compared to those without sexual dysfunction (p= 0.001; [CI95%: 7.02 to 14.04]). The prediction model for changes in functionality in the participants was statistically significant (X2(4)=28.25; p<0.001), being able to adequately predict 62.2% of cases. Women with a good self-assessment of QOL are 27% less likely to have changes in functionality compared to those with a poor self-assessment of their sexual life (Exp(B)=0.27 [ CI95 %= 0.15 to 0.48]). Conclusion: ARTICLE 1 -Women who self-perceived the presence of sexual dysfunction (SD) are 68% more likely to actually have SD when evaluated by the FSFI. It was observed that, with advancing age, there is a decrease in sexual function, with regard to the desire phase. ARTICLE 2 - When compared to women without SD, those with dysfunction have a greater impact on general functionality, with emphasis on interpersonal relationships, cognition and participation. We found a weak association between changes in general functionality (and by domain) and the presence of sexual dysfunction. However, it was observed that women with sexual dysfunction are 43% to 78% more likely to have changes in functionality compared to those without dysfunction. ARTICLE 3 - Women with a good self-assessment of Quality of Sexual Life are 27% less likely to have changes in functionality compared to those with a poor self-assessment of their sexual life, regardless of marital status, knowledge about sexual dysfunction and female sexual response.
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JANIELE JOAQUIM DA SILVA
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PERFIL DE FUNCIONALIDADE DA POPULAÇÃO DE PESSOAS ADULTAS E IDOSAS DE SANTA CRUZ-RN: ESTUDO MDS-BRASIL
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Orientador : NUBIA MARIA FREIRE VIEIRA LIMA
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MEMBROS DA BANCA :
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ALINE BRAGA GALVAO SILVEIRA FERNANDES
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CLECIO GABRIEL DE SOUZA
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LUCIANA PROTASIO DE MELO
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Data: 28/06/2023
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Introdução: O instrumento Model Disability Survey (MDS) foi elaborado pela OMS e pelo Banco Mundial (BM) baseado no arcabouço da CIF. O MDS representa uma revolução no conceito de medição de incapacidade e o instrumento foi elaborado para ser aplicado em pessoas maiores de 18 anos com ou sem incapacidade. O MDS permite mapear o perfil de funcionalidade e incapacidade através da aplicação do questionário em formato de inquérito populacional, tendo como principal objetivo gerar dados valiosos que possam interferir na melhoria da qualidade de vida das pessoas com diferentes condições de saúde e níveis de incapacidade. Estudos pilotos e inquéritos populacionais regionais e nacionais com uso do MDS foram instituídos em diversos países do mundo. O MDS foi traduzido e adaptado transculturalmente para uso no Brasil (MDS-Brasil) em 2021. Objetivo: Avaliar o perfil de funcionalidade, descrever o perfil sociodemográfico, mobilidade, uso das mãos e braços, auto cuidados, visão, audição, dor, energia e impulso, respiração, emoções, relações interpessoais, lidar com o estresse, comunicação, cognição, tarefas domésticas, participação na comunidade e cidadania, capacidade de cuidar dos outros e trabalho/estudos, descrever a distribuição dos níveis de incapacidade relativos aos aspectos mobilidade, atividades e participação e associar os níveis de incapacidade dos aspectos mobilidade, atividades e participação e funções do corpo com faixa etária, gênero, estado civil e cor/raça da população adulta e idosa de Santa Cruz -RNMétodos: A pesquisa foi realizada no município de Santa Cruz-RN, com adultos maiores de 18 anos com e sem incapacidade. Foram usados o questionário, manual e cartões de apresentação do MDS-Brasil. Os dados foram coletados entre outubro e novembro de 2022, no domicílio de 504 participantes de diferentes setores censitários do município. Os participantes foram contactados presencialmente e informados sobre o projeto de pesquisa. A entrevista foi conduzida em recinto reservado do domicílio com o uso de tablets para a coleta dos dados. O tempo médio de entrevista foi de 48 minutos. Foram analisadas as respostas dos módulos 1000 e 4000 do MDS-Brasil e empregadas análises descritivas e inferenciais (Análise de Rasch e Teste qui-quadrado) com nível de significância de 5%. Resultados: 76,4% da amostra é do gênero feminino, 55,6% possuía idade entre 25 e 59 anos e 31,7% com 60 anos ou mais. A maioria declarou estar casada ou em união estável, ter entre 9 e 12 anos de estudos e ser de cor parda. As atividades como chegar onde deseja ir, ficar de pé por longos períodos de tempo, praticar esportes e percorrer um quilômetro apresentaram, limitações visuais e auditivas como enxergar de longe e ouvir outra pessoa em um local barulhento, sentir-se cansado, sem energia, preocupação, nervosismo, tristeza, desânimo, depressão, ansiedade, dor no dia a dia, cortar as unhas dos pés, ter esquecimentos, realizar as tarefas domésticas e participar de organizações políticas locais foram as atividades que obtiveram significativos porcentagens que indicam incapacidades. Conclusões: O perfil de funcionalidade da população santacruzense é marcado por incapacidades moderadas e graves relativas à mobilidade humana, atividades e participação e funções do corpo, afetando especialmente mulheres e pessoas idosas. As incapacidades mais relevantes foram relacionadas à mobilidade, visão, audição, dor, energia e impulso, emoções, lidar com o estresse, cognição e participação na comunidade e cidadania.
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Introduction: The Model Disability Survey (MDS) instrument was developed by the WHO and the World Bank (WB) based on the ICF framework. The MDS represents a revolution in the concept of measuring disability and the instrument was designed to be applied to people over 18 years of age with or without disability. The MDS allows mapping the functionality and disability profile through the application of the questionnaire in a population survey format, with the main objective of generating valuable data that may interfere with the improvement of the quality of life of people with different health conditions and levels of disability. Pilot studies and regional and national population surveys using the MDS were instituted in several countries around the world. The MDS was translated and cross-culturally adapted for use in Brazil (MDS-Brasil) in 2021. Objective: To assess the functionality profile, describe the sociodemographic profile, mobility, use of hands and arms, self-care, vision, hearing, pain, energy and drive, breathing, emotions, interpersonal relationships, dealing with stress, communication, cognition, household chores, participation in the community and citizenship, ability to care for others and work/studies, describe the distribution of disability levels related to mobility aspects, activities and participation and to associate the disability levels of the aspects mobility, activities and participation and body functions with age group, gender, marital status and color/race of the adult and elderly population of Santa Cruz -RN Methods: The research was carried out in the municipality from Santa Cruz-RN, with adults over 18 years old with and without disability. The MDS-Brasil questionnaire, manual and presentation cards were used. Data were collected between October and November 2022, at the homes of 504 participants from different census tracts in the municipality. Participants were contacted in person and informed about the research project. The interview was conducted in a private room in the home, using tablets for data collection. The average interview time was 48 minutes. The responses of modules 1000 and 4000 of the MDS-Brasil were analyzed and descriptive and inferential analyzes were used (Rasch analysis and chi-square test) with a significance level of 5%. Results: 76.4% of the sample was female, 55.6% were between 25 and 59 years old and 31.7% were 60 years old or older. Most declared to be married or in a stable union, to have between 9 and 12 years of education and to be brown. Activities such as getting where you want to go, standing for long periods of time, playing sports and walking a kilometer presented visual and auditory limitations such as seeing from afar and hearing another person in a noisy place, feeling tired, without energy, worry, nervousness, sadness, discouragement, depression, anxiety, pain in everyday life, cutting toenails, having forgetfulness, doing household chores and participating in local political organizations were the activities that obtained large percentages that indicate disabilities. Conclusions: The functioning profile of the santacruzense population is marked by moderate and severe disabilities related to human mobility, activities and participation and body functions, especially affecting women and the elderly. The most relevant disabilities were: mobility, vision, hearing, pain, energy and drive, emotions, dealing with stress, cognition and participation in the community and citizenship.
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JEAN BENDITO FELIX
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GO ZIKA GO: AVALIAÇÃO DA VIABILIDADE DE CARROS DE BRINQUEDO MOTORIZADOS MODIFICADOS PARA A MOBILIDADE DE CRIANÇAS COM SÍNDROME CONGÊNITA DO ZIKA (SCZ)
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Orientador : EGMAR LONGO HULL
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MEMBROS DA BANCA :
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ADRIANA GOMES MAGALHAES
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ADRIANA NEVES DOS SANTOS
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ANA CAROLINA DE CAMPOS
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CLARICE RIBEIRO SOARES ARAÚJO
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EGMAR LONGO HULL
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ISABELLY CRISTINA RODRIGUES REGALADO MOURA
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Data: 29/06/2023
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Introdução: As características clínicas da Síndrome Congênita do Zika (SCZ) incluem uma série de comprometimentos e atrasos, principalmente, nos aspectos cognitivos e motores, com quadro similar a Paralisia Cerebral (PC). O mau prognóstico no desempenho motor de crianças com SCZ levanta questionamentos sobre as possibilidades de participação dessas crianças no cotidiano. A literatura aponta que a mobilidade motorizada é uma possibilidade viável e eficaz de intervenção para crianças com deficiência motora, com impactos positivos no desenvolvimento geral, mobilidade independente, nas funções corporais, nas atividades e participação. O projeto Go Zika Go foi criado para possibilitar às crianças com SCZ um modelo de intervenção com foco nos resultados de participação, utilizando carros de brinquedos motorizados modificados, buscando testar a viabilidade dessa intervenção. Objetivo: Determinar a viabilidade de uma intervenção de mobilidade motorizada para crianças com diagnóstico de SCZ sem prognóstico de deambulação, incluindo aceitabilidade e eficácia preliminar. Materiais e Métodos: Trata-se de um estudo de viabilidade longitudinal pré e pós intervenção, realizada na Clínica Escola de Fisioterapia da Faculdade de Ciências da Saúde do Trairi (Facisa/UFRN) com quatros crianças com diagnóstico de SCZ. Para este estudo foram considerados como desfechos primários a aderência, medida pelo comparecimento às sessões de intervenção, a satisfação, medida pelas ferramentas Quebec User Evaluation of Satisfaction with assistive Technology (QUEST) e Questionário de Percepção de Satisfação, e a aprendizagem na mobilidade, classificada pelo Assessment of Learning Powered Mobility (ALP). Os desfechos secundários relacionados ao efeito da intervenção foram o alcance de metas avaliado através da Goal Attainment Scaling (GAS), a mobilidade e a função social com a Pediatric Evaluation of Disability Inventory – Computer Adaptive-test (PEDI-CAT), e a participação através da Young Children’s Participation and Environment Measure (YC-PEM) ou Participation and Environment Measure for Children and Youth (PEM-CY). A intervenção com os carros modificados teve uma duração de 12 semanas de treinamento e 4 semanas de follow-up, com frequência de três vezes por semana e dosagem de 40 minutos. Foram realizadas análises estatísticas descritivas para os dados sociodemográficos, classificação motora das crianças, dados da viabilidade da intervenção (aderência, dados de satisfação e aprendizagem com a ALP), GAS, YC-PEM/PEM-CY e PEDI-CAT. Para explorar os efeitos da intervenção, nos dados do YC-PEM/PEM-CY e PEDI-CAT (mobilidade e social/cognitivo), o teste de Wilcoxon foi aplicado comparando as mudanças entre a semana 0 antes da intervenção, e dezesseis semanas após a intervenção, também foram utilizadas as medidas de erro padrão para verificar mudanças nos domínios do PEDI-CAT. Resultados: Mediana da idade das crianças com SCZ incluidas no estudo foi de 4,75 anos, duas do sexo feminino e duas do sexo masculino, 3 classificadas através do Gross Motor Function Classification System (GMFCS) como nível V e uma nível IV. Os resultados mostraram aderência de 75% do tempo total da intervenção, familiares satisfeitos ou muito satisfeitos, e ganhos na aprendizagem do uso dos carros após a intervenção, e pode indicar que a intervenção Go Zika Go é viável. Também mostrou-se possível no aumento do alcance das metas estabelecidas com base na GAS. As mudanças nas medianas do PEDICAT e resultados de participação não foram estatisticamente significativas. Mudanças individuais foram percebidas pelas análises do erro padrão nos domínios de mobilidade e social/cognitivo. Conclusão: A intervenção com carros de brinquedo modificados demonstrou ser viável para fornecer às crianças com SCZ o alcance de metas, satisfação e aprendizagem de uso do carro modificado. O uso da mobilidade motorizada pode ser considerada uma alternativa viável para crianças com SCZ. Sugere-se o desenvolvimento de ensaios clínicos para explorar o efeito da intervenção nos ganhos funcionais e participação das crianças com SCZ.
