Caracterização Morfométrica e Neuroquímica do Núcleo Supraquiasmático em um Modelo Animal Crônico de Roedor Para a Doença de Parkinson.
Doença de Parkinson, Sintomas não-motores, Sistema de Temporização Circadiano, Ritmos Biológicos, imunoistoquímica.
A doença de Parkinson (DP) é uma desordem neurodegenerativa progressiva com um quadro clínico variado. Além dos sintomas motores clássicos que incluem tremor, rigidez, bradicinesia e anormalidades posturais, complicações não-motoras como problemas cognitivos, psiquiátricos e autonômicos podem surgir, gerando incômodo e incapacitando muitos pacientes. Tais sintomas não motores frequentemente precedem o aparecimento dos sinais motores e são extremamente relevantes, dado o impacto negativo que causam na qualidade de vida dos indivíduos. Os sintomas não motores podem apresentar múltiplas causas, dentre as quais uma possível disfunção circadiana, sendo assim, diversos processos fisiológicos influenciados pelo sistema de temporização circadiano (STC) podem se mostrar alterados em pacientes acometidos pela doença de Parkinson. O STC é responsável pela geração e manutenção dos ritmos circadianos que são oscilações endógenas manifestadas pelos seres vivos para a maioria das funções e comportamentos, com período em torno de 24 horas, como por exemplo os ciclos sono/vigília e atividade/repouso. Diante disso, é fundamental a compreensão dos efeitos da progressão do processo patogênico da DP sobre os componentes do STC, em particular no núcleo supraquiasmático (NSQ). Para tanto, é proposto nesse trabalho um estudo para verificar a ocorrência de alterações neuroquímicas e morfométricas no NSQ de ratos submetidos a um modelo crônico de DP com reserpina e suas possíveis implicações funcionais na geração e sincronização dos ritmos de sono e atividade locomotora. Serão realizadas análises comportamentais, bem como avaliações neuroquímicas e morfométricas através de técnicas de imunohistoquímica, visando correlacionar as possíveis alterações comportamentais com mudanças no STC dos animais tratados com reserpina.