Banca de DEFESA: Valdicley Eufrausino da Silva

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : Valdicley Eufrausino da Silva
DATA : 03/07/2023
HORA: 15:00
LOCAL: Auditório D, CCHLA
TÍTULO:

A RECEPÇÃO DO CONCEITO DE NECROPOLÍTICA NO BRASIL


PALAVRAS-CHAVES:

Necropolítica. Brasil. Recepção. Branquitude. Branquidade.


PÁGINAS: 107
RESUMO:

 Estabelecemos, no presente trabalho, uma leitura crítico-analítica acerca da recepção do conceito de necropolítica no atual cenário brasileiro. Para tanto, examinaremos, em primeiro lugar, a formulação do conceito a partir de um recuo investigativo, o qual chamamos de escavação. Tal empreendimento consiste em analisar, pontualmente, os debates propostos sobre biopolítica tanto em Michel Foucault quanto em Giorgio Agamben, assim como as discussões sobre raça, racismo e imperialismo apontadas por Hannah Arendt. Posteriormente à tarefa arqueo-genealógica, damos ênfase na elucidação, em si, da noção de necropolítica formulada por Achille Mbembe, investindo esforços em refletir sobre o estatuto paradoxal dos ditames inovadores da condição política identificada pelo pensador camaronês. Antes, o Estado era o principal responsável pelas formas de manejo e configurações dos mundos de vida e morte; já na atualidade, tais aspectos não se configuram somente por grupos sólidos, fixos, estáveis, mas por diversos grupos em diversas esferas sociais. Com isso, queremos dizer que não é somente o Estado que mata. Os exércitos privados, milícias e grupos paramilitares são exemplos explícitos desse ordenamento dentro/fora do poder convencionalmente conhecido, formulado e normalizado, o qual o filósofo chama de necropoder. Este produz tanto novos mundos de morte quanto amplia o direito de matar com irrestrita voracidade. Por fim, examinamos a recepção do conceito necropolítica no cenário brasileiro apontando o caráter multifacetado dos aportes analíticos contemporâneos no território. Nesse ínterim, o percurso nos alude identificarmos a brancura, e seus desdobramentos identitários identificados como branquitude e branquidade, como constitutivas da dinamicidade da produção de mortes incessantes de determinadas pessoas e grupos sociais, seja pelo Estado, seja pelo domínio para além dos poderes oficiais, em que matar, seja de modo físico, seja de modo psicológico, ou ainda, de modo simbólico, tornaram-se entretenimento e banalidade cotidiana. Diante desse cenário de extermínio, precisamos fazer novos questionamentos e encontrar novas respostas e ações que rompam com a estrutura hegemônica do neocolonialismo e neoimperialismo. Para tanto, precisamos repensar e rediscutir os sentidos da política no século XXI.


MEMBROS DA BANCA:
Externo à Instituição - DIEGO DOS SANTOS REIS - UFPB
Presidente - 2415197 - FEDERICO SANGUINETTI
Externa à Instituição - MARIA JOSE DA CONCEICAO SOUZA VIDAL - UERN
Notícia cadastrada em: 23/06/2023 11:57
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