As Diretrizes Curriculares Nacionais para cursos de Engenharia estabelecem o seguinte perfil geral para os egressos dos cursos de Engenharia:
Art. 3º O perfil do egresso do curso de graduação em Engenharia deve compreender, entre outras, as seguintes características:
I - ter visão holística e humanista, ser crítico, reflexivo, criativo, cooperativo e ético e com forte formação técnica;
II - estar apto a pesquisar, desenvolver, adaptar e utilizar novas tecnologias, com atuação inovadora e empreendedora;
III - ser capaz de reconhecer as necessidades dos usuários, formular, analisar e resolver, de forma criativa, os problemas de Engenharia;
IV - adotar perspectivas multidisciplinares e transdisciplinares em sua prática;
V - considerar os aspectos globais, políticos, econômicos, sociais, ambientais, culturais e de segurança e saúde no trabalho; e
VI - atuar com isenção e comprometimento com a responsabilidade social e com o desenvolvimento sustentável.
O perfil definido pela portaria do ENADE 2023 na área de Engenharia de Controle e Automação, que é a área na qual o curso de Engenharia Mecatrônica da UFRN faz o exame, é:
Art. 4º A prova do ENADE, no componente específico da área de Engenharia de Controle e Automação, tomará como referencial do(a) estudante concluinte o seguinte perfil:
I - Crítico na identificação e na solução de problemas, considerando aspectos técnicos, econômicos, ambientais, éticos e humanistas;
II - Atento ao surgimento e ao desenvolvimento de novas tecnologias e à possibilidade de integrá-las criativamente em seu fazer profissional;
III - Ciente da natureza multidisciplinar da Engenharia Mecatrônica, com foco na integração de conhecimentos; IV - Organizado, resiliente, propositivo e proativo em sua atuação profissional individual e em equipe;
V - Comprometido com a sua permanente atualização profissional e ciente de sua responsabilidade técnica e profissional.
O perfil específico do curso de Engenharia Mecatrônica da UFRN acrescenta a essas características gerais o histórico e a vocação locais da instituição e a realidade regional e nacional do mundo do trabalho. O profissional que se deseja formar está apto à concepção, projeto, implantação, operação e manutenção de quaisquer equipamentos e sistemas automáticos, desde mecanismos inteligentes, passando pelo controle de plantas industriais até unidades fabris automatizadas. Em sua atividade:
● Otimiza, projeta, instala, mantém e opera sistemas de controle e automação de processos, de manufatura e acionamento de máquinas; de medição e instrumentação eletroeletrônica, de redes industriais e de aquisição de dados.
● Integra recursos físicos e lógicos, especificando e aplicando programas, materiais, componentes, dispositivos, equipamentos eletroeletrônicos e eletromecânicos utilizados na automação industrial, comercial e predial.
● Coordena e supervisiona equipes de trabalho.
● Realiza pesquisa científica e tecnológica e estudos de viabilidade técnico-econômica.
● Executa e fiscaliza obras e serviços técnicos; efetua vistorias, perícias e avaliações, emitindo laudos e pareceres.
● Considera a ética, a segurança e os impactos socioambientais.
Para tanto, o curso de Engenharia Mecatrônica da UFRN deve formar egressos com o seguinte perfil:
● Boa formação básica nos fundamentos científicos relevantes das Ciências Exatas e Naturais (principalmente Matemática e Física) e nos conhecimentos tradicionalmente associados à formação básica em Engenharia.
● Formação profissionalizante geral que envolve os conteúdos fundamentais de teoria de Controle e Automação e alguns aspectos relevantes da Computação; da Eletricidade e da Eletrônica; e da Mecânica.
● Formação profissionalizante específica nos aspectos ligados ao desenvolvimento e integração de processos, sistemas, equipamentos e dispositivos mecatrônicos e de automação, tais como automação da manufatura, sistemas de controle, sistemas embarcados, robótica e informática industrial.
