Banca de DEFESA: JULIANA VIEGAS DE LIMA VALVERDE

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : JULIANA VIEGAS DE LIMA VALVERDE
DATA : 20/12/2022
HORA: 14:00
LOCAL: sala virtual - meet.google.com/pbd-xxem-zzv
TÍTULO:

O PAPEL DOS AMBIENTES COLETIVOS DE CONVIVÊNCIA NO MODO DE VIDA: buscando nexos entre elementos de projeto arquitetônico e modos de vida sustentável em duas ecovilas brasileiras


PALAVRAS-CHAVES:

Relação Pessoa-Ambiente; Modo de Vida Sustentável; Comunidades Intencionais; Sustentabilidade; Design de Ecovilas


PÁGINAS: 235
RESUMO:

Diante do modelo capitalista vigente na atualidade tem surgido modos alternativos de vida que buscam mudanças com relação aos impactos ambientais, disparidades socioeconômicas e aspectos culturais hoje existentes, entendendo-se ser fundamental que muitas das práticas atuais não continuem a ser reproduzidas. Nesse contexto, ecovilas são assentamentos multifuncionais voltados à sustentabilidade e autossuficiência, cuja concepção se dá por meio de projetos participativos. No campo da arquitetura e urbanismo, vislumbrar alternativas para o modelo socioespacial vigente implica se debruçar sobre as questões humano-ambientais relacionadas ao tripé da sustentabilidade, e que até o extrapolam. Ao se configurarem como possibilidades de modos de vida sustentáveis, as ecovilas tem sido vistas como experimentos sociais de um futuro sustentável, cuja proliferação pode apontar caminhos possíveis para solucionar a crise socioambiental global. Nesse cenário, questiona-se: Como o ambiente (sociofísico) de ecovilas reflete modos de vida sustentáveis? O estudo tem como aporte teórico-metodológico os campos de Projeto Arquitetônico e Psicologia Ambiental, pautando-se em três entendimentos: (i) os Modos de Vida Sustentáveis (MVS) envolvem tendências e comportamentos psicológicos que revelam uma preocupação com as condições do ambiente físico e com a integridade do meio social; (ii) o Comportamento Pró-ecológico (CPE) influencia o ambiente físico e a qualidade de vida humana; (iii) o projeto arquitetônico reflete as intenções e desejos daqueles que o planejam. Portanto, o objeto de estudo desta tese é a relação entre o ambiente sóciofísico de ecovilas brasileiras e MVS. A hipótese que se constrói diante do exposto é que ecovilas brasileiras representam modos de vida sustentáveis, evidenciáveis por meio de suas práticas cotidianas, as quais estão impressas na configuração do seu ambiente físico. Assim, o objetivo do estudo foi compreender a relação entre o ambiente físico de ecovilas e modos de vida sustentáveis no contexto brasileiro à luz da literatura no campo das relações pessoa-ambiente, a fim de traçar diretrizes capazes de subsidiar projetos arquitetônicos nesse campo. A pesquisa, de caráter qualitativo, adotou uma postura etnográfica e abordagem multimétodos, conciliando observação participante, avaliação técnica e opinião dos usuários. Para tanto foram realizados um painel de especialistas e dois estudos de caso em ecovilas brasileiras consolidadas. Como resultados verificou-se que os especialistas pensam as condutas sustentáveis de modo sistêmico, por meio de ciclos fechados virtuosos e envolvendo práticas favoráveis à restauração de ambientes sociais e naturais, e, portanto, indicam a importância de atender a sustentabilidade integrando todas as suas dimensões. Já os estudos de caso realizados em duas ecovilas brasileiras sugerem que elas buscam implementar soluções projetuais adequadas ao contexto local, no intuito de experimentar um modo de vida sustentável e ligado as novas ruralidades. Para tanto tentam aliar tecnologia e inovação à criatividade e ao cuidado com os recursos disponíveis, porém cada iniciativa procura alcançar tal meta de acordo com suas possibilidades ambientais, sociais, econômicas e culturais. Em termos de planejamento e uso do espaço, há evidente valorização dos ambientes coletivos de convivência, observando-se que a cozinha comunitária exerce um papel central no projeto arquitetônico e no modo de vida, integrando todas as dimensões da sustentabilidade e favorecendo a convivência. Conclui-se que a vida comunitária integrada à natureza é um elemento-chave para a consolidação de modos de vida sustentáveis em ecovilas brasileiras e que estas se apresentam como laboratórios de novas ruralidades, sendo capazes de estabelecer pontes rumo a cultura regenerativa.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1149643 - GLEICE VIRGINIA MEDEIROS DE AZAMBUJA ELALI
Interno - 2508732 - HEITOR DE ANDRADE SILVA
Externa ao Programa - 2434544 - FERNANDA FERNANDES GURGEL - UFRNExterna ao Programa - 1804939 - SOLANGE VIRGINIA GALARCA GOULART - UFRNExterna à Instituição - HELIANA FARIA METTIG ROCHA - UFBA
Externo à Instituição - THYANA FARIAS GALVAO DE BARROS - UFPE
Notícia cadastrada em: 29/11/2022 19:36
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