SÊNECA E A FELICIDADE
Felicidade, Sêneca, virtude, atemporalidade.
O objetivo deste trabalho é apresentar a noção de vida feliz em Sêneca. Para alcançar esse objetivo serão consideradas as reflexões de Sêneca, dispostas nas obras: Da vida feliz (De uita beata) e Epístolas a Lucílio (Epistulae morales ad Lucilium). Um dos elementos importantes dessa discussão é a ideia de que a felicidade se encontra internamente em cada indivíduo e não nas coisas, nos bens ou nas pessoas. Outra premissa importante é a autoconfiança como fundamento da felicidade, assim como Sêneca sustenta. O reconhecimento do que sejam os vícios e as virtudes, complementam a argumentação e será central nessa tratativa. A ideia de que o humano deve agir conforme a sua própria natureza é também fundamental para compreender o que Sêneca entende por felicidade. De forma secundária será avaliada a atemporalidade do conceito de felicidade, assim como define o filósofo. Entende-se como atemporalidade algo que nunca perde sua validade. A atualidade se concretiza a partir do momento que a revelação das ideias de Sêneca sobre a felicidade, se torna emergente. Quando se propõe uma atemporalidade das ideias senequianas, não se quer dizer que essas ideias estão em pleno uso nesse tempo, contudo, se propõe um questionamento: existe uma demanda por essa forma de viver a felicidade?