● Capaz de compreender o impacto da Automação e suas tecnologias, considerando aspectos sociais, políticos, éticos, humanísticos, legais e de propriedade intelectual, econômicos, ambientais e culturais.
● Empreendedor, criativo, inovador e capaz de trabalhar de forma colaborativa e interdisciplinar.
● Comprometido com a permanente atualização profissional, o aprimoramento de suas competências e a incorporação de novas tecnologias ao exercício profissional.
As Diretrizes Curriculares Nacionais para cursos de Engenharia estabelecem as seguintes competências gerais para os egressos dos cursos de Engenharia:
1. Formular e conceber soluções desejáveis de engenharia, analisando e compreendendo os usuários dessas soluções e seu contexto:
a) Ser capaz de utilizar técnicas adequadas de observação, compreensão, registro e análise das necessidades dos usuários e de seus contextos sociais, culturais, legais, ambientais e econômicos.
b) Formular, de maneira ampla e sistêmica, questões de engenharia, considerando o usuário e seu contexto, concebendo soluções criativas, bem como o uso de técnicas adequadas.
2. Analisar e compreender os fenômenos físicos e químicos por meio de modelos simbólicos, físicos e outros, verificados e validados por experimentação:
a) Ser capaz de modelar os fenômenos, os sistemas físicos e químicos, utilizando as ferramentas matemáticas, estatísticas, computacionais e de simulação, entre outras.
b) Prever os resultados dos sistemas por meio dos modelos.
c) Conceber experimentos que gerem resultados reais para o comportamento dos fenômenos e sistemas em estudo.
d) Verificar e validar os modelos por meio de técnicas adequadas.
3. Conceber, projetar e analisar sistemas, produtos (bens e serviços), componentes ou processos:
a) Ser capaz de conceber e projetar soluções criativas, desejáveis e viáveis, técnica e economicamente, nos contextos em que serão aplicadas.
b) Projetar e determinar os parâmetros construtivos e operacionais para as soluções de Engenharia.
c) Aplicar conceitos de gestão para planejar, supervisionar, elaborar e coordenar projetos e serviços de Engenharia.
4. Implantar, supervisionar e controlar as soluções de Engenharia:
a) Ser capaz de aplicar os conceitos de gestão para planejar, supervisionar, elaborar e coordenar a implantação das soluções de Engenharia.
b) Estar apto a gerir, tanto a força de trabalho quanto os recursos físicos, no que diz respeito aos materiais e à informação.
c) Desenvolver sensibilidade global nas organizações.
d) Projetar e desenvolver novas estruturas empreendedoras e soluções inovadoras para os problemas. e) Realizar a avaliação crítico-reflexiva dos impactos das soluções de Engenharia nos contextos social, legal, econômico e ambiental.
5. Comunicar-se eficazmente nas formas escrita, oral e gráfica:
a) Ser capaz de expressar-se adequadamente, seja na língua pátria ou em idioma diferente do Português, inclusive por meio do uso consistente das tecnologias digitais de informação e comunicação (TDICs), mantendo-se sempre atualizado em termos de métodos e tecnologias disponíveis. 6. Trabalhar e liderar equipes multidisciplinares: a) Ser capaz de interagir com as diferentes culturas, mediante o trabalho em equipes presenciais ou a distância, de modo que facilite a construção coletiva.
b) Atuar, de forma colaborativa, ética e profissional em equipes multidisciplinares, tanto localmente quanto em rede.
c) Gerenciar projetos e liderar, de forma proativa e colaborativa, definindo as estratégias e construindo o consenso nos grupos.
d) Reconhecer e conviver com as diferenças socioculturais nos mais diversos níveis em todos os contextos em que atua (globais/locais).
e) Preparar-se para liderar empreendimentos em todos os seus aspectos de produção, de finanças, de pessoal e de mercado.