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Introduction: The clinical characteristics of Congenital Zika Syndrome (CZS) include a series of impairments and delays, mainly in cognitive and motor aspects, with a similar picture to Cerebral Palsy (CP). The poor prognosis in the motor performance of children with CZS raises questions about the possibilities of these children's participation in everyday life. The literature points out that motorized mobility is a viable and effective possibility of intervention for children with motor disabilities, with positive impacts on general development, independent mobility, bodily functions, activities and participation. The Go Zika Go project was created to provide children with CZS with an intervention model focused on participation results, using modified motorized toy cars, seeking to test the feasibility of this intervention. Objective: To determine the feasibility of a motorized mobility intervention for children diagnosed with CZS without a prognosis for ambulation, including acceptability and preliminary efficacy. Materials and Methods: This is a pre- and post-intervention longitudinal feasibility study, carried out at the Clínica Escola de Fisioterapia of the Faculdade de Ciências da Saúde do Trairi (Facisa/UFRN) with four children diagnosed with CZS. For this study, adherence, measured by attendance at intervention sessions, satisfaction, measured by the Quebec User Evaluation of Satisfaction with Assistive Technology (QUEST) and Satisfaction Perception Questionnaire tools, and mobility learning, classified as by the Assessment of Learning Powered Mobility (ALP). Secondary outcomes related to the effect of the intervention were goal achievement assessed using the Goal Attainment Scaling (GAS), mobility and social function using the Pediatric Evaluation of Disability Inventory – Computer Adaptive-test (PEDI-CAT), and participation through the Young Children's Participation and Environment Measure (YC-PEM) or Participation and Environment Measure for Children and Youth (PEM-CY). The intervention with the modified cars lasted 12 weeks of training and 4 weeks of follow-up, with a frequency of three times a week and a dosage of 40 minutes. Descriptive statistical analyzes were performed for sociodemographic data, children's motor classification, intervention feasibility data (adherence, satisfaction data and learning with ALP), GAS, YC-PEM/PEM-CY and PEDI-CAT. To explore the effects of the intervention, on the YC-PEM/PEM-CY and PEDI-CAT data (mobility and social/cognitive), the Wilcoxon test was applied comparing the changes between week 0 before the intervention, and sixteen weeks after the intervention, standard error measures were also used to verify changes in the PEDI-CAT domains. Results: Median age of children with CZS included in the study was 4.75 years, two females and two males, 3 classified using the Gross Motor Function Classification System (GMFCS) as level V and one as level IV. The results showed adherence of 75% of the total intervention time, satisfied or very satisfied family members, and gains in learning how to use ride-on cars after the intervention, and may indicate that the Go Zika Go intervention is feasible. It also proved possible to increase the scope of the goals established based on the GAS. Changes in PEDI-CAT medians and participation outcomes were not statistically significant. Individual changes were perceived by the standard error analyzes in the mobility and social/cognitive domains. Conclusion: Intervention with modified toy cars proved to be feasible to provide children with CZS with goal achievement, satisfaction and learning to use the modified car. The use of motorized mobility can be considered a viable alternative for children with CZS. We suggest the development of clinical trials to explore the effect of the intervention on the functional gains and participation of children with CZS.
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AMANDA SPINOLA BARRETO
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Experiências de crianças com Síndrome Congênita do Zika durante a utilização da mobilidade motorizada: um estudo qualitativo usando o método Photovoice
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Orientador : EGMAR LONGO HULL
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MEMBROS DA BANCA :
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ADRIANA GOMES MAGALHAES
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EGMAR LONGO HULL
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MARIA DO SOCORRO NUNES GADELHA
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PAULA SILVA DE CARVALHO CHAGAS
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Data: 30/06/2023
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Introdução: A maioria das crianças com síndrome congênita do Zika (SCZ) apresenta deficiência motora grave, sem prognóstico para deambulação independente. Embora a mobilidade seja um direito humano, muitas crianças com deficiência não possuem uma forma de locomoção independente. A mobilidade motorizada precoce com carros de brinquedo motorizados permite a locomoção independente em vários ambientes e pode beneficiar funções corporais, atividade e participação, além de contribuir para as habilidades sociais e autoestima. Sendo assim, o objetivo deste estudo foi explorar a percepção das mães de crianças com SCZ sobre as experiências das crianças durante a utilização dos carros de brinquedo em casa e na comunidade.
Métodos: Esta Pesquisa-Ação Participativa (PAR) foi realizada por meio do método photovoice e obteve aprovação ética com parecer de número 3.980.703/2020. As mães de quatro crianças com SCZ, participantes do projeto de intervenção “Go Zika Go”, foram incluídas no estudo. A pesquisa teve início a partir da distribuição dos carros de brinquedo modificados para utilização em casa e na comunidade e incluiu seis etapas: 1) Apresentação das perguntas guia e treinamento para realização do Photovoice; 2) Captura das fotos pelas participantes; 3) Entrevista individual para contextualização das fotos; 4) Transcrição e análise dos dados, utilizando os princípios da análise temática; 5) Validação das análises pelas mães; e, 6) Exposição das fotos para a comunidade. Todas as etapas foram realizadas remotamente, com exceção da exposição, que foi realizada na UFRN-Facisa.
Resultados: As mães e pesquisadores selecionaram as 21 fotografias mais relevantes. Cinco temas principais emergiram dos dados analisados, relacionados ao uso dos carros de brinquedo motorizados: 1) Experiências de participação, 2) Independência na mobilidade, 3) Características dos dispositivos de mobilidade, 4) Apoio da família e, 5) Acessibilidade do ambiente. Diante das experiências vivenciadas durante a utilização dos carros de brinquedo motorizados, as mães abordaram aspectos como maior socialização, envolvimento e participação em brincadeiras e a expressão de sentimentos como felicidade. Em relação à independência na mobilidade durante o uso dos carros, foram enfatizadas experiências de autonomia, capacidade funcional e a liberdade proporcionada. Sobre as características dos dispositivos de mobilidade, algumas mães mencionaram que as adaptações realizadas nos carros facilitaram o uso, a exemplo do cinto de segurança, enquanto outras não se mostraram satisfeitas, mencionando desconforto durante o uso prolongado. Quanto ao apoio familiar, a disponibilidade de tempo foi abordada como um fator limitante para a utilização dos carros, apesar de seu uso ter favorecido a interação das crianças com seus familiares. Por fim, a acessibilidade do ambiente foi considerada uma barreira para a utilização dos carros na comunidade.
Conclusão: As narrativas das participantes, associadas às fotografias do cotidiano das crianças com SCZ, elucidaram aspectos de funcionalidade, autonomia e participação, reforçando a importância da independência proporcionada pela mobilidade motorizada para crianças com grave comprometimento motor. O uso destes dispositivos favorece a equidade em sua integralidade, favorecendo a quebra de barreiras sociais e culturais, permitindo que as crianças com SCZ possam participar, como seus pares sem deficiência.
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Introduction: Most children with congenital Zika syndrome (CZS) have severe motor impairment, with no prognosis for independent walking. Although mobility is a human right, many children with disabilities do not have an independent form of locomotion. Early powered mobility with ride-on cars allows independent locomotion in various environments and can benefit body functions, activity and participation, as well as contributing to social skills and self-esteem. Therefore, the aim of this study was to explore the perception of mothers of children with CZS about their children's experiences while using ride-on cars at home and in the community.
Methods: This Participatory Action Research (PAR) was carried out using the photovoice method and obtained ethical approval with opinion number 3.980.703/2020. The mothers of four children with CZS, participants in the “Go Zika Go” intervention project, were included in the study. The research began with the distribution of modified ride-on cars for use at home and in the community and included six stages: 1) Presentation of the guide questions and training to use Photovoice; 2) Capture of photos by the participants; 3) Individual interview to contextualize the photos; 4) Transcription and analysis of data, using the principles of thematic analysis; 5) Validation of analyzes by mothers; and, 6) Exhibition of photos to the community. All stages were carried out remotely, with the exception of the exhibition, which was held at UFRN-Facisa.
Results: Mothers and researchers selected the 21 most relevant photographs. Five main themes emerged from the analyzed data, related to the use of ride-on cars: 1) Experiences of participation, 2) Independence in mobility, 3) Characteristics of mobility devices, 4) Family support and, 5) Accessibility of the environment. Faced with the experiences experienced while using the ride-on cars, the mothers addressed aspects such as greater socialization, involvement and participation in games and the expression of feelings such as happiness. Regarding independence in mobility while using ride-ob cars, experiences of autonomy, functional capacity and the freedom provided were emphasized. Regarding the characteristics of the mobility devices, some mothers mentioned that the adaptations made to the ride-on cars facilitated their use, such as the seat belt, while others were not satisfied, mentioning discomfort during prolonged use. As for family support, the availability of time was approached as a limiting factor for the use of ride-on cars, although their use favored the interaction of children with their families. Finally, the accessibility of the environment was considered a barrier to the use of ride-on cars in the community.
