PGE/CB PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ECOLOGIA CENTRO DE BIOCIÊNCIAS Telefone/Ramal: (33) 4222-34/401 https://posgraduacao.ufrn.br/pge

Banca de QUALIFICAÇÃO: GUSTAVO BRANT DE CARVALHO PATERNO

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : GUSTAVO BRANT DE CARVALHO PATERNO
DATA : 14/12/2017
HORA: 08:00
LOCAL: Departamento de Ecologia
TÍTULO:

Sexo, herbívoros e a evolução das flores


PALAVRAS-CHAVES:

bons genes, parasitas, biomassa, coevolução, inimigos naturais, filogenia, macroevolução


PÁGINAS: 50
RESUMO:

Parasitas representam uma forte pressão seletiva influenciando a evolução e a manutenção da reprodução sexuada. Espécies que estão sujeitas a uma gama maior de parasitas debilitantes devem investir mais em reprodução sexuada e apresentar características sexuais secundárias mais desenvolvidas (teoria sosigôniga). Nas últimas décadas, muitos estudos encontraram suporte para essa teoria para diferentes grupos de animais⁠. No entanto, uma aplicação mais geral desta teoria para organismos vegetais permanece pouco explorada. As angiospermas apresentam a maior diversidade de estruturas e estratégias reprodutivas que qualquer outro grupo de organismos, portanto, representam um excelente modelo para se estudar a evolução do sexo. A reprodução sexuada das angiospermas é baseada em flores compostas por estruturas com diferentes funções: androceu (função masculina); gineceu (função feminina); corola (atração de polinizadores) e cálice (proteção do ovário). Surpreendentemente, estudos comparativos avaliando a partição de recursos entre as funções florais básicas são raros. Portanto, o estudo da alometria floral em grandes escalas (geográfica e filogenética) representa uma importante lacuna a ser preenchida e oferece enorme potencial para a descoberta de novos padrões macroevolutivos. Esta tese está organizada em três capítulos que investigam padrões alométricos globais na partição de recursos sexuais em angiospermas e o papel dos herbívoros na evolução das estratégias sexuais das flores. No primeiro capítulo, foram coletados dados de biomassa floral em quatro continentes (América do Norte, América do Sul, Europa e Oceania) para testar a existência de um padrão alométrico global na alocação de recursos florais das angiospermas. Nossos resultados demonstram que a alocação de recursos florais segue uma regra alométrica geral relativamente independente da história evolutiva das espécies. No segundo capítulo, testamos a hipótese de que uma maior pressão de herbívoros (na escala evolutiva) favorece a evolução de estratégias reprodutivas com maior investimento em reprodução cruzada e características sexuais secundárias mais desenvolvidas. Nossos resultados fornecem fortes evidências de que a teoria da evolução do sexo mediada por parasitas se aplica ao reino vegetal. No terceiro capítulo, um conjunto de novos métodos estatísticos e gráficos foi desenvolvido (através do pacote de R sensiPhy) para realizar análises de sensibilidade e testar a robustez de modelos estatísticos considerando múltiplos tipos de incerteza em métodos filogenéticos comparativos (incerteza filogenética, intraespecífica e amostral). Com o sensiPhy esperamos encorajar a inclusão de análises de sensibilidade como uma prática rotineira em biologia comparativa. 


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1678202 - CARLOS ROBERTO SORENSEN DUTRA DA FONSECA
Interno - 1718346 - EDUARDO MARTINS VENTICINQUE
Interno - 1451741 - MARCIO ZIKAN CARDOSO
Notícia cadastrada em: 28/11/2017 13:42
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