TRABALHO ALIENADO, FETICHISMO DA MERCADORIA E TEORIA DO VALOR EM KARL MARX: IMPLICAÇÕES
Alienação; liberdade; teoria do valor; fetichismo da mercadoria; Karl Marx.
O objetivo deste trabalho é defender que a superação do capitalismo implica a ruptura com a lógica do valor, e consequentemente, com a alienação do trabalho. Inicialmente, a partir dos Manuscritos econômico-filosóficos, tratar-se-á da relação estabelecida por Marx entre trabalho alienado e propriedade privada, destacando tal obra enquanto o primeiro esforço feito por Marx na direção de seus estudos sistemáticos sobre as relações capitalistas de produção. Em seguida, conforme demonstra Lukács em sua Ontologia, destaca-se que o trabalho é categoria fundante, gênese ontológica do ser social posto que se trata de uma ação teleológica do sujeito em seu metabolismo com a natureza. Ao mesmo tempo, como demonstrado em O Capital, o trabalho é o único tipo de atividade capaz de produzir valor, forma social tomada pela riqueza no capitalismo. E, como a lógica do capital consiste num movimento ensandecido de autoexpansão do valor – portanto, do trabalho -, fica claro que não é possível superar o capitalismo sem abolir o valor, ou, o trabalho, enquanto mediador social. Assim, será possível defender que o caminho para realizar a liberdade humana requer a superação de duas coisas, que na verdade representam uma só: a ruptura com a lógica do valor e com a alienação do trabalho.