Conclusion: The participants' narratives, associated with photographs of the daily lives of children with CZS, elucidated aspects of functioning, autonomy and participation, reinforcing the importance of independence provided by powered mobility for children with severe motor impairment. The use of these devices favors equity in its entirety, favoring the breakdown of social and cultural barriers, allowing children with CZS to participate, like their peers without disabilities.
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PRISCILA ACSA DA SILVA ESTEVAM
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ANÁLISE DO BEM-ESTAR E A FUNCIONALIDADE DE MULHERES RESIDENTES EM SANTA CRUZ-RN POR MEIO DO INSTRUMENTO MODEL DISABILITY SURVEY (MDS) - Brasil
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Orientador : ADRIANA GOMES MAGALHAES
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MEMBROS DA BANCA :
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ADRIANA GOMES MAGALHAES
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GRASIELA NASCIMENTO CORREIA
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LEONILDO SANTOS DO NASCIMENTO JUNIOR
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Data: 30/06/2023
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Introdução: O bem-estar é caracterizado por um construto multifatorial e multidimensional e representa as condições e avaliação do indivíduo frente a percepção e satisfação geral com sua própria vida mediante fatores objetivos e subjetivos. Nas mulheres, fatores como a desigualdade de gênero, baixo auto-estima, tripla jornadas de trabalho, presença de doenças crônicas, dentre outros, podem acarretar prejuízos a sua saúde e bem-estar. Objetivo Geral: Analisar o bem-estar e a funcionalidade de mulheres residentes em Santa Cruz-RN por meio do instrumento Model Disability Survey (MDS)-Brasil. Objetivo Artigo 01: realizar a comparação do bem-estar das mulheres e a funcionalidade para os aspectos de mobilidade e funções do corpo por meio do instrumento Model Disability Survey (MDS)-Brasil. Objetivo artigo 02: Comparar o bem-estar e a atividade e participação de mulheres por meio do instrumento MDS-Brasil. Métodos: Estudo transversal de base populacional, realizado a partir de dados de uma pesquisa maior através da aplicação do instrumento MDS. A amostra foi composta por um total de 385 mulheres, que aceitaram participar da pesquisa, com idade de 19 a 88 anos, foram excluídas mulheres para o domínio funções do corpo e atividades e participação em virtude do elevado número de respostas incompletas. As variáveis analisadas foram itens sociodemográficos e econômicos, módulo de funcionalidade e módulo de bem-estar, sendo este último dividido em qualidade de vida, solidão e bem-estar. Foram realizadas análises descritivas utilizando média e desvio padrão, frequências simples e relativas, prevalências e intervalos de confiança, assim como, análise inferencial comparativa através do Kruskall Wallis e Mann Whitney, para a normalidade o teste Kolmogorov-Smirnov (K-S). Resultados Artigo 01: As mulheres apresentaram uma média de idade de 50,36, a maioria relatou ter parceiro (51,4%%), cor/raça parda(44,7%) e não ter trabalho(45,2%). A qualidade de vida geral foi avaliada em boa (49,4%), a maioria relatou estar satisfeita ou muito satisfeita com sua capacidade de desempenhar as atividades de vida diária, consigo mesmo, relações pessoais e condições do local de moradia, principalmente com suas relações (67,5%) e insatisfeitas com a saúde (41%). Menos da metade referiu ter total energia para o dia a dia (42,3%) e dinheiro suficiente (23,1%). Para a solidão, nunca: se sentem sozinhas (55,6%), falta de companhia (54,8%), abandonadas (81,8%) e isoladas dos outros (78,7%). Quanto ao bem-estar, menos da metade das mulheres referiram ter muita: felicidade, entusiasmo e disposição no dia anterior e a maioria disse não ter sentido raiva, frustração, tristeza, estresse, solidão, preocupação, tédio e dor, já o cansaço a maioria das mulheres tiveram sensação de cansaço (57,4%). Mulheres com qualidade de vida ruim ou muito ruim, insatisfeitas e muito insatisfeitas, com mais sentimentos negativos de bem-estar e solidão (G3) apresentaram escores mais altos de incapacidade em relação aos aspectos de mobilidade e funções do corpo com ( p=0,000) na maioria. Para os sentimentos positivos de bem-estar observou que mulheres do G1(nem um pouco) possuem maior incapacidade para aspectos de mobilidade e funções do corpo com ( p=0,000). Artigo 02: Participaram deste estudo 359 mulheres, a maioria das mulheres tinham idade entre 22 a 45 anos (39,2%), união estável/casada (51,4%), eram preta/pardas/outras (62,1%). A maioria tinha qualidade de vida boa ou muito boa (N=232], estavam satisfeitas com sua autopercepção dos aspectos da qualidade de vida, e tinham um pouco ou mais ou menos de dinheiro (N=131). A soma do sentir um pouco, mais ou menos, muito ou com frequência sozinhas (N=155) ou com falta de companhia (N=157) resulta em quase metade da amostra com presença desse sentimentos, A a maioria da mulheres possuem sentimentos positivos de bem-estar, e não referem sentimentos negativos, todavia para o cansaço menos da metade não se sentiram cansadas (N=150). Quanto ao nível de incapacidade observa-se diferenças estatísticas significativas na comparação entre os três grupos de qualidade de vida, solidão e bem-estar sendo a maioria p¹=0,000. Observou-se também que mulheres com qualidade de vida nem boa nem ruim e nem satisfeitas nem insatisfeitas (G2), como também, ruim ou muito ruim e insatisfeitas ou muito insatisfeitas (G3) possuem maior incapacidade do que o G1 com p¹=0,000 exceto para condições de moradia. Isto também repecurte para os sentimentos de solidão, mulheres do G2 e G3 tem maior incapacidade que o G1 em grande parte com p¹=0,000. Para os sentimentos positivos de bem-estar, verificar menor incapacidade para o G3, já para os negativos o G3 apresenta maior incapacidade. Conclusão: Em conclusão, a maioria das mulheres relataram boa qualidade de vida e satisfação, não apresentam sentimentos negativos e possuem sentimentos positivos e bem-estar, todavia, ainda há mulheres com presença de fatores que afetam negativamente o bem-estar e a funcionalidade nos aspectos mobilidade, funções do corpo e atividades e participação dessas mulheres. Observa que quanto pior a avaliação dos aspectos de qualidade de vida, solidão e bem-estar, maior é o escore de incapacidade. Aquelas com qualidade de vida ruim ou muito ruim, insatisfeitas e com sentimentos de solidão, mais cansaço, dor, preocupação, entre outros, possuem maior incapacidade em relação às funções do corpo, mobilidade e atividades e particião com consequente pior comprometimento da funcionalidade.
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Introduction: Well-being is characterized as a multifactorial and multidimensional construct that represents an individual's conditions and overall evaluation of their own life based on objective and subjective factors. In women, factors such as gender inequality, low self-esteem, triple workloads, presence of chronic diseases, among others, can have a negative impact on their health and well-being. General Objective: To analyze the well-being and functionality of women residing in Santa Cruz-RN using the Model Disability Survey (MDS)-Brazil instrument. Article Objective 01: To compare the well-being and functionality of women in terms of mobility and body functions using the Model Disability Survey (MDS)-Brazil instrument. Article Objective 02: To compare the well-being and activity and participation of women using the MDS-Brazil instrument. Methods: This was a cross-sectional population-based study based on data from a larger survey using the MDS instrument. The sample consisted of a total of 385 women who agreed to participate in the study, ranging in age from 19 to 88 years. Women were excluded from the body functions and activity and participation domains due to a high number of incomplete responses. The variables analyzed included sociodemographic and economic items, functionality module, and well-being module, the latter being divided into quality of life, loneliness, and well-being. Descriptive analyses were performed using mean and standard deviation, simple and relative frequencies, prevalences and confidence intervals. Inferential comparative analysis was conducted using the Kruskal-Wallis and Mann-Whitney tests, and normality was assessed using the Kolmogorov-Smirnov (K-S) test. Results Article 01: Women had a mean age of 50.36 years, with the majority reporting having a partner (51.4%), being of mixed race/ethnicity (44.7%), and being unemployed (45.2%). Overall quality of life was rated as good by 49.4% of the participants. The majority reported being satisfied or very satisfied with their ability to perform daily life activities, their self-perception, personal relationships, and housing conditions, especially with their relationships (67.5%), but were dissatisfied with their health (41%). Less than half of the women reported having sufficient energy for daily activities (42.3%) and enough money (23.1%). Regarding loneliness, the majority indicated that they never feel alone (55.6%), lack companionship (54.8%), feel abandoned (81.8%), or feel isolated from others (78.7%). In terms of well-being, less than half of the women reported experiencing a high level of happiness, enthusiasm, and vitality the previous day, while the majority reported not feeling anger, frustration, sadness, stress, loneliness, worry, boredom, or pain. However, the majority of women experienced feelings of tiredness (57.4%). Women with poor or very poor quality of life, dissatisfaction or strong dissatisfaction, and more negative feelings of well-being and loneliness (G3) had higher disability scores in terms of mobility and body functions, with a significant difference (p=0.000) in most cases. For positive feelings of well-being, it was observed that women in G1 (not at all) had higher disability scores in terms of mobility and body functions, with a significant difference (p=0.000). Article 02: This study included 359 women, with the majority falling between the ages of 22 and 45 (39.2%), being in a stable relationship/married (51.4%), and identifying as Black/mixed race/other (62.1%). The majority reported having a good or very good quality of life (N=232), being satisfied with their self-perception of quality of life aspects, and having a moderate or somewhat sufficient amount of money (N=131). The combination of feeling a little, somewhat, frequently alone (N=155) or lacking companionship (N=157) resulted in almost half of the sample experiencing these feelings. Most women had positive feelings of well-being and did not report negative feelings. However, less than half of the women did not feel tired (N=150). Regarding the level of disability, significant statistical differences were observed when comparing the three groups based on quality of life, loneliness, and well-being, with the majority having a p-value of 0.000. It was also observed that women with neither good nor poor quality of life and neither satisfied nor dissatisfied (G2), as well as those with poor or very poor quality of life and dissatisfaction or strong dissatisfaction (G3), had higher disability levels than G1, with a p-value of 0.000, except for housing conditions. This pattern also applies to feelings of loneliness, where women in G2 and G3 have higher disability levels than G1, with a p-value of 0.000 in most cases. Conclusion: In conclusion, the majority of women reported good quality of life and satisfaction, did not experience negative feelings, and had positive well-being. However, there are still women who experience factors that negatively affect their well-being and functionality in terms of mobility, bodily functions, and activities and participation. It was observed that the lower the evaluation of quality of life, loneliness, and well-being, the higher the disability score. Those with poor or very poor quality of life, dissatisfaction, feelings of loneliness, increased fatigue, pain, worry, among others, had higher disability levels in relation to bodily functions, mobility, and activities and participation, resulting in a more significant impairment of functionality.