7. Conhecer e aplicar com ética a legislação e os atos normativos no âmbito do exercício da profissão:
a) Ser capaz de compreender a legislação, a ética e a responsabilidade profissional e avaliar os impactos das atividades de Engenharia na sociedade e no meio ambiente.
b) Atuar sempre respeitando a legislação, e com ética em todas as atividades, zelando para que isto ocorra também no contexto em que estiver atuando.
8. Aprender de forma autônoma a lidar com situações e contextos complexos, atualizando-se em relação aos avanços da ciência, da tecnologia e aos desafios da inovação:
a) Ser capaz de assumir atitude investigativa e autônoma, com vistas à aprendizagem contínua, à produção de novos conhecimentos e ao desenvolvimento de novas tecnologias.
b) Aprender a aprender. As competências e habilidades específicas segundo a portaria da área de Engenharia de Controle e Automação no ENADE 2023 são:
1. Comunicar-se eficientemente nas formas escrita e gráfica;
2. Identificar, formular e resolver problemas de Engenharia;
3. Conceber e conduzir experimentos e interpretar resultados;
4. Modelar, analisar e validar sistemas;
5. Analisar, comparar e especificar componentes, dispositivos e equipamentos;
6. Projetar, desenvolver, implementar e otimizar sistemas, produtos e processos;
7. Planejar, elaborar, coordenar e supervisionar projetos e serviços de engenharia;
8. Inspecionar, operar e avaliar, criticamente, processos e sistemas e realizar sua manutenção;
9. Desenvolver e/ou aplicar novos recursos, ferramentas e técnicas;
10. Avaliar a viabilidade econômica de projetos de Engenharia;
11. Avaliar o impacto das atividades da Engenharia no contexto social e ambiental.
Com base nessas definições gerais e levando-se em conta o histórico e a vocação do curso e a realidade do mundo do trabalho regional e nacional, o curso de graduação em Engenharia Mecatrônica da UFRN deve proporcionar aos seus egressos, ao longo da formação, o desenvolvimento das seguintes competências (C1 a C7) e habilidades (H1a a H7b): C1: Possuir sólida formação em ciências exatas e naturais, possibilitando a compreensão e solução de problemas de Engenharia envolvendo controle e automação de processos. H1a: Analisar e compreender os fenômenos naturais por meio de modelos simbólicos, físicos e outros, verificados e validados por experimentação. H1b: Perceber problemas do mundo que possam ser solucionados por algum tipo de sistema e conceber o sistema adequado para solucioná-lo. H1c: Identificar, representar e interpretar problemas que possam ser resolvidos ou ter seu desempenho melhorado com a utilização da teoria de controle e da automação industrial.
C2: Atuar na concepção, análise, especificação, projeto, desenvolvimento, teste, verificação e validação de sistemas e métodos de controle e automação e de sistemas de manufatura, englobando tecnologias voltadas para a indústria 4.0. H2a: Atuar nas áreas de automação e sistemas, controle e monitoração de máquinas e produtos de operação autônoma, robótica, simulação, planejamento, programação, gerenciamento e controle da produção e projeto assistido por computador. H2b: Projetar e desenvolver sistemas seguros e confiáveis de aquisição, tratamento, processamento, armazenamento e comunicação da informação e sistemas de automação e controle em diferentes aplicações tecnológicas, no âmbito da Indústria 4.0 e da internet das coisas. H2c: Analisar, avaliar, especificar, selecionar e/ou desenvolver componentes de hardware e software, dispositivos e equipamentos para a automação industrial.
C3: Comunicar-se eficazmente nas formas escrita, oral e gráfica. H3a: Comunicar-se na língua pátria e em idiomas diferentes, incluindo a língua inglesa. H3b: Utilizar de forma consistente as tecnologias digitais de informação e comunicação, mantendose sempre atualizado em termos de métodos e tecnologias disponíveis. H3c: Ter habilidade de usar diagramas e plantas para representar sistemas.
C4: Considerar os aspectos globais, políticos, econômicos, sociais, ambientais, culturais e de segurança e saúde no trabalho.
