AMBIENTE HOSPITALAR: Clima Organizacional x Estresse na equipe de enfermagem
Enfermagem; Estresse Fisiológico; Cultura Organizacional; Ambiente de Trabalho.
O estresse ocupacional é um elemento presente em diversos ambientes de trabalho em virtude das constantes mudanças tecnológicas, produtivas e sociais ocorridas nos últimos anos. Assim, estudos que fomentam a discussão da relação, trabalhador x local de atuação, são relevantes, pois permitem a identificação de aspectos inerentes ao ambiente de atuação, mapeando as principais necessidades organizacionais que podem levar ao estresse ocupacional. Neste sentido, este estudo objetiva correlacionar estresse e clima organizacional na equipe de enfermagem de um hospital Universitário. A referida pesquisa encontra-se dividida em quatro etapas, com abordagens metodológicas distintas para cada uma delas. As duas primeiras etapas foram realizadas em fevereiro de 2015 e tratam-se de estudos transversais de abordagem quantitativas, realizados com 319 profissionais de enfermagem que estão inseridos em setores de atendimento específico ao paciente internado, a saber: as Unidades de Clínica Médica, Unidades de Clínica Cirúrgica, Unidade de Terapia Intensiva e Centro Cirúrgico e Unidade de Diálise. Foram aplicados os seguintes instrumentos: um questionário sociodemográfico, o Inventário de Sinais e Sintomas de Lipp e a escala de avaliação do clima organizacional para a efetivação desses estudos. Os dados foram analisados conforme estatística descritiva e com base na literatura atual. As outras duas etapas subsequentes estão em andamento e serão realizadas com a mesma amostra, sendo o desenho do estudo do tipo longitudinal. O estudo seguiu os princípios éticos e legais que regem a pesquisa científica em seres humanos, preconizados na Resolução n° 466/2012 do Conselho Nacional de Saúde, aprovado por Comitê de Ética e Pesquisa, pelo Parecer 925.477, de 18 de dezembro de 2014, sob o número CAAE: 273.935.146.000.0553-7. Os resultados preliminares deste estudo indicam que o estresse esteve presente em 22,5% da amostra investigada, em que se destacaram as fases de resistência e de exaustão. As maiores frequências foram encontradas nas trabalhadoras com até 30 anos, casadas, com filhos e que atuavam nas enfermarias no período da manhã.