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CALINE CRISTINE DE ARAUJO FERREIRA JESUS
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Co-construção de uma intervenção para melhorar a participação em atividades de lazer de adolescentes com paralisia cerebral GMFCS IV e V
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Orientador : EGMAR LONGO HULL
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MEMBROS DA BANCA :
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EGMAR LONGO HULL
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ISABELLY CRISTINA RODRIGUES REGALADO MOURA
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MARCELO CARDOSO DE SOUZA
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RAFAEL COELHO MAGALHÃES
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Data: 30/06/2023
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Introdução: O envolvimento do paciente e do público (EPP) em pesquisas que lhes dizem respeito é uma realidade cada vez mais comum em países de alta renda, entretanto, tornam-se necessárias ferramentas para facilitar o engajamento dos participantes, como por exemplo a Matriz de Envolvimento (ME). Adolescentes com Paralisia Cerebral (PC) classificados através do Sistema de Classificação da Função Motora Grossa (GMFCS) nos níveis IV e V geralmente apresentam importantes restrições para participar em atividades de lazer e costumam receber intervenções que priorizam resultados em termos de função e estrutura corporal, que não incorporam um dos principais desfechos em reabilitação que é a participação. Objetivos: Como o objetivo de preencher essa lacuna, a presente pesquisa objetivou: 1) Traduzir a ME para o português brasileiro, a fim de facilitar seu uso e orientar pesquisas colaborativas; e 2) Envolver adolescentes, suas famílias e pesquisadores para co-desenhar um programa de intervenção para promover a participação em atividades de lazer na comunidade de adolescentes com PC GMFCS níveis IV e V e idades entre 12 e 17 anos. Métodos: Trata-se de um estudo qualitativo, baseado em protocolo previamente publicado. A primeira etapa objetivou a tradução dos materiais da ME para o português brasileiro. Após a autorização dos autores, o material traduzido passou por um processo de retro-tradução. Posteriormente, o resultado foi verificado pelos autores da ferramenta, garantindo a precisão semântica e de conteúdo. Na segunda etapa, diferentes grupos de diálogos foram criados para a co-construção da intervenção, em colaboração com adolescentes com PC GMFCS IV e V, suas famílias e profissionais de saúde (fisioterapeutas e terapeutas ocupacionais). A ME foi utilizada para direcionar o engajamento dos participantes na pesquisa e a Medida da Participação e do Ambiente - Crianças e Jovens (PEM-CY) para avaliar a participação dos adolescentes. Entrevistas individuais foram conduzidas para explorar as percepções dos participantes sobre suas experiências ao longo da pesquisa. Resultados: A ME traduzida para o português brasileiro foi disponibilizada no site oficial https://www.kcrutrecht.nl/involvement-matrix/. Participaram da segunda etapa cinco adolescentes com PC, suas mães, três fisioterapeutas e dois terapeutas ocupacionais. Durante a fase de preparação, foram formados grupos de diálogo sobre o conceito de Participação, os resultados da PEM-CY e o que seria uma intervenção para promover a participação. Posteriormente, os participantes co-desenharam a intervenção, considerando os ingredientes necessários, guiados pelo Template for Intervention Description and Replication (TIDieR). O produto final foi apresentado a um grupo externo à pesquisa para validação. As entrevistas revelaram satisfação com a intervenção, bem como, em participar da pesquisa. Conclusões: Os diversos materiais da ME estão adequadamente traduzidos e disponíveis gratuitamente para uso no Brasil. O engajamento dos adolescentes e suas famílias na pesquisa trouxe benefícios, permitindo que suas vozes fossem ouvidas na construção de uma intervenção para promover a participação.
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Introduction: Patient and public involvement (PPI) in research that concerns them is an increasingly common reality in high-income countries. However, tools are needed to facilitate participant engagement, such as the Involvement Matrix (IM). Adolescents with Cerebral Palsy (CP) classified using the Gross Motor Function Classification System (GMFCS) at levels IV and V often face significant restrictions in participating in leisure activities and commonly receive interventions that prioritize outcomes in terms of body function and structure, without incorporating one of the main rehabilitation outcomes, which is participation. Objectives: With the aim of filling this gap, the present study aimed to: 1) Translate the IM into Brazilian Portuguese to facilitate its use and guide collaborative research; and 2) Engage adolescents, their families, and researchers in co-designing an intervention program to promote participation in leisure activities within the community of adolescents with CP at GMFCS levels IV and V, aged between 12 and 17 years. Methods: This is a qualitative study based on a previously published protocol. The first stage aimed to translate the materials of the IM into Brazilian Portuguese. After obtaining authorization from the authors, the translated material underwent a back-translation process. Subsequently, the result was reviewed by the tool's authors, ensuring semantic and content accuracy. In the second stage, different dialogue groups were created for the co-construction of the intervention in collaboration with adolescents with CP at GMFCS levels IV and V, their families, and healthcare professionals (physiotherapists and occupational therapists). The IM was used to guide participant engagement in the research, and the Participation and Environment Measure - Children and Youth (PEM-CY) was used to assess adolescent participation. Individual interviews were conducted to explore participants' perceptions of their experiences throughout the research. Results: The IM translated into Brazilian Portuguese was made available on the official website https://www.kcrutrecht.nl/involvement-matrix/. The second stage involved the participation of five adolescents with CP, their mothers, three physiotherapists, and two occupational therapists. During the preparation phase, dialogue groups were formed to discuss the concept of participation, the results of the PEM-CY, and the components of an intervention to promote participation. Subsequently, the participants co-designed the intervention, considering the necessary ingredients, guided by the Template for Intervention Description and Replication (TIDieR). The final product was presented to an external group not involved in the research for validation. The interviews revealed satisfaction with the intervention, as well as satisfaction with participating in the research. Conclusions: The various materials of the IM are adequately translated and freely available for use in Brazil. The engagement of adolescents and their families in the research brought benefits, allowing their voices to be heard in the construction of an intervention to promote participation.
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RAUANY BARRÊTO FEITOZA
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MSD BRASIL:ANÁLISE DAS CONDIÇÕES DE SAÚDE E FUNCIONALIDADE DE MULHERES
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Orientador : ADRIANA GOMES MAGALHAES
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MEMBROS DA BANCA :
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ADRIANA GOMES MAGALHAES
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GRASIELA NASCIMENTO CORREIA
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LEONILDO SANTOS DO NASCIMENTO JUNIOR
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Data: 30/06/2023
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Introdução: As mulheres são as usuárias mais frequentes do serviço de saúde, porém ao longo da história seus direitos à saúde nem sempre foram respeitados. A realidade da multiplicidade de funções, somados a fatores socioeconômicos podem predispor as mulheres a mais acometimentos em sua saúde, o que pode impactar na sua funcionalidade. Os inquéritos populacionais auxiliam a traçar o perfil de uma população sendo de suma importância no tracejo de metas e políticas públicas. Porém poucos inquéritos, no Brasil, são direcionados a conhecer a funcionalidade da da população feminina. Objetivos: Avaliar as condições de saúde e funcionalidade de mulheres por meio do Model Disability survel- MDS. Material e métodos: Trata-se de um estudo observacional transversal, de base populacional, com caráter quantitativo. O presente estudo é um recorte do projeto que foi desenvolvido pela Rede de Pesquisa e Inovação em Funcionalidade, Saúde e Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (Rede FUSÃO). Foram incluídas 385 mulheres para esta análise, as variáveis analisadas foram a funcionalidade através do módulo 4000 e as condições de saúde no módulo 5000. Resultado: Participaram do presente estudo um total de 385 mulheres, destas a maioria eram adultas (38,7%), casadas (38,7%), se autodeclaram pardas (44,7%) e possuíam ensino médio completo (17,9%). Ao serem questionadas como avaliavam sua saúde, a maioria das entrevistadas (50,9%), relatou ter uma saúde regular. 67,8% das mulheres referiu ter de 1 a 4 condições de saúde. Destas, as mais frequentes foram a hipertensão (40%), dor nas costas ou hérnia de disco e perda da visão, ambas com 32,5% e problemas para dormir (20%).Quando comparada saúde autorreferida e a incapacidade as participantes que referiram uma saúde ruim ou muito ruim tiveram piores escores de incapacidade para o aspecto mobilidade, estrutura e funções do corpo,atividade e participação. Conclusão: Diante dos achados é possível perceber que a maioria das mulheres referem ter uma saúde regular e que quanto pior a percepção de saúde autorreferida, piores são os escores de incapacidade.
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Introduction: Women are the most frequent users of health services, but throughout history their health rights have not always been respected. The reality of the multiplicity of functions, added to socioeconomic factors, can predispose women to more impairments in their health, which can impact their functionality. Population surveys help to outline the profile of a population, being extremely important in tracing goals and public policies. However, few surveys in Brazil are aimed at knowing the functionality of the female population. Objectives: To evaluate the health and functionality conditions of women through the Model Disability survel-MDS. Material and methods: This is a cross-sectional observational, population-based, quantitative study. This study is part of the project that was developed by the Research and Innovation Network in Functionality, Health and Sustainable Development Goals (FUSÃO Network). 385 women were included for this analysis, the analyzed variables were functionality through module 4000 and health conditions in module 5000. Result: A total of 385 women participated in this study, most of whom were adults (38.7%) , married (38.7%), self-declared brown (44.7%) and had completed high school (17.9%). When asked how they evaluated their health, most respondents (50.9%) reported having regular health. 67.8% of women reported having 1 to 4 health conditions. Of these, the most frequent were hypertension (40%), back pain or disc herniation and vision loss, both with 32.5% and sleeping problems (20%). When comparing self-reported health and disability, participants who those who reported poor or very poor health had worse disability scores for mobility, body structure and functions, activity and participation. Conclusion: In view of the findings, it is possible to see that most women report having regular health and that the worse the self-reported health perception, the worse the disability scores.
