Efeito do laser de baixa intensidade e da microarquitetura do biomaterial na diferenciação osteo/odontogênica de células-tronco da polpa dentária cultivadas sobre arcabouços poliméricos
Células-tronco; Ácido poliláctico; Laser de baixa potência; Eletrofiação.
O laser de baixa potência (LBP) é capaz de estimular a proliferação de diferentes tipos celulares, incluindo células-tronco. A células-tronco da polpa do dente decíduo esfoliado (SHEDs) se multiplicam e se diferenciam mais rápido que as demais células-tronco mesenquimais, sendo alvo de diversas pesquisas na área da engenharia tecidual. Para que as células proliferarem e se diferenciem in vitro é necessário um microambiente favorável fornecido por um biomaterial que mimetize a matriz extracelular natural, destacando-se para esta finalidade o ácido poliláctico (PLA) por suas propriedades de biocompatibilidade e biodegradabilidade, além do baixo custo. A técnica de eletrofiação permite a obtenção de arcabouços tridimensionais que favorecem a adesão e a proliferação celular. O objetivo deste estudo é avaliar a influência do LBP na diferenciação osteo/odontogênica de SHEDs cultivadas em arcabouços de PLA bidimensionais e tridimensionais. SHEDs serão obtidas de três dentes decíduos em fase de rizólise avançada, expandidas e cultivadas por até 21 dias sobre duas superfícies de PLA: filmes bidimensionais e malhas tridimensionais produzidas por eletrofiação. Parte das células seguirá em condições normais de cultivo (grupos FC – Filme Controle e MC – Malha Controle), enquanto outra parte (grupos FL – Filme Laser e MC – Malha Laser) será irradiada com laser diodo (InGaAlP; comprimento de onda de 660 nm; potência de 30 mW; dose diária de 1 J/cm2) nos primeiros três dias de cultivo. A viabilidade e proliferação celular será avaliada nos intervalos de 3, 7, 14 e 21 dias, através do ensaios de Alamar Blue e Live/Dead. A morfologia celular será avaliada por MEV nos intervalos de 3 e 21 dias e a coloração com Alizarin Red será utilizada para identificar e quantificar a formação de depósitos de cálcio sobre os arcabouços. Ensaios bioquímicos serão realizados para quantificação dos níveis de fosfatase alcalina e a imunolocalização de osteopontina, osteocalcina e sialoproteína óssea será analisada por imunofluorescência indireta. A expressão dos genes ALP, COL I, RUNX2, OCC, OPN, BSP, BMP-2, DSPP, DMP-1 e MEPE será investigada por PCR em tempo real. Os dados quantitativos serão submetidos a testes estatísticos não paramétricos, com nível de significância de 5%.