EFEITO DO ANTIBIÓTICO AZITROMICINA NO CICLO DE DESENVOLVIMENTO DE Chrysomya megacephala (DIPTERA: CALLIPHORIDAE) E AVALIAÇÃO DE NOVA DIETA PARA MANUTENÇÃO DA ESPÉCIE EM LABORATÓRIO
Entomologia forense, azitromicina, entomofauna cadavérica, criação de dípteros, bionomia
Decorrente do cenário pandêmico perpassado em 2020, 2021 e, ainda em 2022, o antibiótico azitromicina foi utilizado como um dos itens presentes no “kit covid”, amplamente utilizado durante a pandemia de COVID-19. O presente trabalho avalia a influência desse antibiótico no ciclo de vida da mosca Chrysomya megacephala, espécie de elevada importância forense no país. Para a realização dos ensaios, foram utilizadas ovos e larvas mantidas em insetário e criadas em recipientes plásticos contendo carne moída crua acrescida de azitromicina. Como controle, tivemos larvas tratadas apenas com dieta, sem a adição do antibiótico. O monitoramento foi realizado a cada seis horas, com a primeira do dia sendo realizada às 07h30, e a última, às 22h, visando não ultrapassar 12h sem análise. Ademais, tal estudo também tem por objetivo propor uma nova dieta para ser utilizada na manutenção dessa espécie em laboratório. Assim, avaliou-se duas marcas de sachê úmido para felinos e duas marcas de sachê úmido para caninos, ambos dos mesmos sabores: frango e cordeiro. Completando os demais tratamentos, tivemos a carne moída e crua, além da dieta já utilizada na rotina, atuando como controle. O monitoramento das larvas nesse tratamento se deu a cada 12 horas. Em ambos os ensaios, observou-se a mortalidade, se houve alguma alteração morfológica, mudança de fase e duração de cada uma delas, medições de tamanho e peso. Continuados o ciclo, o efeito na oviposição das moscas adultas também foi analisado.