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VANEZA MIRELE GOMES DOS SANTOS
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AVALIAÇÃO DA PERCEPÇÃO DO MOVIMENTO BIOLÓGICO POR MEIO DO SISTEMA PERCEBI MOVE EM INDIVÍDUOS PÓS-AVC: UM ESTUDO TRANSVERSAL
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Orientador : ENIO WALKER AZEVEDO CACHO
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MEMBROS DA BANCA :
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ENIO WALKER AZEVEDO CACHO
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KELLY SOARES FARIAS
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LUCIANA PROTASIO DE MELO
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Data: 31/07/2023
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Introdução: A percepção do movimento biológico (MB) é a capacidade que o sistema visual tem de perceber movimentos humanos sem esforço. Acredita-se que um indivíduo com alterações de movimento em seu corpo poderá ter a percepção ao observar outro também modificada. Alguns estudos têm mostrado que pacientes com alguma perda neuronal podem ser prejudicados na percepção dos movimentos, dentre eles pacientes com Parkinson e com a Doença de Huntington, no entanto ainda não há evidências nos casos de AVC. Objetivo: observar se existe diferença entre indivíduos sem comprometimento neurológico (saudáveis) e pacientes com AVC em uma tarefa do MB. Materiais e Métodos: Trata-se de um observacional, transversal, de caráter quantitativo. A amostra foi composta de 15 participantes, alocados em grupo 1 (AVC) e grupo 2 (saudáveis). Todos os participantes foram avaliados separadamente com uma tarefa de percepção do movimento, seguida da avaliação do tônus muscular pela Escala Modificada de Ashworth, do comprometimento motor pela Escala de Fugl-Meyer (FM) para o grupo 1 e função cognitiva pelo Mini Exame do Estado Mental (MEEM) para ambos os grupos. Para a análise estatística será utilizado o software Statistical Package for the Social Sciences (SPSS) (versão 20.0). Será realizado o teste de normalidade a fim de verificar se trata de uma amostra com distribuição normal ou não-normal, definindo dessa forma se serão utilizados Testes Paramétricos ou Não Paramétricos. Para estabelecer significância entre os parâmetros analisados, será observado um valor de p<0,05. A amostra do estudo e as características sociodemográficas foram definidas por meio de estatística descritiva. Resultados: Foram selecionados 11 (onze) indivíduos com diagnóstico clínico de AVC, a maioria do sexo feminino (60%), com média de idade 61,91 anos (±11,57), tempo de lesão 43,7 meses (±49,82), MEEM 22,27 (±5,90) FM para MMSS 55,22 (±19,38) e para MMII 29,11 (±4,34). Os saudáveis foram quatro sujeitos, a maioria do sexo feminino (75%) com média de idade 63 anos (±9,85) e pontuação média para o MEEM 26,5 (±2,08). Em relação à tarefa de percepção de MB, os movimentos naturais com menor número de acertos foram: marcha (vista de perfil), chutar, pedalar e levar um objeto à boca. Já nos saudáveis, os movimentos foram chutar, pedalar e levar um objeto à boca. Para os movimentos não naturais, onde houve menor número de acertos foram nos seguintes movimentos: sentar e levantar invertido e acenar com ruído para ambos os grupos.
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Introduction: Stimulating the relearned motor is essential in the rehabilitation of patients affected by neurological disorders. Theories propose that the motor system is involved in the perception of movement, therefore, dysfunctions in the visual-motor representations shared in the motor system must lead to impaired perception of human movements. Objective: Analyze if post-stroke individuals and individuals with PD have impaired biological perception of movement. Materials and Methods: It is an observational, cross-sectional, quantitative study. The sample consisted of 20 participants, divided into group 1 (patients who had suffered a stroke) and group 2 (healthy individuals). In addition, healthy elderly individuals will be recruited for the Control Group (CG). All participants were assessed separately with a movement perception task, followed by assessment of muscle tone using the Modified Ashworth Scale, motor impairment using the Fugl-Meyer Scale (FM) for group 1, and cognitive function using the Mini Mental State Examination (MMSE) for both groups. For statistical analysis will be used the Statistical Package for Social Sciences (SPSS) (version 20.0). The normality test will be performed to verify if it is a sample with normal or non-normal distribution, thus defining if Parametric or Non-Parametric Tests will be used. To establish significance between the parameters analyzed, a value of p <0.05 will be observed. The study sample and sociodemographic characteristics were defined using descriptive statistics. Results: Eleven (11) individuals with a clinical diagnosis of stroke were selected, most of them female (60%), with a mean age of 61.91 years (±11.57), duration of injury 43.7 months (±49 .82), MMSE 22.27 (±5.90) FM for UL 55.22 (±19.38) and for LL 29.11 (±4.34). The healthy subjects were four, mostly female (75%) with a mean age of 63 years (±9.85) and a mean MMSE score of 26.5 (±2.08). Regarding the MB perception task, the natural movements with the lowest number of correct answers were: walking (profile view), kicking, pedaling and putting an object in the mouth. In the healthy ones, the movements were kicking, pedaling and taking an object to the mouth. For unnatural movements, where there was a lower number of correct answers, they were in the following movements: sitting and standing up inverted and waving with noise for both groups.
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MARIA JÚLIA FERREIRA RODRIGUES DE OLIVEIRA
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DESEMPENHO DO EQUILÍBRIO DE PACIENTES PÓS AVC EM UMA PLATAFORMA DE JOGO “GAME BALANCE” E A SUA CORRELAÇÃO COM TESTE FUNCIONAIS: UM ESTUDO TRANSVERSAL
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Orientador : ENIO WALKER AZEVEDO CACHO
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MEMBROS DA BANCA :
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ENIO WALKER AZEVEDO CACHO
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ROBERTA DE OLIVEIRA CACHO
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Sara Regina Meira Almeida
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Data: 31/07/2023
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Introdução: Plataformas comerciais são muito utilizadas em pesquisas para avaliar e tratar o déficit de equilíbrio de pacientes pós-AVC. No entanto, elas não trazem uma especificidade necessária para as limitações e/ou compensações que esses pacientes podem apresentar. Também são difíceis de extrair os dados capturados e se questiona sobre a precisão dessa captura. Objetivo: Desenvolver uma plataforma de jogo denominada "Game Balance" de baixo custo para análise e treinamento do equilíbrio em pacientes pós-AVC. Materiais e Métodos: Trata-se de um estudo transversal, de caráter quantitativo. Para o projeto piloto, foram recrutados 4 (quatro) indivíduos saudáveis, de ambos os gêneros para direcionar o ajuste e aprimorar a plataforma desenvolvida. Eles informaram as dificuldades e facilidades por meio da System Usability Scale (SUS). Para a pesquisa definitiva, foram recrutados 8 (oito) pacientes pós-AVC, também de ambos os gêneros, provenientes da Clínica de Fisioterapia da FACISA (Santa Cruz/RN). Essa amostra foi avaliada pelas escalas clínicas: Mini Exame do Estado Mental (MEEM), Functional Ambulation Categories (FAC), The modified Clinical Test of Sensory Interaction and Balance (mCTSIB), National Institute of Health Stroke Scale (NIHSS), Modified Rankin Scale (mRS), Fugl-Meyer Assessment Scale. Os participantes também foram submetidos a 4 (quatro) partidas da ”Game Balance", sendo uma de familiarização e três partidas de avaliação, onde foi feita uma média do seu desempenho. Após a experiência do jogo, eles foram questionados pela Intrinsic Motivation Task Evaluation Questionnaire sobre essa experiência. Ao final da avaliação, os participantes receberam um relatório em linguagem simples sobre seu desempenho em cada teste e na "Game Balance". A análise estatística se deu por meio da média ou mediana e desvio padrão ou quartis, seguida da análise da correlação pelo coeficiente de Pearson com base na identificação da normalidade ou não dos dados, no software Statistical Package for the Social Sciences (SPSS) versão 20.0 com nível de significância de 5%. Resultados: Para o projeto piloto tivemos um n = 4, observando seus desempenhos com suas respostas da SUS, é possível perceber que esse desempenho no jogo influenciou diretamente nas suas respostas sobre a usabilidade da plataforma. Quanto à pesquisa definitiva, tivemos um n = 8, maioria masculina (62,5%), idade média de 60,88 ± 11,67 anos, maioria sofreu um AVC isquêmico (62,5%) com o hemicorpo esquerdo comprometido (75%) há 6,75 ± 4,33 anos. Foram encontradas correlações significativas entre idade e pontos na "Game Balance" (Pearson's ρ = -0,743; p valor = 0,035), também entre os pontos e o tempo de atividade na plataforma (Pearson's ρ = -0,738; p valor = 0,037) e entre o equilíbrio dos membros na plataforma e a escala de Rankin (Pearson's ρ = -0,745; p valor = 0,034). Conclusões: a plataforma alcançou o objetivo proposto, com algumas relações entre as variáveis do dispositivo e as condições físicas da população selecionada.
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Introduction: Commercial platforms are widely used in research to assess and treat balance deficits in post-stroke patients. However, they lack the necessary specificity for the limitations and/or compensations that these patients may present. It is also challenging to extract the captured data, and the accuracy of this capture is questioned. Objective: To develop a low-cost gaming platform called "Game Balance" for analysis and balance training in post-stroke patients. Materials and Methods: This was a quantitative cross-sectional study. For the pilot project, four healthy individuals of both genders were recruited to guide the adjustments and improvements of the developed platform. They provided feedback on the difficulties and ease of use using the System Usability Scale (SUS). For the definitive research, eight post-stroke patients, also of both genders, were recruited from the Physiotherapy Clinic of FACISA (Santa Cruz/RN). This sample was evaluated using clinical scales: Mini-Mental State Examination (MMSE), Functional Ambulation Categories (FAC), The modified Clinical Test of Sensory Interaction and Balance (mCTSIB), National Institute of Health Stroke Scale (NIHSS), Modified Rankin Scale (mRS), and Fugl-Meyer Assessment Scale. The participants also played four rounds of "Game Balance," including one familiarization round and three evaluation rounds, from which an average performance was calculated. After the gaming experience, they were questioned about their experience using the Intrinsic Motivation Task Evaluation Questionnaire. At the end of the assessment, participants received a simple language report on their performance in each test and in "Game Balance." The statistical analysis involved calculating means or medians, standard deviations or quartiles, followed by correlation analysis using Pearson's coefficient based on the identification of normality or non-normality of the data, using Statistical Package for the Social Sciences (SPSS) version 20.0, with a significance level of 5%. Results: For the pilot project, we had n = 4, and by observing their performances and SUS responses, it is evident that game performance directly influenced their feedback on platform usability. Regarding the definitive research, we had n = 8, with a male majority (62.5%), a mean age of 60.88 ± 11.67 years, a majority with ischemic stroke (62.5%), and left hemiparesis (75%), occurring 6.75 ± 4.33 years ago. Significant correlations were found between age and points in "Game Balance" (Pearson's ρ = -0.743; p-value = 0.035), as well as between points and activity time on the platform (Pearson's ρ = -0.738; p-value = 0.037), and between limb balance on the platform and the Rankin scale (Pearson's ρ = -0.745; p-value = 0.034). Conclusions: The platform achieved the proposed objective, with some relationships between the device variables and the physical conditions of the selected population.
