OS DESAFIOS DO SERVIÇO SOCIAL EM TEMPO PANDÊMICO: as faces da precarização do trabalho no cotidiano do exercício profissional das assistentes sociais na UPA de Parnamirim
Precarização do Trabalho; Serviço Social; Pandemia
A presente pesquisa tratará da analisa dos rebatimentos da precarização do trabalho em face da ofensiva do capital associada à crise sanitária da COVID-19, em razão da transmissão do novo coronavírus (SARS-CoV-2), à crise econômica, política e social já vivenciada pelo país, que intensificam a superexploração do trabalho e a precarização das políticas sociais. Em face disso, busca-se compreender, a partir do cotidiano profissional como esta conjuntura marcada pelo cenário pandêmico e do ajuste fiscal afetam, nas suas condições objetivas e subjetivas, o trabalho do conjunto dos (as) trabalhadores (as), e consequentemente, do serviço social, uma vez que também faz parte da classe trabalhadora. Deste modo, pretende-se analisar os rebatimentos desta precarização do trabalho para a atuação do assistente social junto (a) aos usuários (as), com destaque para análise do exercício profissional do (a) assistente social na Unidade de Pronto-Atendimento (UPA) em Parnamirim/ RN neste período pandêmico. Para isso, será utilizado o método histórico e dialético a partir da revisão bibliográfica, pesquisa documental e de campo, com as assistentes sociais desta unidade, considerando a apropriação da pesquisa quanti-qualitativa. Nesta direção, serão utilizados os seguintes autores: Marx (1980;2-10), Mészáros (2010), Antunes (2006; 2020), Druck (2011), Alves (1999), Iamamoto (2005), Guerra (2014), Netto (1996), Castro (2006-207), Raichelles (2017; 2020), Aragão (2017), Matos (2020), entre outros. Soma-se a essa pesquisa a análise dos documentos e normas de orientação publicados pelo conjunto CFESS-CRESS que orientam para uma prática crítica e reflexiva, bem como a análise da legislação que fornece as diretrizes para o trabalho em urgência e emergência; analise da Política Nacional de Atenção às Urgências (2006) e das portarias em vigência com vista a compreendê-las nesse processo de intensificação da precarização do trabalho e das políticas sociais, em especial a da saúde, sobretudo após Emenda Constitucional n º 55/2016 que estabelece o teto dos investimentos sociais. Pretende-se, desse modo: 1) analisar os principais rebatimentos da crise estrutural do capital para a política de saúde e o exercício profissional das assistentes sociais na Unidade de Pronto-Atendimento (UPA) de Parnamirim; 2) apreender as formas de precarização do trabalho na Unidade de Pronto-Atendimento (UPA) de Parnamirim em tempo pandêmico, que incide na qualidade do atendimento da população usuária; e 3) analisar as condições éticas e técnicas mediadas pelas competências e atribuições e a reorganização do trabalho dos assistentes sociais em face das mudanças determinadas pela a pandemia. Portanto, espera- se com os resultados obtidos da pesquisa compreender os limites, as possibilidades e a resistência enfrentadas na atuação profissional do (a) assistente social, neste contexto, para viabilização de direitos, e também para qualidade dos serviços prestados.