Conhecimento do Enfermeiro Sobre o Processo de Cuidar do Paciente com Traumatismo Crânioencefálico
traumatismo cranioencefálico, conhecimento, enfermagem
o crescimento das causas externas (CEs), nos quais incluem-se os acidentes e violências, tornaram-se um problema de Saúde Pública dada a alta demanda nos serviços de saúde, comprometendo a qualidade de vida das vítimas e seus familiares e resultando em possibilidade de sequelas, muitas delas irreversíveis (MARTINS; ANDRADE, 2005; MELLO-JORGE; LAURENTTI, 1997). Nos Brasil, estes eventos configuram-se em índices elevados de vítimas fatais, assim como grande número de incapacitados para o exercício de qualquer atividade (DENATRAN, 2002). Das CEs, os acidentes de trânsito (ATs) tem sido a principal causa de morte e ocupando a terceira causa geral de morte no Brasil (BRASIL, 2007). Com relação à caracterização das vítimas de ATs, estas apresentam lesões únicas ou múltiplas, que variam de intensidade e localização corpórea. Quando gravemente feridos, estes indivíduos caracterizam-se como politraumatizados, destacando o traumatismo cranioencefálico (TCE) como a lesão mais freqüente e principal causa de morte nestes eventos (KOIZUMI, 2000). Neste contexto, o TCE constitui fator agravante e incerto de recuperação dada à vulnerabilidade e capacidade limitada de reabilitação do sistema nervoso central. Sendo assim, as vítimas podem apresentar deficiências e incapacidades temporárias ou permanentes, interferindo na capacidade do indivíduo em desempenhar suas funções (HORA; SOUZA, 2005). Nesta perspectiva, a gravidade da lesão é determinada nas primeiras horas após o trauma, sendo de extrema importância a avaliação da gravidade do trauma de forma rápida e precisa e a condução adequada de manobras para a manutenção da vida da vítima no local do evento, com continuidade no âmbito hospitalar (PALVELQUEIRES et al., 1997). Sendo assim, torna-se imprescindível, na condição de profissionais dos serviços de urgência pré e intra-hospitalar, o conhecimento da avaliação da gravidade do trauma, bem como do processo de cuidar a estas vítimas, de forma a minimizar as sequelas e promover a reabilitação