Banca de DEFESA: MONIQUE LEIA ARAGÃO DE LIRA

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : MONIQUE LEIA ARAGÃO DE LIRA
DATA : 19/12/2023
HORA: 08:30
LOCAL: REMOTO-VIDEOCONFERÊNCIA
TÍTULO:

AVALIAÇÃO DA COBERTURA VACINAL NO BRASIL: UM ESTUDO DE SÉRIE TEMPORAL DE  2000 A 2022 

 


PALAVRAS-CHAVES:

Programa de Imunização; Vacinação; Cobertura Vacinal; Morbimortalidade; Série temporal.


PÁGINAS: 71
RESUMO:

A missão do Programa Nacional de Imunizações baseia-se no controle e na erradicação das doenças preveníveis por vacinação. A insuficiência de campanhas e o declínio da cobertura vacinal podem aumentar o fardo das doenças infecciosas endêmicas e o risco de ressurgimento de agentes patogênicos eliminados. Diante disto, o presente estudo tem o objetivo de avaliar a cobertura vacinal no Brasil, a partir da série temporal de 2000 a 2022. Trata-se de um estudo ecológico de base populacional nacional, por meio de dados secundários obtidos no Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde do Ministério da Saúde, coletados no período de fevereiro a maio de 2023. Utilizou-se as variáveis dependentes de cobertura vacinal e os imunobiológicos, e como variáveis independentes as regiões brasileiras, estados, anos e faixa etária menor de ano. Os dados foram analisados a partir dos Softwares Excel 2016 para Windows, Joinpoint Regression Program e o Power Business Intelligence. Os resultados obtidos neste estudo, apontam uma cobertura percentual vacinal geral da população brasileira acima de 80% nos anos de 2001, 2004, 2011, 2014 e 2015 e um declínio considerável a partir de 2016, sendo as menores taxas registradas nos anos de 2016 e 2021. Na análise temporal, os estados da região Norte, Nordeste e Sudeste, possuem os menores índices na média geral da cobertura vacinal do período. Além disso, a regressão linear mostrou quatro variações temporais com segmentos de reta para explicar a autocorrelação, apresentando pontos de interrupção equivalentes nos períodos 2013-2016, 2016-2019 e 2019-2022, seguindo uma ordem decrescente, crescente e decrescente. A região Norte apresenta uma variação negativa com significância estatística no segmento 2019-2022, confirmando a tendência decrescente. Os imunobiológicos em menores de dois anos de idade, a vacina BCG lidera as maiores taxas nos estados brasileiros alcançado os parâmetros acima do esperado (90%). No estado do Espírito Santo os índices desenvolvidos pela vacina da poliomielite supera a BCG, e em todos os estados do país a meta contra a poliomielite (95%) é alcançada, exceto no Amapá. Outro imunobiológico com bom desempenho, é a dose um da tríplice viral, evidencia-se que os estados do Amazonas, Amapá e Acre não alcançaram a meta (95%). Nas regiões do Brasil é identificado elevados índices da cobertura vacinal no ano de 2015 na região Nordeste, com destaque para os estados do Ceará e Pernambuco. O mesmo comportamento do ano de 2015, é visualizado no Norte com  ênfase para o estado de Rondônia, no Centro-Oeste com o estado de Minas Gerais e na região Sul com visibilidade no estado de Santa Catarina. No Sudeste do país, as altas taxas de vacinação não são identificadas em um ano específico, assim é percebido que o Distrito Federal lidera os índices no período de 2004 a 2010, seguido de uma tendência decrescente nos anos subsequentes, e o estado do Mato Grosso do Sul registra altos índices vacinais nos anos de 2014 e 2015. Ressalta-se a importância da estratégia de atualização sistemática dos profissionais de saúde, capacitações em sistemas de informação, como também o microplanejamento das atividades de vacinação de alta qualidade do programa de rotina, intensificação e campanhas é essencial para que todas as etapas da vacinação sejam realizadas de forma adequada e segura, alcançando o maior número de pessoas possível.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1879353 - FABIA BARBOSA DE ANDRADE
Interna - 2262871 - ANA ELZA OLIVEIRA DE MENDONCA
Externa à Instituição - DIANA PAULA DE SOUZA REGO PINTO CARVALHO - UERN
Notícia cadastrada em: 14/12/2023 10:27
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