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ARYOSTENNES MIQUÉIAS DA SILVA FERREIRA
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ESTIMULAÇÃO TRANSCRANIANA POR CORRENTE CONTÍNUA E MOBILIZAÇÃO NEURAL EM INDIVÍDUOS COM LOMBOCIATALGIA CRÔNICA: ENSAIO RANDOMIZADO CONTROLADO E CEGO
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Orientador : CLECIO GABRIEL DE SOUZA
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MEMBROS DA BANCA :
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ABRAHÃO FONTES BAPTISTA
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CLECIO GABRIEL DE SOUZA
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RODRIGO PEGADO DE ABREU FREITAS
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Data: 31/10/2023
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INTRODUÇÃO: A lombociatalgia é uma condição muito comum na população e ocorre quando alterações da coluna vertebral provoca danos à raíz nervosa, gerando dor radicular, irradiada para a perna com distribuição somatotópica. É uma condição com elevados níveis de dor e incapacidade. Em situações crônicas, pode estar presente o fenômeno de sensibilização central, como forma de neuroplasticidade mal adaptativa, que pode provocar dor neuropática devido a disfunção somatossensorial. Dentre as formas de tratamento, a Mobilização Neural é uma técnica de terapia manual validada e recomendada para esta condição. De forma alternativa e adicional a Estimulação Transcraniana por Corrente Contínua (ETCC) tem surgido como recurso para tratamento da dor neuropática na tentativa de modular a função cerebral. OBJETIVO: Verificar se a ETCC acrescenta benefícios na redução da intensidade da dor, sintomas neuropáticos e incapacidade em indivíduos com dor radicular crônica, quando associada à Mobilização Neural. MÉTODO: Trata-se de um Ensaio Clínico Controlado Aleatorizado com indivíduos que apresentavam dor radicular crônica divididos em dois grupos: Grupo Experimental (ETCC ativa + Mobilização Neural) e Grupo Controle (ETCC sham + Mobilização Neural). O desfecho primário avaliado foi a intensidade da dor, medida através da Escala Numérica da Dor; os desfechos secundários foram a incapacidade, avaliada pelo Roland Morris Disability Questionaire (RMDQ); os sintomas neuropáticos, avaliados pelo Douler Neuropathique Questionnaire (DN4) e pelo Pain Detect Questionnaire (PDQ). Além disso, foi aplicada a escala de Efeito Global Percebido, ao final da intervenção. A avaliação foi realizada antes e após o protocolo de intervenção e aos sete e catorze dias de seguimento para o desfecho primário. A intervenção consistiu em cinco sessões em dias consecutivos de ETCC sobre M1, com intensidade de 2 mA, durante 20 minutos. Os dados foram analisados estatisticamente, sendo aplicados os testes de Kolmogorov-Smirnov e Levene para verificar a normalidade e homogeneidade da amostra, e em seguida realizada uma ANOVA mista de medidas repetidas. Para análise das variáveis categóricas foi utilizado o teste de Qui-quadrado de Pearson. Foi assumido um nível de significância estatística de 5% e um intervalo de confiança de 95%. RESULTADOS: O estudo contou com 44 participantes, sendo 33(75%) mulheres e 11(25%) homens, com média de idade de 41,36(±13,056) anos. A média da intensidade da dor na primeira avaliação foi 7,30(±1,936). Houve redução da intensidade da dor para ambos os grupos no decorrer do tempo (p=0,001), no entanto, quando analisada a interação do tempo por grupo não foi verificada diferença entre eles (p=0,756). O mesmo resultado foi observado nos desfechos secundários, incapacidade (p=0,251) e sintomas neuropáticos (p=0,638). Em relação ao efeito global percebido, a maioria dos participantes (83%) relatou se sentir melhor à condição anterior, porém sem diferença entre os grupos (p=0,735). CONCLUSÃO: o protocolo de intervenção com mobilização neural foi eficaz para melhora dos desfechos desse estudo, mas a ETCC não promoveu efeito adicional na melhora da intensidade da dor, sintomas neuropáticos e incapacidade em indivíduos com dor radicular crônica quando associada a esta técnica.
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INTRODUCTION: sciatic pain is a very common condition in the population and occurs when changes in the spine cause damage to the nerve root, generating radicular pain, radiating to the leg with somatotopic distribution. It is a condition with high levels of pain and disability. In chronic situations, the phenomenon of central sensitization may be present, as a form of maladaptive neuroplasticity, which can cause neuropathic pain due to somatosensory dysfunction. Among the forms of treatment, Neural Mobilization is a manual therapy technique validated and recommended for this condition. Alternatively and additionally, Transcranial Direct Current Stimulation (tDCS) has emerged as a resource for treating neuropathic pain in an attempt to modulate brain function. OBJECTIVE: To verify whether tDCS adds benefits in reducing pain intensity, neuropathic symptoms and disability in individuals with chronic radicular pain, when associated with Neural Mobilization. METHOD: This is a Randomized Controlled Clinical Trial with individuals who had chronic radicular pain divided into two groups: Experimental Group (active tDCS + Neural Mobilization) and Control Group (sham tDCS + Neural Mobilization). The primary outcome assessed was pain intensity, measured using the Numerical Pain Scale; secondary outcomes were disability, assessed by the Roland Morris Disability Questionaire (RMDQ); neuropathic symptoms, assessed by the Douler Neuropathique Questionnaire (DN4) and the Pain Detect Questionnaire (PDQ). Furthermore, the Perceived Global Effect scale was applied at the end of the intervention. The assessment was carried out before and after the intervention protocol and at seven and fourteen days of follow-up for the primary outcome. The intervention consisted of five sessions on consecutive days of tDCS on M1, with an intensity of 2 mA, for 20 minutes. The data were statistically analyzed, using the Kolmogorov-Smirnov and Levene tests to verify the normality and homogeneity of the sample, and then a mixed ANOVA of repeated measures was performed. To analyze categorical variables, Pearson's Chi-square test was used. A statistical significance level of 5% and a confidence interval of 95% were assumed. RESULTS: The study had 44 participants, 33 (75%) women and 11 (25%) men, with an average age of 41.36 (±13.056) years. The mean pain intensity at the first assessment was 7.30 (±1.936). There was a reduction in pain intensity for both groups over time (p=0.001), however, when analyzing the interaction of time by group, no difference was found between them (p=0.756). The same result was observed in the secondary outcomes, disability (p=0.251) and neuropathic symptoms (p=0.638). Regarding the overall perceived effect, the majority of participants (83%) reported feeling better than the previous condition, but with no difference between the groups (p=0.735). CONCLUSION: the intervention protocol with neural mobilization was effective in improving the outcomes of this study, but tDCS did not promote an additional effect in improving pain intensity, neuropathic symptoms and disability in individuals with chronic radicular pain when associated with this technique.
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HILMAYNNE RENALY FONSECA FIALHO
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ANÁLISE DE FATORES BIOMECÂNICOS DA CADEIA CINÉTICA DE INDIVÍDUOS COM DOR NO OMBRO EM RELAÇÃO AOS ASSINTOMÁTICOS
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Orientador : GERMANNA DE MEDEIROS BARBOSA
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MEMBROS DA BANCA :
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CATARINA DE OLIVEIRA SOUSA
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GERMANNA DE MEDEIROS BARBOSA
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MICHELE FORGIARINI SACCOL
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RODRIGO SCATTONE DA SILVA
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Data: 24/11/2023
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INTRODUÇÃO: O conceito de cadeia cinética propõe uma visão corporal através de uma série de elos interdependentes responsáveis pela transmissão sequencial de energia ao longo dos sistemas musculoesquelético e fascial. Alterações em componentes da cadeia cinética podem prejudicar essa transmissão de energia e sobrecarregar estruturas corporais adjacentes, podendo relacionar-se ao risco de dor e lesões no ombro. Comprometimentos biomecânicos em diferentes segmentos corporais já foram investigados em atletas com dor no ombro. No entanto, a associação entre fatores relacionados à cadeia cinética e a dor no ombro em indivíduos fora do contexto esportivo ainda não está estabelecida. Além disso, a síntese das características biomecânicas desse público ainda não foi apresentada na literatura. OBJETIVOS: Verificar a associação entre fatores biomecânicos relacionados à cadeia cinética e a presença de dor no ombro e sintetizar a literatura que investigou alterações em componentes da cadeia cinética de indivíduos com dor no ombro em comparação aos assintomáticos. MÉTODOS: Trata-se de dois estudos: uma pesquisa de caráter transversal e uma revisão sistemática. O primeiro investigou a estabilidade lombo-pélvica, a amplitude ativa de movimento e o pico de força muscular isométrica de indivíduos com e sem dor no ombro. Uma regressão multivariada logística binária foi realizada no software IBM® SPSS® 25 para analisar a chance de cada indivíduo fazer parte de um dos grupos (com ou sem dor no ombro). O segundo reuniu os achados de estudos observacionais indexados até dezembro de 2022 nas bases de dados MEDLINE, CINAHL, Web of Science, EMBASE e SCOPUS. O risco de viés foi analisado pela Joanna Briggs Institute Critical Appraisal Tool for Analytical Cross-Sectional Studies e a qualidade da evidência foi definida pelo Grading of Recommendations, Assessment, Development, and Evaluation (GRADE). RESULTADOS: No estudo transversal foram avaliados 40 indivíduos: 19 com dor no ombro e 21 assintomáticos. Apenas a força isométrica dos músculos extensores do tronco apresentou contribuição estatisticamente significativa ao modelo de regressão (p = 0,03 | razão de chances [odds ratio] = 0,99), não sendo observadas associações significativas entre os demais desfechos e a presença de dor no ombro. Na revisão, quatro estudos transversais com baixo risco de viés foram incluídos (n = 358, 179 indivíduos com dor no ombro). Evidências de qualidade muito baixa apontaram que indivíduos com dor no ombro podem apresentar redução na amplitude de movimento e resistência muscular na região toracolombar e quadris e menor controle neuromuscular das extremidades inferiores em comparação a indivíduos assintomáticos. Os achados relacionados à postura da coluna torácica mostraram-se conflitantes. CONCLUSÃO: A força isométrica dos músculos extensores do tronco pode estar associada a presença de dor no ombro e estudos observacionais indicam que indivíduos com dor no ombro podem apresentar alterações na mobilidade, resistência muscular e/ou controle neuromuscular na região toracolombar e nas extremidades inferiores em comparação a indivíduos assintomáticos. Tais achados sugerem que avaliações físicas considerando fatores biomecânicos não locais podem ser relevantes na população com dor no ombro.
