Estudo Sobre o Balanço de Energia e Fluxos de CO2 no Bioma Caatinga através do Uso de Modelagem de Vegetação Dinâmica
Semiárido; Caatinga; BRAMS, balanço de energia, CO2
A degradação do bioma Caatinga tem avançado ao longo dos últimos anos sobre a região do Semiárido Brasileiro e pode estar associado ao processo de desertificação e a ações antrópicas de substituição da cobertura vegetal. Deste modo, o objetivo do geral deste trabalho foi avaliar como os fluxos de CO2 e dos componentes do balanço de energia se comportam no bioma Caatinga, através do uso de dados medidos in situ e com a utilização de um modelo dinâmico regional voltado para captar a dinâmica da vegetação e seus efeitos sobre os parâmetros de superfície. Busca-se também caracterizar o ciclo diário dos fluxos de superfície; avaliar a destreza e habilidade das simulações com o modelo dinâmico regional para região nordeste do Brasil; como forma de obter informações sobre o papel do bioma como fonte ou sumidouro de CO2. O sistema de modelagem dinâmica utilizada nesta pesquisa foi o Joint UK Land Environment Simulator (JULES) - Coupled Chemistry Aerosol Tracer Transport - model to the Brazilian developments on the Regional Atmospheric Modeling System (JULES - CCATT - BRAMS v5.3), com o enfoque na avaliação do desempenho do módulo de superfície JULES para a região. Para validar as informações de fluxos simuladas sobre o bioma Caatinga, foram utilizados dados de fluxos de superfície medidos na estação ecológica de medidas micrometeorológicas obtidos em uma torre de fluxo equipada com sistema de eddy covariance localizada próximo à cidade de Serra Negra do Norte no
Estado do Rio Grande do Norte. As análises prévias em sobre o modelo BRAMS para o bioma Caatinga apresentaram resultados quanto a habilidade dos experimentos em simular os fluxos de superfície, em que avaliação subjetiva e objetiva com base na estatística aplicada apresentaram valores de fluxos de calor sensível com um comportamento mais adequado em relação ao dados observados, enquanto que os fluxos de calor latente e de produção primária bruta tiveram defasagens em função dos picos de máxima e de mínima registrados.