A ESCRITA COMO PRÁTICA DENTITÁRIA
Letramentos. Projetos de letramento. Escrita identitária.
Ao se trabalhar com Educação de Jovens e Adultos - EJA, observa-se um público marcado por fracassos escolares, por conseguinte, inseguro ao utilizar a escrita em diversas práticas sociais. Esses, excluídos do ensino regular por motivos variados, apresentam, em geral, baixo autoestima, sendo necessário, pois, práticas pedagógicas que os auxiliem a reconstruir de modo positivo a sua identidade. Para tanto, este estudo tem por objetivousar a escrita como instrumento de percepção do eu, possibilitando ao aluno conhecer-se e, também, conhecer o outro. Nesse sentido, entendemos que cabe ao professor ressignificar o ensino da língua materna por meio das práticas de letramento críticas. Esta dissertação encontra-se embasada, teoricamente, na Linguística Aplicada (LEFFA, 2001; MOITA LOPES, 1994, 2009), nos estudos de Letramento (STREET, 1984, 2003; KLEIMAN, 1995, 2000; OLIVEIRA, 2008, 2010) e nos estudos referentes à questão da identidade (BAUMAN, 2005; HALL, 2003). Metodologicamente, a pesquisa é de natureza qualitativa e interpretativista, com viés etnográfico (CANÇADO, 1994; STREET, 2003; CALEFE, 2006). Os dados serão gerados a partir de um projeto de letramento (KLEIMAN, 2000; OLIVEIRA, 2008; OLIVEIRA; TINOCO; SANTOS, 2014), explorando gêneros textuais diversos. As ações do projeto “A escrita como prática identitária”, por meio de oficinas de letramento, têm evidenciado processos de transformação social, no que diz respeito a dar voz aos alunos (antes tão resistentes), motivando-os a falarem de si e a participarem, produtivamente, nas práticas escolares.