Banca de DEFESA: ROBSON HENRIQUE DE ALMEIDA BATISTA

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : ROBSON HENRIQUE DE ALMEIDA BATISTA
DATA : 29/04/2022
HORA: 09:00
LOCAL: AUDITÓRIO E
TÍTULO:

OS JOGOS DE FOUCAULT: DA VERDADE DO DESEJO À CORAGEM DA VERDADE


PALAVRAS-CHAVES:

Foucault; jogo; desejo; psicanálise; verdade; parrésia.


PÁGINAS: 71
RESUMO:

Embora nem sempre explícito, o interesse de Michel Foucault pela psicanálise foi profundo e duradouro. Profundo demais, talvez, para fazer dele um simples partidário; mas duradouro o suficiente para, sem lhe tirar o rigor, nele engendrar frequentes mudanças de perspectiva em relação a ela. A vontade de saber (1976) e os demais volumes da História da sexualidade (1984a, 1984b, 2018) ilustram isso. O primeiro apresenta um conjunto de ensaios críticos a conceitos fundadores da psicanálise, e os demais, sob uma perspectiva genealógica, dela retomam noções essenciais como “sexualidade” e “desejo”. Entretanto, A vontade de saber também pode ser abordada sob outras perspectivas, como “convite à filosofia” e como “jogo filosófico”. No primeiro caso, não convém interpretá-la como um convite ao discurso filosófico, mas sim à prática filosófica. No segundo, é o fato de sua origem advir de práticas que encerram características de jogo que permite concebê-la como um jogo filosófico. Diante disso, dois são os objetivos: contextualizar a concepção de A vontade de saber através de um levantamento da relação de Foucault com a psicanálise e situar teoricamente o jogo filosófico de Foucault a partir de uma revisão das noções filosóficas de jogo. Num segundo momento, a noção de desejo é problematizada e a problemática do dizer-verdadeiro é abordada no âmbito da constituição ética do sujeito. Também aqui, são dois os objetivos: assinalar a passagem da “crítica à verdade do desejo” à “apreciação da coragem da verdade” como constitutiva de um éthos; e articular o “modo de vida filosófico” com a “parrésia”. Neste momento, erguem-se algumas questões: visto as inúmeras formas assumidas pela parrésia ao longo da história, não devemos admitir que a prática da parrésia é largamente adaptável e, por conseguinte, passível de adequação ao mundo contemporâneo? Visto as funções historicamente desempenhadas pela parrésia, não é razoável presumir que, uma vez aclimatada a certos cenários atuais, essa prática deve ser reconhecida como um dispositivo de constituição ética do sujeito? Além disto, não é provável que o jogo parresiástico, por manter uma relação constitutiva com a verdade, exerceria uma influência decisiva na formação ética do sujeito que opta pelo modo de vida intelectual? Enfim, fora algumas hipóteses e ideias a elas vinculadas, as problemáticas e argumentos aqui reproduzidos se apoiam largamente em revisões de literatura primária e secundária, bem como em obras de interlocutores de Michel Foucault.

 


MEMBROS DA BANCA:
Externo à Instituição - ANDRÉ YAZBEK
Interno - 423522 - ALIPIO DE SOUSA FILHO
Externo à Instituição - AVELINO ALDO DE LIMA NETO - IFRN
Interno - 671.059.804-78 - EDRISI DE ARAUJO FERNANDES - UFRN
Interna - 1047700 - GISELE AMARAL DOS SANTOS
Externo ao Programa - 1031057 - LUCAS TRINDADE DA SILVA
Notícia cadastrada em: 08/04/2022 17:38
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