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BACKGROUND: The kinetic chain concept proposes a view of the body through a series of interdependent links responsible for the sequential transmission of energy through the musculoskeletal and fascial systems. Alterations in the components of the kinetic chain can impair this energy transmission and overload adjacent body structures, which may be related to the risk of shoulder pain and injuries. Biomechanical impairments in different body segments have already been investigated in athletes with shoulder pain. However, the association between factors related to the kinetic chain and shoulder pain in individuals not engaged in sports is not established. Furthermore, the synthesis of the biomechanical characteristics of this population has not yet been presented in the literature. OBJECTIVES: To verify the association between biomechanical factors related to the kinetic chain and the presence of shoulder pain and to summarize the literature that investigated changes in components of the kinetic chain in non-athletes with shoulder pain compared to asymptomatic individuals. METHODS: These are two studies: a cross-sectional survey and a systematic review. The first study investigated lumbopelvic stability, active range of motion, and peak isometric muscle strength in individuals with and without shoulder pain. A multivariate binary logistic regression was carried out in IBM® SPSS® 25 software to analyze the odds of each being part of one of the groups (with or without shoulder pain). The second study brought together the findings of observational studies indexed until December 2022 in the MEDLINE, CINAHL, Web of Science, EMBASE, and SCOPUS databases. The Joanna Briggs Institute Critical Appraisal Tool for Cross-Sectional Analytical Studies assessed the risk of bias and the Grading of Recommendations, Assessment, Development, and Evaluation (GRADE) defined the quality of evidence. RESULTS: On the cross-sectional study, 40 individuals were assessed: 19 with shoulder pain and 21 asymptomatic. Only the isometric strength of the trunk extensor muscles presented a statistically significant contribution to the regression model (p = 0.03 | odds ratio = 0.99), with no significant associations between the other outcomes and the presence of shoulder pain. In the review, four cross-sectional studies with low risk of bias were included (n = 358, 179 individuals with shoulder pain). Very low-quality evidence indicated that individuals with shoulder pain may present a reduced range of motion and muscular endurance in the thoracolumbar region and hips and decreased neuromuscular control of the lower extremities compared to asymptomatic individuals. Findings related to thoracic spine posture were conflicting. CONCLUSION: Isometric strength of the trunk extensor muscles may be associated with the presence of shoulder pain and observational studies indicate that individuals with shoulder pain may present alterations in mobility, muscular endurance, and/or neuromuscular control in the thoracolumbar region and in the lower extremities compared to asymptomatic individuals. These findings suggest that physical assessments considering non-local biomechanical factors may be relevant in the population with shoulder pain.
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MARIA JULIANA FERREIRA DOS SANTOS
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DISFUNÇÕES DO ASSOALHO PÉLVICO E O CONTEXTO SOCIODEMOGRÁFICO DE IDOSAS RESIDENTES NA ZONA RURAL E NA ZONA URBANA DO SERTÃO PARAIBANO
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Orientador : GRASIELA NASCIMENTO CORREIA
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MEMBROS DA BANCA :
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ADRIANA GOMES MAGALHAES
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FERNANDA DINIZ DE SA
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GRASIELA NASCIMENTO CORREIA
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LEONILDO SANTOS DO NASCIMENTO JUNIOR
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Data: 30/11/2023
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Introdução: O envelhecimento da mulher se constitui com singularidades específicas. Dimensões sociodemográficas incidem diretamente sobre esse processo saúde-doença. A presença de enfermidades como as Disfunções Musculares do Assoalho Pélvico (DMAP) pode gerar sérios prejuízos na qualidade de vida dessa população.
Objetivo: Comparar os sintomas autorrelatados de DMAP entre idosas da zona rural e urbana. Método: Estudo analítico transversal com delineamento quali-quantitativo realizado no período de julho/2022 a agosto/2023 com 50 mulheres, onde: Grupo Cidade (GC=25) e Grupo Rural (GR=25), domiciliadas na zona rural e urbana do município de Santa Cruz-Paraíba. Amostra selecionada de forma aleatória e por conveniência, obedecendo aos critérios de elegibilidade: mulheres com idade ≥60 anos residentes na zona rural ou urbana. A coleta de dados ocorreu por meio de uma entrevista semiestruturada, além da aplicação dos questionários: sociodemográfico, Pelvic Floor Distress Inventory (PFDI-20), Pelvic Floor Impact Questionnaire (PFIQ-7), International Consultation on Incontinence Questionnaire - Short Form (ICIQ-SF), Quociente Sexual – Versão Feminina (QS-F) e Questionário de Qualidade de Vida (SF-36). Para análise estatística os dados foram tratados descritivamente por meio de mediana e intervalo interquartil, média e desvio padrão, além do teste de Shapiro-Wilk para avaliação da normalidade dos dados e Mann-Whitney para análise a intergrupo das variáveis.
Resultados: Na análise do perfil sociodemográfico, o GR apresentou idade superior, menor renda média mensal e maior distância à unidade de saúde (p=0,018, p=0,001, p=0,007, respectivamente). O GR foi responsável pela maior intensidade de relatos de DMAP, especialmente de sintomas urinários (p=0,016 e p=0,011) avaliados pelo PFDI-20; esse mesmo grupo apresentou maior frequência de perda de urina (p=0,023) e maior impacto na qualidade de vida (p=0,027). 80% das idosas do GC e 84% do GR relataram ter algum tipo de DMAP, sendo a incontinência urinária (IU) isolada a condição mais encontrada nos grupos (GC= 52% e GR= 56%). Não houve diferença na análise intergrupo da função sexual das idosas (p=0,138).
Considerações finais: Tanto as idosas da zona rural quanto da zona urbana relataram sintomas de DMAP. Neste estudo de base populacional, o local de moradia revelou efeito pequeno sob a ocorrência dos sintomas de desconfortos pélvicos entre as idosas. Características sociodemográficas heterogêneas pertencentes aos grupos, como taxa de analfabetismo, distâncias à unidade saúde, presença de comorbidade e sobrepeso podem ser considerados fatores influentes.
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Introduction: The aging process in women is characterized by specific singularities. Sociodemographic dimensions directly influence this health-disease process. The presence of conditions such as Pelvic Floor Muscle Dysfunction (PFMD) can result in serious impairments in the quality of life for this population.
Objective: To compare self-reported symptoms of PFMD among elderly women in rural and urban areas.
Method: A cross-sectional analytical study with a qualitative-quantitative design conducted from July 2022 to August 2023 with 50 women, where: City Group (CG=25) and Rural Group (RG=25), residing in the rural and urban areas of the municipality of Santa Cruz, Paraíba. The sample was randomly and conveniently selected, following eligibility criteria: women aged ≥60 years residing in rural or urban areas. Data collection occurred through a semi-structured interview, in addition to the administration of questionnaires: sociodemographic, Pelvic Floor Distress Inventory (PFDI-20), Pelvic Floor Impact Questionnaire (PFIQ-7), International Consultation on Incontinence Questionnaire - Short Form (ICIQ-SF), Sexual Quotient – Female Version (SQ-F), and Quality of Life Questionnaire (SF-36). For statistical analysis, the data were descriptively treated using median and interquartile range, mean and standard deviation, as well as the Shapiro-Wilk test for data normality evaluation and Mann-Whitney test for intergroup analysis of variables.
Results: In the sociodemographic profile analysis, the RG showed higher age, lower average monthly income, and a greater distance to the health unit (p=0.018, p=0.001, p=0.007, respectively). The RG was responsible for a higher intensity of PFMD reports, especially urinary symptoms (p=0.016 and p=0.011) assessed by PFDI-20; the same group showed a higher frequency of urine loss (p=0.023) and a greater impact on the quality of life (p=0.027). 80% of elderly women in the CG and 84% in the RG reported having some type of PFMD, with isolated urinary incontinence (UI) being the most common condition in both groups (CG=52% and RG=56%). There was no difference in intergroup analysis of the sexual function of elderly women (p=0.138).
Final considerations: Both elderly women in rural and urban areas reported PFMD symptoms. In this population-based study, the place of residence showed a small effect on the occurrence of pelvic discomfort symptoms among elderly women. Heterogeneous sociodemographic characteristics belonging to the groups, such as illiteracy rate, distances to health units, presence of comorbidity, and overweight, may be considered influential factors.
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MARIA HELOIZA ARAUJO SILVA
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PROPOSIÇÃO DE UM MODELO DE AVALIAÇÃO DE RASTREIO PARA PACIENTES PÓS-ACIDENTE VASCULAR EM REABILITAÇÃO: UM ESTUDO BASEADO NA VINCULAÇÃO DE INSTRUMENTOS COM A CLASSIFICAÇÃO INTERNACIONAL DE FUNCIONALIDADE, INCAPACIDADE E SAÚDE.
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Orientador : ALINE BRAGA GALVAO SILVEIRA FERNANDES
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MEMBROS DA BANCA :
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ALINE BRAGA GALVAO SILVEIRA FERNANDES
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ROBERTA DE OLIVEIRA CACHO
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SHAMYR SULYVAN DE CASTRO
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Data: 06/12/2023
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Introdução: O Acidente Vascular Cerebral (AVC) causa grande impacto na funcionalidade dos sobreviventes. Sendo assim, é importante que o processo de reabilitação contemple os múltiplos fatores que delineiam a saúde. A Classificação Internacional de Funcionalidade, Incapacidade e Saúde (CIF) se baseia em um modelo de saúde e funcionalidade que é resultado da interação dos fatores pessoais e ambientais, atividade e participação e das estruturas e funções corporais. Dessa forma, considerando as necessidades dos pacientes pós-AVC e o que preconiza a CIF, é importante que a avaliação desses pacientes seja feita com instrumentos de avaliação que mensurem a funcionalidade a partir da interação dos fatores biopsicossociais. Objetivos: Fazer a proposição de um modelo de avaliação de rastreio de pacientes pós-AVC em reabilitação, baseada na vinculação dos instrumentos mais utilizados para este propósito com a CIF. Métodos: O estudo acontecerá em três etapas: 1) Atualização da Revisão de Escopo “Instrumentos Utilizados na Avaliação de Pacientes pós-Acidente Vascular Cerebral em Reabilitação: uma Revisão de Escopo com foco no Modelo da Classificação Internacional de Funcionalidade, Incapacidade e Saúde”, 2) Vinculação dos instrumentos com as categorias da CIF, e 3) Proposição do modelo de avaliação de rastreio. Resultados: Foram selecionados 23 instrumentos, 19 tiveram categorias vinculadas. A maioria das categorias dos instrumentos correspondia a Atividade e Participação (74%) e Funções do Corpo (29%). Os Fatores Ambientais foram menos avaliados (1%). O domínio da Estrutura do Corpo não estava contemplado em nenhum instrumento. Ao avaliar os instrumentos quanto à quantidade de itens e de categorias da CIF, chegou-se ao seguinte modelo de avaliação de rastreio: NIHSS - déficits neurológicos; MIF – desempenho funcional; mRS – desfechos globais pós-AVC, SF-36 – qualidade de vida; MoCA – rastreio cognitivo. Conclusões: Foi possível estruturar um modelo de avaliação para rastreio, permitindo que o profissional consiga identificar de forma mais objetiva os principais pontos para direcionar sua avaliação de acordo com as necessidades do seu cliente. Além disso, facilitar o acesso as informações e categorias da CIF que estão representadas em cada instrumento, tornando a avaliação mais completa e eficiente.
