Estudo da adição do termoplástico poli (etileno-co-metil acrilato-co-glicidil metacrilato) (E-MA-GMA) como agente de reparo em compósitos fibra de vidro-epóxi
fibra de vidro-epóxi, auto-reparo, E-MA-GMA, pré-impregnado.
Um problema crítico dos polímeros e compósitos poliméricos é a propensão destes à nucleação de microtrincas durante aplicação de cargas, o que pode provocar falhas catastróficas durante o uso ou a diminuição da vida útil dos componentes. Uma alternativa para contornar o problema é a utilização de materiais com mecanismo de auto-reparo, onde as microtrincas formadas são reparadas, evitando a propagação com falha catastrófica e reduzindo custos de manutenção. Um dos mecanismos sugerido na literatura para a realização de auto-reparo de microtrincas é a aplicação de partículas de termoplásticos. Este trabalho tem como objetivo analisar o efeito da adição do termoplástico poli (E-MA-GMA) como agente de reparo em um compósito fibra de vidro-epóxi. Os materiais estudados foram caracterizados pelas análises de resistência ao cisalhamento interlaminar (ILSS), espectroscopia de infravermelho por transformada de Fourier (FTIR), microscopia eletrônica de varredura (MEV) e análise dinâmico-mecânica (DMA). A adição de termoplástico não provocou redução significativa na Tg do compósito. Entretanto, apresentou uma redução da rigidez do sistema no primeiro ensaio de cisalhamento interlaminar. Resultados de ILSS após o reparo mostraram que as amostras tiveram rigidez e resistência reduzidas, quando comparadas ao estado antes do reparo. As imagens de MEV mostraram que o E-MA-GMA funcionou como um agente adesivo, impedindo a formação de delaminações no plano médio do laminado.