H4a: Conhecer e aplicar com ética a legislação, os atos normativos no exercício da profissão e o direito relacionado à propriedade intelectual.
H4b: Realizar a avaliação crítico-reflexiva dos impactos das soluções propostas nos contextos social, legal, econômico e ambiental, comprometendo-se com a responsabilidade social e com o desenvolvimento sustentável.
H4c: Entender e respeitar as diversidades de raça e gênero.
C5: Aprender a lidar com situações e contextos complexos, atualizando-se continuamente em relação aos avanços da ciência, da tecnologia e aos desafios da inovação.
C6: Possuir criatividade e espírito inovador e empreendedor.
C7: Ser capaz de implantar, supervisionar e controlar as soluções de Engenharia. H7a: Realizar estudos de viabilidade técnica, social e econômica, planejar, supervisionar, elaborar e coordenar a implantação de projetos, produtos e/ou serviços. H7b: Liderar ou participar de equipes multidisciplinares, de forma colaborativa, ética e profissional.
A estrutura curricular foi concebida buscando desenvolver as competências (C1 a C7) e habilidades (H1a a H7b) que se deseja que o egresso possua, descritas no final da seção 7.2.1. Embora várias competências e habilidades sejam trabalhadas de maneira transversal em muitas disciplinas, são apresentados na Tabela 6 os componentes curriculares que estão mais diretamente envolvidos no seu desenvolvimento.
Carga horária O currículo do curso prevê uma carga horária total de 3792h, contabilizadas em horas-relógio (horas de 60 minutos), a serem integralizadas em prazo médio de 5 (cinco) anos. Essa carga horária é superior ao mínimo exigido pela Resolução CNE/CES nº 2, que dispõe sobre a carga horária mínima dos cursos, e pelas diretrizes de Engenharia, que preveem duração mínima de 3600h e integralização em 5 anos. O curso de Engenharia Mecatrônica é totalmente presencial. Não são previstos componentes curriculares oferecidos total ou parcialmente na modalidade de ensino a distância. Por essa razão, não se aplicam ao curso as disposições da regulamentação interna da UFRN sobre o funcionamento de componentes curriculares na modalidade a distância nos cursos de graduação presenciais.
Flexibilização curricular O currículo do curso se propõe a ser flexível na medida do possível, permitindo que o aluno adapte o percurso formativo aos seus interesses através dos seguintes aspectos:
● A carga horária total mínima do curso é de 3792h, divididas da seguinte forma: o Carga horária obrigatória: 3182h = 83,9% ▪ Aulas: 2787h (incluindo 30h de aulas de DCA3801 – PROJETO INTEGRADO) = 73,5%
● Teóricas: 2276h = 60,0%
● Práticas: 511h = 13,5%
Atividades: 395h = 10,4%
● DCA3801 – PROJETO INTEGRADO: 90h de trabalho orientado =
● MCA3901 – TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO: 145h de trabalho orientado
● MCA3902 – ESTÁGIO OBRIGATÓRIO: 160h de trabalho orientado o Carga horária flexível: 610h = 16,1% ▪ Componentes optativos: 420h (mínimo) = 11,1% ▪ Atividades complementares: 190h (mínimo) = 5,0%
● Com relação ao currículo anterior, a carga horária total manteve-se aproximadamente com o mesmo valor (passou de 3785h para 3792h, aumento de 7h = 0,2%). A carga horária obrigatória de aulas foi reduzida de 183h (de 2970h para 2787h).
● A quantidade de pré-requisitos foi reduzida e tentou-se evitar a formação de cadeias longas com componentes sendo pré-requisitos para componentes do nível imediatamente seguinte. Quando não se pode evitar a existência de encadeamentos de pré-requisitos envolvendo 4 (quatro) ou mais componentes, a organização em níveis procurou distribuí-los com algum espaçamento, de tal forma que o insucesso em algum deles não implique necessariamente em um atraso no final do curso.
