ARARUNA... POR UMA ESTÉTICA DA TRADIÇÃO DOS CORPOS BRINCANTES
Palavras-chaves: Corpo, Estética, Tradição, Educação Física.
Esta dissertação aborda a manifestação cultural Grupo Araruna em sua expressividade estética que está entrelaça à motricidade dos corpos brincantes, às funções simbólicas e à percepção, afinando os sentidos, aguçando a sensibilidade, de modo a elaborar uma educação mais sensível aos saberes da tradição. Situamos os números coreográficos do Araruna no mundo vivido da fenomenologia de Merleau-Ponty, com o objetivo de compreendê-los através do método da descrição, redução e imputação de sentidos nas entrevistas realizadas com doze brincantes e também das significações simbólicas contidas nos seus objetos cênicos: músicas, bijuterias, cartola, leque, maquiagem, cores e figurinos. Esses componentes configuram o ritmo da encenação das danças, intensificando a presença do corpo e seus sentidos, ampliando as sensações cinestésicas dos brincantes e dos expectadores. Logo, a dança potencializa a expressividade do corpo, configurando um espaço virtual, onde ela se apresenta como uma arte completa, de uma beleza que não se compara a nenhuma outra. Para a Educação Física, perspectivamos mobilizar outras reflexões para uma educação estética e sensível que intensifique a valorização dos componentes estéticos, simbólicos e artísticos das danças, elaborando novos horizontes reflexivos e estudos do corpo, de modo a colaborar através de ações educativas em prol da valorização da tradição.