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Introduction: Stroke has a major impact on survivors functioning. Therefore, the rehabilitation process must consider the multiple factors that define health. The International Classification of Functioning, Disability, and Health (ICF) is based on a model of health and functioning that results from the interaction of personal and environmental factors, activity and participation, and bodily structures and functions. Therefore, considering the needs of post-stroke patients and what the ICF recommends, the assessment of these patients must be carried out using assessment instruments that measure functioning based on the interaction of biopsychosocial factors. Objectives: To propose an assessment model for screening post-stroke patients undergoing rehabilitation, based on linking the instruments most used for this purpose with the ICF. Methods: The study will take place in three stages: 1) Update of the Scope Review “Instruments Used in the Assessment of Post-Stroke Patients in Rehabilitation: a Scope Review focusing on the International Classification of Functioning, Disability, and Health Model”, 2) Linking the instruments with the ICF categories, and 3) Proposing the screening assessment model. Results: 23 instruments were selected, 19 had linked categories. The majority of instrument categories corresponded to Activity and Participation (74%) and Body Functions (29%). Environmental Factors were less evaluated (1%). The body Structure domain was not included in any instrument. When evaluating the instruments regarding the number of ICF items and categories, the following screening assessment model was arrived at NIHSS - neurological deficits; MIF – functional performance; mRS – post-stroke global outcomes, SF-36 – quality of life; MoCA – cognitive screening. Conclusions: It was possible to structure an assessment model for screening, allowing professionals to more objectively identify the main points to direct their assessment according to their client's needs. Furthermore, it facilitates access to the ICF information and categories that are represented in each instrument, making the assessment more complete and efficient.
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EMERSON LEVY DUTRA DE ALMEIDA FILHO
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EFEITOS DA MASSAGEM PERCUSSIVA NA RECUPERAÇÃO APÓS CORRIDA DE 10KM: ENSAIO CLÍNICO CONTROLADO RANDOMIZADO E CEGO
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Orientador : CAIO ALANO DE ALMEIDA LINS
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MEMBROS DA BANCA :
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CAIO ALANO DE ALMEIDA LINS
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CLECIO GABRIEL DE SOUZA
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DANIEL GERMANO MACIEL
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Data: 15/12/2023
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Introdução: A corrida de rua é uma modalidade que promove benefícios aos seus praticantes, contudo afim de melhorar seu desempenho, os corredores procuram altos volumes e intensidades de treino, que pode provocar um desequilíbrio entre estresse mecânico e descanso. Para evitar esse desequilíbrio, uma massagem vem ganhando popularidade, a massagem percussiva, que tende a promover redução de dor, melhora dos espasmos musculares e aumento da amplitude de movimento e aumenta o fluxo sanguíneo local. Objetivos: Avaliar os efeitos da massagem percussiva na recuperação do corredor após corrida de 10 km. Métodos: trata-se de um ensaio clínico controlado, randomizado e cego, no qual 40 corredores de ambos os sexos foram alocados aleatoriamente em dois grupos: o grupo experimental, no qual foi realizado massagem percussiva (GMP) e o grupo controle, no qual foi realizado a massagem terapêutica (GMT) do tipo “effleurage”. Ambos os grupos receberam 10 minutos de massagem no quadríceps femoral. Os participantes foram avaliados em 6 momentos: na linha de base, antes da corrida, imediatamente após a corrida de 10km, imediatamente após a intervenção, 24 horas após a intervenção e 48 horas após a intervenção através das escalas de percepção de dor e fadiga e de percepção de recuperação, dinamometria isocinética e algometria. A normalidade dos dados foi avaliada pelo teste de Kolmogorov-Smirnov e Levene. A ANOVA, modelo misto foi utilizado para determinar as diferenças entre os dois grupos. O teste post-hoc de Bonferroni foi aplicado para identificar as diferenças quando um valor F significativo fosse encontrado. A significância estatística foi fixada em 5% e intervalo de confiança de 95% (IC95%). Resultados: Os corredores fizeram uma avaliação inicial, e foi observado que antes da corrida ambos os grupos apresentavam dor e fadiga 0, e percepção de recuperação 17. Após a corrida, tanto a dor como a fadiga aumentaram para 2 e 3 respectivamente, e a percepção de recuperação caiu para aproximadamente 13, mostrando uma queda de rendimento. Porém após as intervenções os dois grupos mostraram uma boa recuperação, retornando para os valores da primeira avaliação. Contudo, na análise entre os grupos, não foi encontrado nenhuma diferença significativa para as variáveis avaliadas. Conclusão: Concluímos que a massagem percussiva e a massagem terapêutica tiveram resultados semelhantes para as variáveis avaliadas para corredores de 10 km, não tendo resultados superiores quando comparadas.
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Introduction: Road running is a modality that provides benefits to its practitioners, however, in order to improve their performance, runners seek high volumes and intensities of training, which can cause an imbalance between mechanical stress and rest. To avoid this imbalance, a massage has been gaining popularity, percussive massage, which tends to reduce pain, improve muscle spasms and increase range of movement and increases local blood flow. Objectives: To evaluate the effects of percussive massage on runners' recovery after a 10 km race. Methods: this is a controlled, randomized and blind clinical trial, in which 40 runners of both sexes were randomly allocated into two groups: the experimental group, in which percussive massage (GMP) was performed and the control group, in which therapeutic massage (GMT) of the “effleurage” type was performed. Both groups received 10 minutes of quadriceps femoris massage. Participants were assessed at 6 moments: at baseline, before the race, immediately after the 10km run, immediately after the intervention, 24 hours after the intervention and 48 hours after the intervention using the pain and fatigue perception scales and recovery perception, isokinetic dynamometry and algometry. Data normality was assessed using the Kolmogorov-Smirnov and Levene test. A mixed model ANOVA was used to determine the differences between the two groups. The Bonferroni post-hoc test was applied to identify differences when a significant F value was found. Statistical significance was set at 5% and a 95% confidence interval (95%CI). Results: The runners performed an initial assessment, and it was observed that before the race, both groups had pain and fatigue 0, and perception of recovery 17. After the race, both pain and fatigue increased to 2 and 3 respectively, and the recovery perception dropped to approximately 13, showing a drop in yield. However, after the interventions, both groups showed a good recovery, returning to the values of the first assessment. However, in the analysis between groups, no significant differences were found for the variables evaluated. Conclusion: We concluded that percussive massage and therapeutic massage had similar results for the variables evaluated for 10 km runners, without having superior results when compared.
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KIMBERLY MOREIRA PEREIRA DA SILVA
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EFEITO DA VENTOSATERAPIA SECA ASSOCIADA AO MÉTODO MCKENZIE EM PACIENTES COM DOR LOMBAR CRÔNICA: PROTOCOLO PARA UM ENSAIO RANDOMIZADO CONTROLADO POR SHAM
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Orientador : MARCELO CARDOSO DE SOUZA
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MEMBROS DA BANCA :
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MARCELO CARDOSO DE SOUZA
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AREOLINO MATOS
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EDGAR RAMOS VIEIRA
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Data: 22/12/2023
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Introdução: Atualmente, as diretrizes de prática clínica recomendam o exercício como uma abordagem de primeira linha para o tratamento da dor lombar crônica. Em contrapartida, técnicas passivas como a ventosaterapia tem ganhado espaço no manejo dessa população, contudo, importantes lacunas a respeito da combinação da ventosaterapia com exercícios ativos em indivíduos com dor lombar crônica inespecífica ainda estão presentes na literatura. Neste contexto, esse estudo tem o objetivo de elaborar um protocolo para um ensaio clínico sham-controlado, randomizado e cego para avaliar os efeitos adicionais da ventosaterapia em associação aos exercícios do método McKenzie na incapacidade e desfechos clínicos de indivíduos com dor lombar crônica inespecífica. Métodos: Serão recrutados e avaliados 88 indivíduos com dor lombar crônica inespecífica e localizada na faixa etária de 18 a 59 anos, quanto aos critérios de inclusão e exclusão. Posteriormente serão aleatorizadas para um dos 2 grupos: grupo intervenção, em que serão submetidos à intervenção do método McKenzie e posteriormente a adição da ventosa a seco; e grupo sham, em que após a intervenção do método McKenzie será adicionada a aplicação da ventosa sham. Os indivíduos serão classificados e tratados de acordo com o método McKenzie e em seguida receberão a aplicação das ventosas em paralelo às vértebras de L1 a L5, bilateralmente. As intervenções serão realizadas duas vezes por semana durante oito semanas. Os voluntários serão avaliados antes do tratamento (T0), imediatamente após a primeira intervenção (T1), com 4 semanas de intervenção (T4) e com 8 semanas de intervenção (T8). O desfecho primário será a incapacidade (questionário (Oswestry Disability Index)), funcionalidade (Timed Up and Go test), enquanto os secundários serão, intensidade da dor (Escala Numérica da Dor), amplitude de movimento lombar (teste dedo ao chão), expectativa do paciente e percepção do paciente (Global Perceived Effect Scale). Resultados Esperados: Espera-se que esse estudo proporcione esclarecimento científico sobre a associação da técnica de ventosaterapia aos exercícios ativos, de modo a avaliar se há efeito clínico adicional na dor lombar crônica inespecífica em relação ao grupo sham, a fim de oferecer suporte para a utilização ou não da referida técnica nessa população.
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Introduction: Low back pain is the main cause of years lived with disability, being more prevalent in adults. It can be classified as acute, subacute or chronic, being nonspecific or not. Currently, clinical practice guidelines recommend exercise as a first-line approach to treating this condition. In this scenario, cupping therapy has been gaining ground in pain management in this population. However, there are no studies evaluating cupping therapy in association with active exercise in individuals with nonspecific chronic low back pain. This protocol describes a placebo-controlled, randomized, blinded study that aims to assess the additional effects of cupping therapy in association with McKenzie Method exercises on pain and functional outcomes in individuals with nonspecific chronic low back pain. Methods: One hundred and eight individuals with nonspecific and localized chronic low back pain, aged 18 to 59 years, will be recruited meeting the inclusion criteria. Subsequently, they will be randomized to one of 2 groups: intervention group (GI) where they will be submitted to the McKenzie Method intervention and application of the dry cup and placebo group (GP), submitted to the McKenzie Method intervention and application of the simulated cup. The individuals will be classified and treated according to the McKenzie Method and then they will receive the application of cups in parallel to the vertebrae from L1 to L5, bilaterally. Interventions will be carried out twice a week for eight weeks. Volunteers will be evaluated before treatment (T0), immediately after the first intervention (T1), after 4 weeks of intervention (T4) and after 8 weeks of intervention (T8). The primary endpoint will be pain, and the secondary endpoints will be physical function, lumbar range of motion, patient expectation, quality of life. Expected Results: It is expected that this study will provide greater knowledge about the association of the cupping therapy technique with active exercises and whether it adds any clinical effect on the symptoms of nonspecific chronic low back pain, thus serving as scientific evidence that may approve the use of the referred technique and that it be the protocol in new researches in order to analyze its effectiveness in this population.
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