● Os componentes curriculares obrigatórios de um mesmo nível do curso serão oferecidos em um mesmo turno (matutino ou vespertino). A oferta das turmas dos níveis ímpares (5º período, 7º período, etc.) será concentrada em um dos turnos (por exemplo, o matutino) e das turmas dos níveis pares (4º período, 6º período, etc.) no outro turno (por exemplo, o vespertino). Com isso, a ocupação do espaço físico nos setores de aula é melhorada e dá-se ao aluno reprovado a possibilidade de se nivelar no período seguinte, pois não há choque de horário entre as disciplinas obrigatórias de um nível e as dos níveis anterior ou seguinte. Esse procedimento pretende contribuir para a redução da retenção no curso. Além disso, faz com que os alunos nivelados tenham um turno diurno livre para as atividades de ensino, pesquisa e extensão, os estágios ou o empreendedorismo (empresa júnior ou incubada).
● Dentro da carga horária total de 3792h, o currículo prevê 420h (11,1%) de carga horária optativa mínima, que o aluno pode cumprir através da escolha de componentes curriculares que fazem parte da lista de optativas. Essa carga horária optativa é superior ao mínimo exigido pela UFRN (10%). Não há um limite máximo quanto à carga horária de componentes curriculares optativos que o aluno pode cumprir: acima do limite de 420h, os componentes optativos cursados contam como carga horária adicional. ● Os componentes curriculares optativos são oferecidos após consulta prévia aos alunos, de forma a tentar disponibilizar os componentes para os quais haja maior interesse e/ou necessidade. Essa consulta é realizada no semestre anterior e a proposta final de oferta, a cada semestre, é elaborada pela coordenação, levando em conta a disponibilidade de professores e minimizando as coincidências de horários. ● O aluno pode cursar componentes curriculares eletivos, ou seja, qualquer componente curricular oferecido pela UFRN para qualquer curso, até um limite máximo de 240 horas.
● O currículo prevê 190h (5,01%) de carga horária complementar, o que atende ao mínimo exigido pela UFRN (5%). As atividades complementares que podem ser contabilizadas serão regulamentadas pelo colegiado do curso, incluindo, além de outras, as atividades de extensão, monitoria, iniciação à docência, iniciação tecnológica, iniciação científica, apoio técnico, estágio não obrigatório, publicações científicas, participação em evento científico, técnico ou acadêmico como ouvinte, organizador ou palestrante, representação discente, participação em defesas de TCC, dissertações ou teses, participação em competições científicas, técnicas ou esportivas e participação em empresa júnior ou incubada. O curso de Engenharia Mecatrônica oferece aos alunos a possibilidade de por em prática os conhecimentos adquiridos através de aulas práticas em laboratórios especializados, projetos de pesquisa, visitas técnicas, monitoria e projetos de extensão, enfatizando desse modo a articulação entre teoria e prática. O contato com o mundo do trabalho é incentivado ao longo da formação, através de vários mecanismos:
● Estágio obrigatório e estágios não obrigatórios.
Avaliação do processo de ensino-aprendizagem
Avaliação do processo de ensino-aprendizagem A avaliação do processo de ensino-aprendizagem seguirá o Regulamento dos Cursos de Graduação da UFRN, tendo como referência o perfil do egresso, os objetivos do curso e as competências profissionais orientadoras para a formação do Engenheiro de Computação.
Geralmente os procedimentos de avaliação do aprendizado são bastante diversificados e dependem de cada componente. Nos cursos de Engenharia, de modo geral, são realizadas provas escritas, seminários individuais ou em grupos, relatórios técnicos, estudos de casos e projetos, algumas vezes utilizando metodologias de Aprendizado Baseado em Projetos ou Problemas (PBL).
