JOGOS NO ENSINO DE ÁLGEBRA: UMA EXPERIÊNCIA NO ENSINO FUNDAMENTAL
Ensino de Álgebra. Ensino Fundamental, Recurso aos Jogos. Caderno de Atividades.
Este trabalho é um resultado de uma pesquisa desenvolvida no mestrado na área de Ensino de Ciências Naturais e Matemática da Universidade Federal do Rio Grande do Norte. O trabalho tinha como questão-foco: como o uso de jogos no ensino de álgebra em turmas do ensino fundamental pode impactar nas aulas de matemática? Para respondê-la, desenvolvemos um produto educacional em forma de um caderno de atividades baseado em jogos voltados ao ensino de equações de 1º grau. A escolha desse tema deu-se por uma inquietação profissional desta pesquisadora, mas também por ser um assunto que várias pesquisas apresentam como de alta dificuldade entre os estudantes do ensino fundamental, criando, por vezes, barreiras para o aprendizado de novos conteúdos. Os nossos jogos foram pensados a partir das dificuldades indicadas pela literatura para o ensino desse tema, ou seja: má compreensão da ideia de incógnita, a passagem da linguagem usual para algébrica em problemas de matemática, significados para a e do sinal de igualdade. Aplicamos as atividades três turmas regulares do nono ano do Ensino Fundamental em uma escola localizada na cidade de Vera Cruz/RN para analisar as potencialidades dessa sequência de jogos. A aplicação foi realizada pelo professor da turma e acompanhada pela autora deste trabalho. Além da observação das aulas que permitiram a elaboração de um diário de campo, foram analisadas cartas elaboradas pelos estudantes participantes da pesquisa que relatavam o desenvolvimento das atividades e suas percepções sobre elas e, ainda, observamos as respostas às atividades dadas pelos estudantes. A análise dos dados nos revelou que o uso de jogos pode proporcionar um ensino significativo, mas se for bem planejado. Os dados revelam também que a motivação em excesso pode ser um ponto negativo para a a condução das aulas quando se faz o recurso aos jogos como estratégia de ensino e, ainda, vimos que essa estratégia pode superar barreiras como a de que “a matemática é extremamente difícil de aprender” pois proporcionou o desenvolvimento de autoconfiança nos alunos diminuindo a rejeição à disciplina.