Banca de DEFESA: LEONARDO DOMINGOS BRAGA DA SILVA

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : LEONARDO DOMINGOS BRAGA DA SILVA
DATA : 04/10/2022
HORA: 09:00
LOCAL: Auditório D, CCHLA
TÍTULO:

O MATERIALISMO TRANSCENDENTAL E A COISA EM SI EM ZIZEK 


PALAVRAS-CHAVES:

Zizek; Coisa em si; Realismo; Transcendental; Materialismo.


PÁGINAS: 102
RESUMO:

A presente pesquisa investiga o significado do materialismo transcendental proposto por Slavoj Zizek, observando a influência da questão do transcendental posta por Immanuel Kant, bem como das controvérsias acerca da coisa em si e a influência de Jaques Lacan na compreensão de um objeto virtual e da pulsão de morte que faz as vezes da coisa em si. Elucidamos parte do emaranhado de conexões conceituais que faz parte da filosofia zizekiana e observamos a sua tentativa de construir uma ontologia e metafísica capaz de escapar às armadilhas do relativismo e do realismo. Mostramos que, dar continuidade ao legado kantiano de pensamento força uma filosofia consequente a adotar um tipo de ceticismo em relação ao que está além das aparências, o que Zizek só pôde evitar ao modificar radicalmente o significado da própria coisa em si, trivializando a pergunta pelo que se encontra “além das aparências”. O mundo, assim, é contido em seu aparecer sem que a pergunta pelo que aparece seja feita. Aquilo que não é representação e pode, por isso, tomar o lugar da coisa em si é entendido como o objeto a causa do desejo, ou, noutros termos, a pulsão que, com sua negatividade, força o movimento dos elementos divididos em objeto e do sujeito; e, além disso, precede e cria a própria divisão. Todavia, nesta pesquisa, tal negatividade da pulsão só pôde ser encontrada propriamente no sujeito, restando ao objeto a negatividade da não-identidade. Desse modo, um materialismo transcendental que se propõe a tomar a pulsão como matéria, como coisa em si, se mostrou insuficiente para a superação do ceticismo e relativismo, por abandonar a prórpia coisa em si como algo que existe independetemente do sujeito. A solução encontrada e em acordo com o pensamento do autor, é considerar ambos momentos (materialismo que assume o primado da coisa em si e transcendentalismo que assume o primado da imaginação transcendental) como pontos de perspectiva irredutíveis e sem um terceiro termo de síntese, de modo que, é preciso passar de uma perspectiva à outra e se manter no entre para enxergar a verdade paraláctica do materialismo transcendental.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 423522 - ALIPIO DE SOUSA FILHO
Interno - 1493057 - DAX FONSECA MORAES PAES NASCIMENTO
Externo à Instituição - FERNANDO FACÓ DE ASSIS FONSECA - UECE
Externo à Instituição - RAFAEL LUCAS DE LIMA - UEPE

Notícia cadastrada em: 13/09/2022 10:29
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