A coordenação do curso acompanhará a evolução dos alunos ao longo dos anos de modo a detectar taxas de insucesso anormalmente altas em relação a determinadas disciplinas e/ou professores, em comparação com disciplinas e/ou professores similares. Com o objetivo de detectar, diagnosticar e tentar resolver estes casos, além de outros aspectos do curso que requeiram uma intervenção específica, a avaliação da aprendizagem será complementada pelas seguintes ações:
● Reuniões semestrais do Coordenador e do Vice-Coordenador com os alunos, tentando identificar pontos positivos e negativos no processo de ensino-aprendizagem das várias disciplinas, possivelmente utilizando questionários preenchidos pelos alunos e professores.
● Utilização das avaliações dos docentes pelos discentes feitas pela UFRN para identificar problemas e soluções.
Periodicamente, as dificuldades e problemas do curso relacionados com a infraestrutura, equipamentos de laboratório, pessoal, problemas de gestão, metodologias adotadas nos componentes curriculares, etc. serão averiguadas pela Coordenação do curso, Colegiado e NDE, juntamente com os demais docentes, chefes de laboratórios e a chefes dos departamentos para propor soluções. As ferramentas mais utilizadas para detectar essas eventuais necessidades são as avaliações dos discentes e docentes para cada disciplina, demandas levantas em reuniões periódicas com os alunos e o Plano de Ação Trienal do curso (PATCG).
Avaliação do Projeto Pedagógico
A avaliação do Projeto Pedagógico compreende o acompanhamento e a gestão da execução do projeto. A avaliação será executada a partir das seguintes ações, realizadas principalmente durante a Semana de Avaliação e Planejamento (SAP) prevista no Calendário Acadêmico da UFRN: ● Reuniões entre professores que lecionarão as disciplinas do curso em áreas afins, para discussão sobre as metodologias de ensino-aprendizado que serão utilizadas, de modo a formar um conjunto consistente, além de alterá-las quando necessário. ● Reuniões entre o Coordenador, o Vice-Coordenador, professores e representantes dos alunos para avaliar a eficácia do Projeto Pedagógico e detectar possíveis ajustes que sejam necessários. ● Reunião com o corpo docente para levantar as eventuais dificuldades no curso, acompanhar o alcance das metas anteriores, avaliar o curso e propor melhorias e modificações pertinentes. O Núcleo Docente Estruturante (NDE) do curso de Engenharia Mecatrônica possui atribuições de acompanhamento e atualização contínua do projeto pedagógico do curso. O NDE é composto por um mínimo de cinco professores do quadro permanente que ministram regularmente componentes curriculares do curso, preferencialmente obrigatórios. O NDE promoverá uma contínua avaliação do processo de ensinoaprendizagem e eventuais melhorias no curso de acordo com os seguintes pontos:
● Reflexão para identificar fragilidades e possibilitar correções contínuas dos instrumentos utilizados, proporcionando melhorias na taxa de sucesso do curso; ● Diversificar os instrumentos de avaliação para garantir uma avaliação mais ampla e eficaz.
Uma previsão deste Projeto Pedagógico é o aumento no número de atividades interdisciplinares que promovem a integração de conhecimentos e articulação de competências. Os componentes de projetos integradores inseridas na estrutura curricular permitirão aos alunos experimentar atividades de caráter práticoteórico e extensionista, com amplas possibilidades de exercitar e aprimorar as competências e habilidades previstas para um curso de engenharia. Pela forma como estão inseridas no currículo, as disciplinas de projetos integradores:
● ECT3520 – CIÊNCIAS E TECNOLOGIAS APLICADAS 6
● DCA3801 – PROJETO INTEGRADO
● ECP3901 – TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO
poderão ser utilizadas como terreno para a manifestação de ideias que os alunos utilizarão para preparar dos seus futuros caminhos fora da UFRN e possíveis sementes de inovação no mercado.
Entender o impacto desta iniciativa na motivação do aluno para concluir o seu curso e se inserir no mercado de engenharia será um importante marco na avaliação deste projeto pedagógico.
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